Os 3 termos de tecnologia que todo estudante deve conhecer
Os termos de tecnologia estarão cada vez mais presentes em nossas vidas, fato. As inovações e transformações digitais ocorrem a todo momento e por isso é preciso se manter atualizado com essas novas tendências. Você não precisa se tornar uma bíblia no assunto, mas explorar um pouco mais esses temas pode te ajudar bastante antes, durante e depois da faculdade.
A ideia deste post é falar sobre 3 termos de tecnologia muito importantes para o momento atual que vivemos. Ao longo do texto, eu vou te apresentar exemplos práticos, analogias e uns palavrões para você entender dos assuntos e rir um pouco. O objetivo é que você possa salvar esse texto nos seus favoritos e usá-lo como fonte de consulta sempre que precisar. Chega de enrolação, vamos ao que interessa!
O que são termos de tecnologia?
Bom, os termos de tecnologia são jargões, expressões e siglas para que as pessoas leigas entendam mais sobre inovações, computação e transformação digital. É uma forma também de fazer propaganda sobre um assunto e entreter uma pessoa. A ideia é você criar um vocabulário comum e fazer com que as pessoas se interessem por esses assuntos.
Um exemplo, o pessoal que passa muito tempo no Instagram com certeza deve ter uma ideia do que significa engajamento, curtida e alcance de publicações. Mas, os termos de tecnologia vão muito além de palavras em inglês difíceis de entender. Marketing de precisão, elevator pitch, neuralink e intraempreendedorismo podem ser considerados termos tech dependendo do texto ou da roda de conversa que você participar.
Explorar um pouco mais esse vocabulário tech vai te dar mais repertório. Com isso, mesmo se você for um estudante inexperiente, você já vai conseguir fazer mais networking e entrar no radar do pessoal mais velho que pode te ajudar muito durante a faculdade. Um dos meus maiores objetivos com este blog é falar sobre tecnologia e inovações com linguagem fácil e rápida.
Muito bem, nos próximos parágrafos eu falarei sobre blockchain, computação quântica (esse tópico é meio viajante) e cloud computing. A ideia é explicar os conceitos por trás desses termos e falar um pouco sobre a história, aplicações e desafios dessas novas tecnologias. Sempre que eu achar relevante, eu vou recomendar livros e ebooks caso você tenha interesse em se aprofundar em algum tópico específico.
Esse humilde blog faz parte do programa de afiliados da Amazon. Com isso, toda vez que você clicar nos próximos links de e-books, eu posso ganhar uma pequena comissão. A ideia não é te empurrar um monte produtos, mas sim te mostrar materiais interessantes e úteis.
1 – Blockchain
Com certeza, você já ouviu falar sobre bitcoin, criptmoedas e um monte de outras “coins” por aí. É impressionante o tanto de “especialistas” que surgiram nos últimos anos sobre esse assunto. O mais engraçado é que esses mesmos “especialistas” em criptomoedas não têm lá muitas habilidades em adquirir mais moedas e ficam fazendo um marketing agressivo e tosco para que você faça parte da “rede” deles. Estranho, neh?
Bom, deixando o meu comentário ácido de lado, vamos agora entender o conceito de blockchain. Com isso, você pode entender a lógica e a tecnologia por trás dessa nova forma de organizar informações financeiras. Uma prévia, as blockchains são uma aplicação das ideias de criptografia e segurança da informação.
O que é blockchain?
Bom, esse conceito ainda é muito nebuloso, mas vale a pena tentar entendê-lo. Imagine um caderno de papel com 100 páginas de 70 linhas cada. Agora, imagine que uma loja use esse mesmo caderno para anotar o destino de cada produto vendido em cada linha. Exemplo, a loja vendeu uma placa de ferro para um fornecedor. Esse fornecedor vendeu a placa para uma indústria. Esse industrial incorporou a placa de ferro na linha de montagem de um carro. Esse carro foi vendido para um estudante…
Entendeu a lógica? A proposta do blockchain é rastrear todas essas compras e vendas. O blockchain rastreia essas transações financeiras. Com isso, você poderá descobrir onde foi parar o seu dinheiro. A ideia é que ninguém apague esses rastros. O Brasil bem que podia usar essa ideia para diminuir nossos problemas com corrupção e lavagem de dinheiro…
O blockchain é um protocolo de confiança para você registrar vários dados e informações de uma maneira não centralizada. Não tem essa de esconder informação. Com isso, você pode criar índices e indicadores sobre as transações que ocorrem em um mercado e “tentar” entender um pouco mais sobre o dinamismo da economia. Por quê o preço do petróleo caiu? Quais são as probabilidades do dolár disparar?
