Os Benefícios e os Desafios do trabalho Colaborativo

Os Benefícios e os Desafios do trabalho Colaborativo

O que é Gestão Colaborativa? Você Sabe? 

A gestão colaborativa surgiu como uma resposta às transformações do mercado, as inovações da era digital, também conhecida como indústria 4.0, trouxeram uma infinidade de mudanças, dentre elas as relações-sujeito com o trabalho. Hoje não se pode mais contar com um poder centralizador e vertical, no qual um fala e os outros se calam e obedecem. Esse modelo já foi vencido, as pessoas querem fazer parte de algo, saber: onde, porque, como, quando e para quem? Não querem apenas fazer, tem que ter uma razão.

Esta modalidade de liderança é uma forma de direção que permite uma maior flexibilidade. O líder descentraliza o seu poder e dá mais autonomia e flexibilidade aos colaboradores, expandindo os insights e as recompensas pela conquista de todo o time que passam a assumir a dianteira no planejamento e na tomada de decisão, ao lado da liderança. Mitigando as crises de pertencimento, frustrações e falsas expectativas.

E sabe por quê? Abusando de um clichê moral, duas (ou mais) cabeças pensam melhor do que uma. E o líder que ouve os profissionais de sua equipe têm muito mais chances de desenvolverem o seu setor com mais eficiência que a gente chame de – Escuta Ativa.

Como resultado disso, as empresas tendem a ser beneficiadas de diferentes maneiras.

Tomo a liberdade de priorizar algumas:

  1. Aumento do Engajamento: mais engajamento e motivação, pois o profissional entende que a sua participação é reconhecida e valorizada – ele pertence àquele lugar, se sente parte de algo maior. Não tá ali para apenas apertar botão e sim pra fazer a diferença no resultado da empresa. Trabalha para uma causa, um propósito.
  2. Aumento da produtividade:  a equipe consegue agir em prol do benefício coletivo, e não apenas a partir de métricas individuai, tem uma meta em comum, se um erra todos erram. Se um atrasa, todos atrasam. A falha e o mérito são coletivas.
  3. Diminuição Turnover:  poder maior de retenção e atração de talentos, devido à flexibilidade promovida pela empresa. Essa sem dúvida é a maior dor do time de RH, atraem o talento, mas se a gestão não é boa, não há salário que o faça ficar. E uma gestão colaborativa constrói pontes e não muros.
  4. Possibilidade clara de crescimento:  o profissional é lapidado melhor para ser algo a mais, além de uma simples engrenagem da empresa. Ele sabe as possibilidades de crescimento e tem clareza do que a empresa espera dele e se esmera para conquistar os OKR.
  5. Saúde mental: nunca se falou tanto em saúde mental do que nos últimos tempos. A quantidade de pessoas com Burnout, com crise de ansiedade e outros transtornos causados pelo estresse. Em uma gestão colaborativa há redução do estresse, uma vez que as responsabilidades são compartilhadas. E todos sabem das suas rersponsabilidades
  6. Abertura para Inovação: possibilidade de gerar novos insights, já que mais pessoas participam do planejamento em curto, médio e longo prazo.

Esse meio produtivo positivo e propositivo também confere uma reputação valiosa à sua marca. Hoje em dia, as pessoas — especialmente, a geração Z e os millennials — buscam uma flexibilidade maior profissionalmente – quantas pessoas desta geração, que você conhece, hoje prefere o trabalho remoto? Empresas que conseguem se alinhar a esse perfil rapidamente têm mais chances de diferenciar-se e, com isso, adaptar-se com facilidade às mudanças e transformações do mercado, em geral. A pandemia, covid 19, chegou e mostrou que ser apegado ao território é coisa do passado, hoje as pessoas caminham para serem – nômades digitais. Morar na praia e trabalhar para empresas de uma grande metrópole. O limite, das suas possibilidades profissionais, está diretamente ligado a língua que você fala. O território é mero detalhe para esta nova geração.

Porém, para as pessoas com comportamentos mais tradicionais tem resistência natural às mudanças, e nem sempre esse processo transcorre com facilidade. Por isso, separei alguns desafios que podem prejudicar a implementação de uma gestão colaborativa na empresa/ departamento.  Veja como antecipá-los para que a gestão colaborativa seja implementada em com sucesso no seu dia a dia da.

1. Mudança na mentalidade dos colaboradores tradicionais

O primeiro desafio é, justamente, essa transição entre gerações. Se as mentes mais jovens estão em busca de descentralizações no poder e planos de sucessão de carreira, as gerações anteriores amadureceram diante de um cenário vertical.

Com isso, a gestão colaborativa pode gerar um choque difícil de lidar, se o departamento de desenvolvimento humano não foca em harmonizar a transformação para todos os envolvidos, e não apenas para aqueles que buscam pela gestão horizontal. Isso pode gerar um conflito enorme.

