Olhe para o elitismo que está perdendo voz, diferente da elite, que está mudando seus valores

Podemos sim vender, desde que tenhamos evoluído antes disso, olhando ao redor e somando novos valores como a nova forma de se tornar elite. Vamos analisar exemplos?

Já somam vários casos de que os mais bem favorecidos financeiramente podem estar alienados aos reais acontecimentos e transformações que temos vivido.

Mas isso julgo ao elitismo, que como uma ideologia burguesa nascida durante a segunda metade do século XIX, dos trabalhos de dois sociólogos italianos, Vilfredi Pareto (1840-1923) e Gaetano Mosca (1858-1941), perfeitamente ajustável à doutrina capitalista = consumista em muitos casos, não evoluiu como certos integrantes da elite.

Elite que vem com novos valores, pois a conexão que se constrói hoje unindo diferentes povos fez dela nascer outros olhos a um mundo com valores congruentes, mais humanos, conectados aos reais significados em se construir juntos o que é para ficar por muitos anos e gerações.

O elitismo exclui, pois quer por perto a minoria rica sem preocupações de um mundo real.

A elite inclui, pois enxerga que assim há progresso, que evoluímos e poderemos viver com muito mais sentido em se sentir mais felizes.

O elitismo, "uma tal ideologia que permite a defesa do mito da superioridade e inferioridade racial, que intensifica os preconceitos raciais", segundo Kwame Nkrumah, líder político africano, um dos fundadores do Pan-Africanismo, primeiro-ministro entre 1957 e 1960 e presidente de Gana de 1960 a 1966.

O elitismo provém, não da prosperidade ou de funções sociais específicas, mas de um vasto e complexo educacional e cultural, corpo de símbolos, inclusive de condutas, estilos de vestimenta, sotaque, atividades recreativas, rituais, cerimônias e de um punhado de outras características.  Political Anthropology – An Introduction, Massachusetts: Bergin & Garvey Publishers, l983, pg. 112

Novamente: o elitismo exclui, por isso não evolui.

E isso não inclui a elite, que sim, difere de muitos por ter mais dinheiro - o meio tecnológico mais eficaz que nós conseguimos encontrar para valorizar o trabalho, a dedicação, as ideias, o esforço - por Alexander Soares Luvizetto, advogado (OAB/RS nº 42.519), que não mais significa distanciamento, aos evoluídos.

O (novo) comportamento, acelerado em época de pandemia, compromete-se a olhar ao redor, comprar o necessário, falar quando se tem algo a falar - de importante e que seja realmente agregador, agir como a maioria age para compreender e falar a mesma língua, engrandecer formas de se ter família, valorizar o que se é ao invés do que se tem.

E quando incluímos dinheiro e elite, os evolídos já se atentaram que são eles também responsáveis e impulsionadores para que tudo isso tome força e corpo. Exemplo simples: Bill Gates.

Por isso, e comprovado a isso, já é de se reagir, instantaneamente, e em escala medida ao real impacto que pode causar, média ou pequena, nunca em larga, a fatos e posts como os ocorridos só nos últimos dias e no ambiente online.

Estamos cansados de poucos com muitos, mas não buscamos tirar o que eles têm, ao contrário, queremos somar com o que somos, pelo verdadeiro sentido da (nova) vida.


Representando o elitismo

Caso Pugliesi é um primeiro exemplo (de muitos se formos somar). E explicações à parte, já que foi (e é) midiático. Uma pessoa relativamente bem sucedida pelo esforço de suas publicações sobre qualidade de vida, que ao se divertir deixa de lado milhares de outras pessoas que poderiam estar ao seu lado, sentindo semelhantes sentimentos.

Resultado: cancelamento de uma "falsa" vida de amores.

Privilégios que foram dados por muitos, agora são tirados por todos.

Sozinhos estas pessoas persistem no que antes faziam?

LIVE dos famosos

Já faz um tempo em que não vejo notícias sobre as tais LIVES gigantescas, que levaram milhares de pessoas às telas para acompanhar seus ídolos e dezenas de pessoas às casas dos ídolos, para que tudo pudesse acontecer.

Alguns disseram que chegou a ser uma disputa por audiência. Outros, que era simplesmente entretenimento. Vários, não opinaram, e ao invés de agir, decidiram aquietar-se em uma forma sábia de se comportar.

Definitivamente e de forma conclusiva vejo que o entreter mudou, para sempre, incluindo ainda mais forte a responsabilidade, agora então pedida por quem é entretido.

Capa Vogue Brasil maio 2020

Por fim a este momento, e não aos erros que estão por vir, já que estamos em mudanças ainda a serem sentidas e medidas, uma capa icônica estampando um erro elitista.