Essas perguntas podem se tornar menos complexas com o tempo. A ideia é eliminar os intermediários das transações financeiras. Mas, é lógico que os bancos grandões não curtem muito essa ideia. Menos taxas cobradas, menos correntistas, menos investidores… mais bancos irrelevantes e falidos. Em muitos casos, a tecnologia beneficia uns e f#### outros.
O banco de dados blockchain usa 2 tipos de registros: transações individuais e blocos. O bloco é a parte mais concreta com o registro de todas as transações, ponteiros, datas e índices para referenciar as transações das pessoas. A ideia é criar um blocão para registrar todas as compras e vendas ocorridas. Tudo isso de uma maneira segura e confiável.
Um pouco mais sobre a história do blockchain
O blockchain nasceu no código fonte original do bitcoin. Lá em 2008, Satoshi Nakamoto publicou um artigo chamado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”. Nessa obra, ele propõe um sistema para rastrear os pagamentos dos caixas eletrônicos. Só um detalhe, Satoshi Nakamoto é um nome de mentira para proteger a identidade do autor desse trabalho.
Em 2009, Satoshi criou uma rede e minerou os primeiros bitcoins. Com isso, surgiram várias comunidades de desenvolvedores, entusiastas, bancos, empresas e órgãos públicos interessados. No ano de 2014, surgiu o termo Blockchain 2.0, um novo projeto de bases de dados distribuídas.
Em 2015, nasceu a Ethereum, uma linguagem de programação para contratos inteligentes que usa os conceitos da blockchain 2.0. Com isso, muitas OADs (organizações autônomas descentralizadas) e empresas virtuais podem surgir.
O blockchain é uma tecnologia exponencial que evoluiu muito rápido. Nos últimos anos, o termo sidechain ganhou força. A ideia é criar um blockchain ainda mais descentralizado e distribuído e com mais criptografia e segurança da informação. A tendência é a diversificação, pois muitas empresas já trabalham para criar as suas próprias cadeias de moedas.
As aplicações e os desafios do blockchain
A ideia aqui é aprofundar um pouco mais nesse tópico. Eu vou agora te mostrar as principais aplicações do blockchain na sua vida e os desafios dessa nova tecnologia. Bom, antes de começar, eu sugiro dois livros se você tiver interesse em explorar mais o mundo das criptomoedas. O primeiro é o Bitcoin para iniciantes de Steve Hollins. Já o segundo é um book de história em quadrinhos criado pelo SESI-SP: Bitcoin: A Caça a Satoshi Nakamoto.
Contratos inteligentes
Os smart contracts são bem familiares para os freelas e startups. Nick Szabo criou esse termo 1993. A ideia foi criar contratos jurídicos que você pode executar na internet. Contratos autônomos que se auto executam. Sim, ficou meio abstrato, mas eu já te explico com um exemplo.
Quando você faz compras na internet, você envia o seu dinheiro ou os dados do seu cartão de crédito para uma solução de terceiros como Paypal, Mercado Livre ou Amazon. Esse serviço do intermediário vai te cobrar uma taxa, certo? Você paga justamente por ter essa comodidade de não se preocupar com as burocracias do pagamento e da logística.
Os contratos inteligentes surgiram para eliminar esses intermediários e taxas e aumentar a confiança dos pagamentos. Se algo der errado na sua compra, você pode acionar terceiros ou o contrato “termina sozinho”. Esses acordos são inquebráveis e não dá para mudar as informações registradas.
A startup OB1 cria marketplaces que usam contratos inteligentes. Todas essas inovações e transformações nos negócios digitais usam os conceitos e ideias do blockchain e da criptografia.
Proteção contra ciberataques
Os algoritmos de blockchains permitem autenticar os dados das pessoas na web. Assim, você consegue proteger informações relevantes e evitar ataques cibernéticos. Vale a pena conhecer um pouco mais o trabalho da Remme e os seus artigos publicados no Medium. Os textos têm uma linguagem mais tech, mas são bem legais.
