O Valor do Coaching

O Valor do Coaching

O ser humano é complexo e a vida mais ainda!

Aquela teoria de que a vida é simples e somos nós que a dificultamos é um bocado pequena demais para a nossa realidade atual.

A vida é aquilo que fazemos por ela. Sim, mas a nossa parte é só um terço. Tem o outro 1/3 que nos impacta e que é da responsabilidades das outras pessoas que interagem conosco e, o último, famoso, 1/3, que é composto pelas variáveis externas que estão ainda mais longe de nós e que não controlamos de todo - o ambiente, a dinâmica do mundo, a metafísica, etc, etc.

A maioria de nós acha que faz o que pode para ir “andando" e, acaba por subestimar a preparação e o esforço necessários para evoluir na vida, com qualidade. Ou seja, para ser melhor que bom, no seu 1/3 de responsabilidade. E, nalguns casos, ainda se gasta energia reclamando dos restantes 2/3…

A pergunta é, mas porque é preciso ser melhor do que bom?

Bem, uma das razões importantes é para compensar ou anular qualquer impacto negativo que venha dos 2/3 que não são da nossa responsabilidade, mas deixem-me explicar melhor este conceito de ser melhor do que bom na vida.

É como se fosse uma super reserva que nos permite viver fora do estado de carência caso algo de mau aconteça.

Façam a conta comigo e dividam a vida em carência e prosperidade.  A separação entre os 2 estados é a linha de zero, que corresponde à sobrevivência.

Os pontos -1, -2, -3, -4, etc, são as diferentes fases de carência. Os pontos +1, +2, +3, 4, etc, são as diferentes fases de prosperidade.

A maioria das pessoas passa a vida ali no zero, algumas vão até ao +1. Agora vamos imaginar o que acontece com essas pessoas cada vez que há interferência negativa dos 2/3 que não controlam (que acontece milhões de vezes por dia!)? Vão imediatamente para o -1 ou para o zero!

Resultado: uma vida de carência! que, convenhamos, é o oposto de vida de qualidade.

Daí a extrema relevância de constituirmos uma super reserva e estarmos com a nossa vida no +2, +3, +4. Aí, se algo que não controlamos acontece, descemos no positivo, mais tranquilamente, para o +1, +2, mas não entramos em estado de carência.

Imagino que a tentação aqui é focar o pensamento na área financeira e pensar que será mais fácil para uns do que para outros.  Mas não, não é fácil para ninguém. Dá trabalho a todos, envolve esforço adicional para todos. Mas exige esforço independentemente da condição financeira, não por causa dela!

Então, só para destacar que fazer a análise ou abordar essa questão somente olhando para o lado financeiro, é demasiado curto e pouco profundo quando se fala da vida! A área financeira é importante, claro, mas é só uma de 10 áreas principais da vida. Quais são as outras 9? Começando pelas mais reconhecidas e terminando com as mais esquecidas: a profissional, a familiar, a intelectual, a física, a social, a de lazer, a emocional, a íntima, a espiritual.

E como entra aqui o Coaching? O Coaching é um processo que nos ajuda a movimentar-nos na direção da ação! Para quê? Para constituirmos uma super-reserva em cada área da nossa vida!

Mais definições: o Coaching serve para desenvolvermos as nossas competências. Leia-se, os nossos comportamentos! mas só os nossos comportamentos?!! Bom, os nossos comportamentos são as ferramentas que temos no nosso 1/3 de responsabilidade sobre a vida.

Parece pouco? Mas não é pouco, é muito mesmo. Mas vamos poder desenvolver novos comportamentos? Bom, na verdade, nós já temos todos os comportamentos. O que acontece é que muitas vezes não estão trabalhados, desenvolvidos e por isso não os usamos, ou causam-nos dor quando, esporadicamente os experimentamos, e por isso, evitamos usá-los quando surge alguma oportunidade ou necessidade.

Precisariamos agora de explicar mais profundamente o que são os comportamentos. Mas só esse tema dá para mais uma grande conversa. Então, só para prosseguimos, deixo aqui a melhor analogia que conheço e que se usa muito em Coaching - os nossos comportamentos são o resultado do nosso pensamento e são comparáveis aos músculos do nosso corpo.

Assim como temos vários músculos que não usamos tanto ao longo da vida, e que por isso, se vão atrofiando, causando-nos dor quando precisamos deles, ou mesmo, limitando-nos em fases mais avançadas da vida, o mesmo se passa com os nossos comportamentos.

E, da mesma forma, que, com treino e esforço continuado, alteramos a nossa condição fisica, também com treino e esforço continuado alteramos a nossa condição mental e comportamental para nos prepararmos para todos os desafios da vida.

Como hoje o tema da saúde e do exercício físico está muito mais presente na vida de todos, é mais fácil de entender o papel do Coach como sendo um treinador que conduz cada coachee num processo de investigação, reflexão e conscientização sobre como está a sua “forma”, que o leva por uma descoberta pessoal das suas qualidades e dos seus pontos fracos, que o ajuda no aumento da consciência sobre si, que o instiga e o prepara para aumentar a sua capacidade de se responsabilizar pela própria vida, que lhe fornece uma estrutura e o ajuda a definir o seu foco, que lhe dá feedback realista e, que, em todas as ocasiões, o apoia nesse caminho de superação.

Então, em síntese, podemos dizer que o valor do Coaching está em levar o coachee a desenvolver ações no sentido de desenvolvimento e/ou aprimoramento das suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, o conhecimento e as oportunidades para se expandir.

Agora, todos podemos ser coachees e expandir as nossas competências, e portanto, ir criando super reservas que nos assegurem uma vida na linha positiva da prosperidade? Em teoria, sim. Na prática, há sempre atletas mais fáceis de treinar do que outros.

No caso dos coachees, quais são os piores candidatos? Bom, são aquelas pessoas que constantemente não completam os seus planos; que constantemente se recusam a se responsabilizar pelos seus comportamentos e tercerizam a responsabilidade (como se não tivessem 1/3 da responsabilidade); são aquelas pessoas que constantemente não aceitam ser confrontados ou interrompidos; e, finalmente, são aquelas pessoas que não estão dispostas a sair da sua zona de conforto nem a esforçarem-me mais, porque se habituaram a sobreviver, e isso lhes basta no seu consciente.

Rodrigo Silva Martins

Wholesale Sales Manager at Galp | MBA UCP

9 a

Visão muito interessante. Obrigado pela partilha.

Fabio Vaselli

Global Commerce & Marketing Process Excellence Lead at Perfetti Van Melle | Business Transformation

9 a

Great article !

Márcio Cassin

Country Manager and Partner - Flow Group | Mentor | Palestrante | Especialista em Cultura Organizacional, Liderança | Eu ajudo organizações, times e indivíduos a buscarem seu melhor estado de performance e felicidade!

9 a

Great!

Vasco Valença de Sousa (Dr.Ice)

Co-Founder/Co-Owner/Chief Innovation & Technology Officer at Once Upon a Tarte (A TARTE / O GELADO)

9 a

CONTINUOUS development of ourselves and others... to WIN ... we should all be addicted to that principle !!! Well done Isabel !!!

Javier Andres Rosselli Digon

Co-Founder & Managing Director na USINA - Business Craft Factory ®

9 a

Muito Bom Isabel ! Parabems

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