Talvez o segundo em pouco mais de 1 ano? O colunista Leo dias explica aqui no UOL.

Bom, para não opinar sozinho vou destacar um vídeo, viralizado e com um ótimo tom de uma nova (também de idade) pessoa completamente dentro do que é o atual - educadíssima em sua forma de expressar e com opinião formada, e dentro de um tendência anunciada há um tempo: defender uma causa que faça sentido para muitos.


Representando a elite

LIVE Ivete Sangalo

Ao contrário e sentido oposto, e que, de certa forma foi muito pouco comentado até que se surgiu um erro posterior de uma expressão midiática chamada Pugliesi no mesmo fim de semana, temos a LIVE de Ivete Sangalo de pijama em sua casa com marido e filho mais velho, sem, supostamente, ninguém ao lado oferecendo suporte técnico.

Claro que diversas estratégias foram pensadas para que o pico de audiência fosse conseguido, incluindo sua maior impulsionadora, a Globo, e seus patrocinadores, que por muito bem observado por Daniela Hespanha, especialista em marketing pessoal pela Ponto Pessoal, apareceram de forma sutil na cozinha e na tecnologia usada pela cantora.

"Fiquem de olho nos patrocinadores. Por que alguém de pijamas faz uma live na cozinha enquanto o marido cozinha? Por que o playlist da live é escolhida no notebook enquanto ela diz que a internet na casa dela é maravilhosa, embora a gente saiba que o som não vinha de um bluetoth acoplado? Cozinha - lugar de fala da Seara. Internet - lugar de fala da Vivo - os dois patrocinadores da live se fazendo presente o tempo todo", conclui Daniela Hespanha.

Campanha VIVO dia das mães

E já que citamos a empresa, pra finalizar, mais um ótimo exemplo na nova campanha do dia das mães 2020, por conta da pandemia, com o filme realizado seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com os atores sendo dirigidos remotamente e as imagens aéreas sendo feitas por drones.

"Esse filme traduz um momento único que estamos vivendo neste Dia das Mães de 2020 que é distância física entre muitas mães e filhos. Com ele queremos reforçar que a Vivo nunca deixará de conecta-los. Ele usa uma ideia visual de chamadas de vídeo e mostra que mesmo distante, todos podem estar conectadas dentro das suas casas. Mais do nunca, a conexão é fundamental para aproximar as pessoas”, explica Marina Daineze, diretora de imagem e comunicação da Vivo.

E você?

Conseguiu diferenciar diferentes posicionamentos do elitismo e da elite?

Claro que as mudanças podem parecer sutis, até que você comece a observá-las para que possa aceitá-las ou não.

Cancele, usando um termo "atual" se o que você ver e encontrar não estiver ao encontro do que você é e acredita ser neste momento.

Riqueza são os atuais valores que as pessoas podem somar hoje para que possam ser consideradas elite por toda eternidade, porque estes sim são formas de acúmulo reconhecidos por gerações se deixarmos que eles sejam somados às outras pessoas.

Não deixem de vender e se enriquecer, como bons exemplos atuais e que olharam ao redor, pois esta é a forma atual de se tornar elite - uma classe aspirada por muitos e alcançada por poucos. Poucos que evoluem.

Soraya Calvo

Sócia fundadora da Estrutura Gestão de Recursos Humanos. Atendimento a PF e PJ, no aprimoramento e crescimento profissional! Suporte ao pequeno e micro empresário, disponibilizando práticas efetivas de RH.

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Realmente, a humanidade está tendo oportunidade de acordar para valores reais.

Paula Campos

Sócia do SOBRE MORAR l Consultora Imobiliária l Arquiteta l Colunista da Revista Habitat

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Faz todo sentido, pena que muitos querem falar sobre o novo normal como forma de autopromoção, sem analisar antes todas as questões que estão envolvidas. Casos como o Pugliesi e a Vogue, reforçam que para muitos ainda será difícil aceitar as mudanças. Mas também abrem os olhos de muitos para reavaliar se esta postura do "velho" normal ainda faz sentido. Quanto à Leticia, que menina sensata!! Gostei muito do texto!

Maria Almeida

Socióloga, Coach Executivo, Mentora de Lideranças e Equipes. Desenvolvo competências comportamentais de profissionais para alta performance e evolução contínua. 🔹Diretora da Neoplanrh e Cofundadora da Neoconnection.

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Valores pessoais determinam o comportamento e o sucesso, esse é o verdadeiro poder, não é mesmo Adriano Tadeu Barbosa

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