Remme é um projeto de blockchain para segurança cibernética. A ideia é proteger os dados pessoais e empresariais dos acessos não autorizados. A pegada deles é automatizar as rotinas de segurança e criptografia. Com isso, eles criaram uma solução para proteger os sites na web dos ataques de força bruta, keylogging e phishing.
Ecossistemas de saúde
As tecnologias de blockchain facilitaram o surgimento de redes sociais para o pessoal de saúde. O objetivo é conectar pacientes, fornecedores e profissionais em um mesmo local. O sistema SimplyVital Health faz tudo isso e ainda é compatível com os padrões HIPAA aceitos no mundo inteiro.
Outro projeto legal é o da MedRec. Essa é uma plataforma blockchain para resolver os problemas dos Registros Eletrônicos de Saúde (EHRs). Com isso, você consegue gerar relatórios médicos confiáveis em poucos segundos. Tudo isso facilita muito a vida dos pacientes.
Muito bem, falamos sobre os pontos mais relevantes do blockchain. Vamos agora viajar um pouco na maionese e aprender mais sobre computação quântica nos próximos parágrafos. Pegue um café, descanse um pouco e abra a sua mente para esse tópico beeem abstrato.
2 – Computação quântica
Existem dois tipos de computação: a computação comum e a computação realizada pelos super-computadores. A pegada da computação quântica é justamente essa. Você criar computadores com uma capacidade de processamento muito rápida. Para tanto, os cientistas usam os conceitos da física quântica aplicadas ao cenário da arquitetura de computadores e engenharia da computação.
O que é computação quântica?
Uma evolução da computação tradicional. O surgimento do Big Data e dos volumes cada vez maiores de informações induziu uma evolução na forma de ler e processar informações. É aí que a computação quântica entra.
Os computadores comuns usam a lógica binária nos bits (0 ou 1) para codificar dados com transistores. Já o computador quântico usa números que podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo, os qubits, bits quânticos ou q-bit. Com isso, você pode criar computadores bem mais rápidos e potentes.
A ideia é juntar mecânica quântica e computação. Os computadores se baseiam na arquitetura clássica de Von Neumann. Só que o avanço da inteligência artificial faz com que esses computadores comuns se tornem cada vez mais obsoletos.
Os computadores quânticos podem ser uma alternativa interessante para os resolver os problemas mais complexos da inteligência artificial. Pra isso, os cientistas usam conhecimentos sobre logaritmos discretos, fatoração de números primos muito grandes e simulação de problemas da física quântica.
Um pouco mais sobre a história da computação quântica
Em 1931, Godel criou teoremas para mostrar as limitações da matemática. Isso encorajou o surgimento da ciência da computação. Em 1936, Turing e Church criaram modelos teóricos para computadores com a famosa máquina de Turing.
No ano de 1943, os dispositivos ENIAC e Colossus foram aplicações práticas da eletrônica na computação. Assim, surgiram os transistores e os circuitos integrados. Em 1948, Claude Shannon conseguiu matematizar a transmissão de informações nos computadores, os bits.
No ano 1985, David Deutsch conseguiu descrever um equivalente quântico para a máquina de Turing. Já em 1994, Peter Shor criou um algoritmo de fatoração de grandes números primos por meio dos estados quânticos de superposição e emaranhamento. Com isso, Shor desbancou o protocolo de criptografia RSA.
Em 2007, a empresa canadense D-Wave desenvolveu um computador quântico de 16 qbits. Essa é uma história breve da computação quântica. Esse assunto é meio nebuloso mas é relevante. A ideia é usar moléculas, átomos e elementos para registrar os dados que hoje os computadores guardam em bits. Com isso, surgem os qbits (bits quânticos).
Os computadores quânticos são o estado da arte da miniaturização. A Lei de Moore, uma lei que explica a evolução das tecnologias ao longo dos dados, chegará ao fim em 2020. Isso torna o o avanço da computação quântica inevitável. Essa ciência vai acelerar muito a economia, os modelos de negócios e a sociedade.
As aplicações e os desafios da computação quântica
Vamos aprofundar um pouco mais nesse tema. Esse termo de tecnologia ainda é nebuloso para muitos pesquisadores. Antes, eu vou te sugerir um livro muito didático caso você se interesse pelo mundo da computação quântica. A obra se chama “O Que É Computação Quântica?“. É uma leitura fácil e legal.