Uma das formas de mitigar esse impasse é conhecer os diferentes perfis. Identifique os opositores, os resistentes e os mais engajados com as mudanças. E aí,  forme times híbridos e crie uma rotina de treinamentos e reuniões que vão explorar, primeiramente, o conceito e os benefícios da gestão colaborativa.

Em seguida, exponha os resultados que podem ser obtidos com essa implementação. Dados tendem a ser irrefutáveis, diferentemente da venda de um desejo. Por isso, faça testes e monitore as métricas para que essas pessoas não tenham argumentos contra a aplicação da gestão colaborativa.

2. Problemas de comunicação

Você sabia que a falta de visão sistêmica é responsável por 30% do retrabalho da empresa? Independentemente do objetivo de sua ação, uma boa comunicação se faz elementar para o planejamento e a execução do projeto. E, com a gestão colaborativa, a mensagem tem que ser clara, objetiva e transparente.

Transparência é a palavra da vez, coloque as cartas na mesa! Os principais envolvidos nessa transição devem estar a par do que é o projeto. Todos devem saber, exatamente, o seu papel na gestão colaborativa e, assim, evitar que conflitos, erros e imprevistos ocorram no caminho.

"Aonde não há transparência, não pode existir confiabilidade" Iolanda Brazão

E, a gente sabe que a melhor recompensa entre um líder e um liderado é a troca de confiança.

Sem falar, é claro, no papel elementar do setor de desenvolvimento humano organizacional em fazer uma mediação de qualidade. Isso evita que pessoas resistam em mudar aspectos organizacionais, conflitos internos e confusões.

Vale lembrar que essa e qualquer mudança não ocorre da noite para o dia. Os primeiros passos têm que ser dados com paciência e assertividade, para que os efeitos percebidos sirvam de evidência para os benefícios da gestão colaborativa.

3. Pessoas despreparadas para a mudança

Ainda que a gestão colaborativa seja desejada por muitos, poucos sabem o que isso significa na prática. E é aí que o DHO assume o protagonismo novamente: treinamentos, avaliações e identificações de perfis são fundamentais para que todos os colaboradores sejam preparados para a gestão horizontal.

Inclusive, esse projeto oferece à empresa um vislumbre claro de quem tem o perfil de liderança, quem executa com facilidade as tarefas e agrega mais ao trabalho em equipe, criativo ou burocrático.

Uma nova maneira, portanto, de testar, desafiar e conhecer os seus próprios colaboradores para entender onde eles podem ser, efetivamente, alocados para renderem o melhor de si.

4. A cultura organizacional da empresa

Por fim, vale a pena observar se a cultura organizacional da empresa também está preparada para receber a gestão colaborativa. Afinal, se a própria tem uma rigidez, em sua estrutura institucional, como propor algo diferente disso para os seus profissionais?

Por isso, é importante que todo o DNA da organização seja revisto, repensado e desenvolvido de maneira que fiquem claros os perfis e os comportamentos desejados dos colaboradores.

Dessa maneira, entenda que a resistência pode eclodir, já que aqueles que se sentiam à vontade com a cultura da empresa podem estranhar a mudança.

Mas aí é que está: o mercado mudou e, com ele, o mundo inteiro. A sociedade está lenta, e gradativamente, moldando-se às características desse elemento digital que enraizou em nossos hábitos e atividades.

O que inclui, por consequência, os melhores meios para gerir a organização. E a gestão colaborativa está à frente dessa tendência dinâmica e funcional para desenvolver o seu negócio em curto, médio e longo prazo.

Assim, pode-se dizer que o trabalho colaborativo é muito mais do que uma técnica de trabalho em grupo, é uma maneira de interação que respeita, reconhece e destaca as habilidades e competências de cada membro da equipe. Todos compartilham responsabilidades e liderança, de forma que o colaborador possui um papel de protagonismo mais ativo na condução do processo.

A verdade é que o trabalho colaborativo é um estilo que se adapta ao mundo de hoje. Se diferentes pessoas aprenderem a trabalhar juntas em uma organização, então elas se tornarão, provavelmente, melhores cidadãs do mundo.

É um modelo inovador e em sintonia com as novas exigências da sociedade. É uma forma de ensinar e aprender, levando os colaboradores a assimilarem conceitos e a fortalecerem uma cultura organizacional pautada em uma construção de conhecimento mais autônoma.

É uma filosofia que acredita que o trabalhar, o inovar e o aprender em equipe, fazem parte de um novo conjunto de habilidades que os colaboradores, independentemente de hierarquia, precisam incorporar para que, eles e o mundo onde vivem, seja um lugar cada vez melhor.

Experimente fazer uma gestão colaborativa e seja protagonista desta revolução no meio em que você está inserido. ;)


Cristina Pierini

Marketing I Inbound I Outbound I ABM I Metrics I Ads (off/on) I Public Relations I Privacy Data Protection I Kanban I Scrum I OKR

3 a

Unir pessoas em prol de um objetivo maior é o maior fator de sucesso das companhias

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