Computação de alto desempenho
O nome original vem da sigla em inglês HPC (High Performance Computing). A fábrica europeia Airbus criou um campeonato mundial de computação quântica. A ideia é juntar vários especialistas para otimizar as modelagens complexas de todo o ciclo de vida de uma aeronave.
O evento se chama Airbus Quantum Computing Challenge (AQCC). Os PCs comuns estão com os dias contados. Assim, os computadores quânticos podem dar vida aos ultra-processadores. Esses estudos podem gerar bons avanços na otimização de rotas aéreas e imagens de satélites.
As áreas de pesquisa incluem criação de peças ultra-duráveis, dinâmica de fluidos computacionais, redesign da wing-box e otimização da subida das aeronaves. Isso envolve muita mecânica quântica, criptografia e física computacional.
Nuvem quântica
No ano de 2015, a Alibaba e a Academia Chinesa de Ciências se juntaram para criar um centro de pesquisas em Xangai. Nasce então laboratório de computação quântica da Alibaba. A ideia desse ambiente de inovação é aplicar inteligência artificial, criptografia e computação quântica para turbinar o desempenho do e-commerce.
Em 2018, a Alibaba criou um serviço de computação quântica em nuvem. O objetivo é simular os ambientes desses super-computadores em um servidor de acesso controlado, seguro e com alta disponibilidade de dados. Essa nuvem quântica usa processador com potência de 11 qubits (2048 bits).
A ideia da Alibaba foi se aproximar dos pesquisadores e criar um local de estudos para quem se interessa em computação quântica e computação na nuvem. Assim, formou-se um marketplace para unir startups, universidades, empresas e órgãos públicos. A solução Alibaba Cloud é tão top que virou a patrocinadora oficial de serviços em nuvem do Comitê Olímpico Internacional.
Criptografia quântica
Já existem estudos nessa área desde 1982. A ideia é criar comunicações de dados mais seguras por meio de chaves secretas de criptografia. Com base nas leis da física e no poder computacional, você pode criar chaves secretas “inquebráveis”. Os algoritmos mais conhecidos são: OTP, BB84 e E91.
O protocolo OTP ou One-time pad cria chaves para você usar uma única vez. O algortimo BB84 nasceu em 1984 e usa os estados de polarização dos fótons para transmitir informações. Já o protocolo de Ekert (E91) usa pares de fótons emaranhados para criar as chaves secretas. Tudo isso é resultado de pesquisas sobre fatoração de números primos e busca de informações em bancos não ordenados.
O grande problema da criptografia quântica é que você só consegue transmitir os dados com distâncias menores que 70 km. As taxas de erros de bits, as condições climáticas e as impurezas microscópicas nas fibras ópticas são as 3 grandes barreiras. Isso é o Princípio da Incerteza de Heisenberg.
A empresa suíça iD Quantique já vende aparelhos de criptografia quântica. O Gateway MagiQ QPN é uma solução de criptografia quântica para distâncias médias. Por fim, o Quantum Network (Qnet) é um projeto de pesquisa para criptografias quânticas em redes de fibra ótica de até 10 km do departamento de defesa americano.
3 – Cloud computing
Esse é o nome em inglês da famosa computação em nuvem. A ideia é criar servidores, backups e sistemas informatizados em ambientes robustos e preparados para altos volumes de dados e transações. Os dados e informações são o novo ouro da Era Digital.
Os maiores players desse mercado são: RedHat, Amazon (AWS), Embratel e Microsoft (Azure). A pegada aqui é criar uma infra de TIC para que as empresas, governos e universidades não se preocupem com essa parte mais técnica.
O que é cloud computing?
Vamos aprofundar um pouco mais agora. O produto da cloud computing é a disponibilidade sob demanda de recursos computacionais. Você paga para ter acesso aos grandes espaços de armazenamento de dados, cópias de segurança e alta capacidade de processamento.
As grandonas do mercado têm uma infra poderosa. São investimentos caros que podem ajudar muitas pessoas, companhias e órgãos públicos. É como se você alugasse uma “Ferrari” dos computadores.
Em muitos casos, compensa mais você usar a infra top de uma empresa terceirizada do que manter todo uma mega arquitetura de TI na sua companhia. Por quê? É só você fazer uma analogia com os carros. Os veículos caros têm custos bem maiores de manutenção, seguro, impostos, licenciamento. A mesma lógica vale para as tecnologias.
A pegada da computação na nuvem é criar servidores de armazenamento distribuídos no mundo inteiro. Com uma boa velocidade de internet, você consegue acessar os dados do seu DropBox ou Google Drive em qualquer hora e lugar. Não importa se os computadores físicos estão lá no Paquistão ou no CPD da loja da esquina. O nome disso é alta disponibilidade.
Esses conceitos dão vida à internet das coisas, cidades inteligentes e inovações digitais. Tudo muito prático, escalável e hiperconectado. A internet é a “grande nuvem” dos computadores. Sim, é um conceito meio louco e abstrato (rs). As nuvens podem ser públicas, privadas ou híbridas. Existem também outros tipos de computação em nuvem incomuns e mais específicas como:
- Nuvens comunitárias;
- Nuvens para computação de alto desempenho;
- Nuvens de Big Data;
- Multi-nuvens; e
- Nuvens distribuídas.
Um pouco mais sobre a história da cloud computing
Compartilhar uma foto no OneDrive, ouvir uma música no Spotify ou responder um e-mail. Todas essas coisas corriqueiras são facilidades da computação em nuvem. Isso é uma continuidade das pesquisas de John Mccarthy iniciadas em 1960. Ele é o criador da linguagem de programação LISP e um dos pais da Inteligência Artificial. O seu grande projeto era transformar a computação em um serviço de utilidade pública. E assim o fez 🙂
Mccarthy gerou insights para a computação por tempo compartilhado, o famoso time sharing. A ideia era que 2 ou mais usuários pudessem usar o mesmo computador ao mesmo tempo. Para isso, ele e seus alunos estudaram a fundo sistemas operacionais, programação e gerenciamento de processos com threads.
Na mesma época, o cientista da ARPA Joseph Carl Licklider dava seus passos para a criação da Internet. Suas pesquisas sobre redes de comunicação e compartilhamento de dados deram vida à ARPANET, uma rede para fins militares. Tempos depois, conectar pessoas, dados e informações em uma escala mundial já era uma realidade possível. Tudo isso favoreceu o surgimento das tecnologias em nuvem.
Em 2008, as empresas pequenas, médias e grandes perceberam que a computação em nuvem era um negócio inovador com alto potencial de lucro. Em 2013, a competição nesse mercado se acirrou. Hoje em dia, as grandonas da computação em nuvem são: Google, Amazon, Microsoft, Adobe e VMware.
As aplicações e os desafios da cloud computing
Vamos explorar mais esse tema. Eu vou te mostrar as aplicações e os desafios da cloud computing. Antes de começar, eu recomendo dois livros. O primeiro é o Fundamentos da computação em nuvem, uma série criada pelo pelo Senac São Paulo para preparar os estudantes para o mercado. O segundo é um livro mais didático do Manoel Veras Sousa de Neto: Computação em Nuvem.
SaaS (Software as a Service)
A ideia é vender softwares, sistemas e soluções de TIC omo serviço. O usuário não compra licenças de uso para instalação, computadores ou hardwares parrudos. Essa parte técnica mais “chata” e pesada fica por conta da empresa fornecedora. O clientes pagam por uma assinatura de acordo com os serviços, recursos e tempo de uso. Tudo rápido e prático para facilitar a vida do consumidor.
A computação em nuvem viabiliza esses modelos de negócios com SaaS. O cliente só precisa se preocupar com acesso ao serviço, sistema ou solução de TIC. As empresas mais famosas nesse mercado são a HP e a Oracle com as soluções HP SaaS e Oracle SaaS. Vamos agora conhecer as variações do software como serviço: PaaS, DBaaS, IaaS e TaaS.
PaaS (Platform as a Service)
Esse modelo de cloud computing vende plataformas como serviços. O objetivo é criar ecossistemas digitais e disponibilizá-los para os públicos de interesse. Esses produtos são de ticket mais alto. Com isso, algumas poucas vendas já podem aumentar muito o faturamento das empresas de tecnologia. Os produtos PaaS são para um público mais tech que curte por a mão na massa e criar softwares.
Os fornecedores oferecem bases de dados, serviços de business intelligence, espaços de armazenamento, sistemas operacionais e segurança. Ganha-se na escalabilidade porque o cliente pode otimizar a sua infra de TIC. O usuário compra um ambiente completo de desenvolvimento on demand e pode criar, modificar e personalizar softwares e aplicativos.
DBaaS (Database as a Service)
O objetivo é fornecer um banco de dados como serviço. Os produtos DBaaS também são para o pessoal mais tech que curte bases de dados, big data, SQL, business intelligence, data warehouse e NoSQL. Os sistemas de gestão de bancos de dados mais famosos no mercado são: SQL Server, MySQL, Oracle e PostgreSQL. As empresas vendem toda uma infraestrutura de banco de dados já hospedada e configurada na nuvem.
Esse é um serviço escalável e flexível. Os produtos DBaaS são uma plataforma sob demanda para autosserviços de fácil gestão. Dessa forma, os clientes conseguem acessar remotamente as informações relevantes em qualquer horário e local. O diferencial dos fornecedores de soluções em nuvem é essa praticidade e comodidade para os usuários. O cliente não precisa se preocupar com os detalhes técnicos. O trabalho “sujo” fica todo com a empresa.
IaaS (Infrastructure as a Service)
Outra variação dos produtos SaaS. A pegada aqui é mais voltada para a parte física dos computadores como routers, máquinas virtuais, racks, datacenters e servidores. Você aluga equipamentos e infraestrutura para transmitir e armazenar dados. A forma de cobrança é de acordo com o número de equipamentos utilizados e/ou volume de dados baixados e armazenados. Você paga pelo que você usa.
Escalabilidade de novo. A lógica é parecida com a dos serviços de TV a cabo. Você pode cancelar, reduzir ou aumentar as franquias contratadas a qualquer momento. Tudo vai depender da realidade e do volume de informações do negócio.
TaaS (Testing as a Service)
Esse é um produto mais diferente. As empresas vendem um ambiente para os usuários testarem sistemas e apps remotamente. A ideia é simular os possíveis comportamentos dos clientes. As soluções TaaS são um modelo de terceirização de serviços. Um caso bem comum são os testes de desempenho na Black Friday. Com isso, você consegue prever cenários futuros e se preparar de antemão.
Os produtos TaaS servem para os testes: automatizados, funcionais, de aceite, de interface, de carga e pentest. A infraestrutura também é escalável. Você pode aumentar ou diminuir os serviços de acordo com as demandas do negócio. A vantagem é que você não precisa gastar com infraestrutura, licenças de softwares e contratação de profissionais. O modelo Crowd Testing é a aplicação dessas soluções de nuvem para testes de software.
Private cloud
Os problemas com vazamentos de dados e segurança das informações criaram uma nova demanda no mercado: as nuvens privadas. A ideia é proteger ao máximo os dados corporativos e segredos comerciais das empresas, governos e universidades. Esse é um serviço mais caro pois trata conteúdos sigilosos, críticos e sensíveis. O produto é essa nuvem particular.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vai aquecer bastante esse mercado de private cloud. As soluções de nuvens privadas são personalizadas de acordo com os volumes de dados e infra das companhias. Você pelos serviços de manutenção e pelo acesso ao ambiente protegido. As empresas mais atuantes nesse meio são a Microsoft, IBM e HP.
Enfim, agora você já conhece mais a fundo os 3 principais termos de tecnologia do futuro. Nesse artigo, você explorou as características, o histórico, as aplicações e os desafios do blockchain, da computação quântica e da cloud computing. Ficar de olho nesses temas pode te ajudar muito durante e depois da faculdade.
Muito bem, esses são os termos de tecnologia relevantes para o futuro próximo. Eu sei que o artigo ficou gigante (rs). A ideia aqui é te fazer pensar e te entreter com fatos, tecnologias e dicas úteis para a sua vida de estudante. Se você chegou até aqui, muito obrigado pela sua atenção. Você pode me seguir no Instagram para ter acesso a mais conteúdos legais e de graça. Se você gostou deste artigo, então compartilhe com os seus amigos.
Pedro Londe
Autor do livro “O que diabos é Gig Economy?: Como ter várias fontes de renda e aproveitar ao máximo todas as suas habilidades“