OS CINCO PILARES DAS RELAÇÕES “HUMANAS” NO AMBIENTE LABORAL
Relacionamento, Reconhecimento, Relevância, Reputação e Resiliência
Segundo a Wikipedia, um relacionamento interpessoal é uma associação ou conhecimento forte, profundo ou próximo entre duas ou mais pessoas, que podem variar de breve a duradouro. O contexto pode variar de relações familiares ou de parentesco, amizade, casamento, relações com colegas, trabalho, clubes, bairros e locais de culto. É também a capacidade de manter relacionamentos, de conviver bem com seus semelhantes.
Relacionamento significa a ligação afetiva, profissional ou de amizade entre pessoas que se unem com os mesmos objetivos e interesses. Todo tipo de relacionamento envolve convivência, comunicação e atitudes que devem ser recíprocas. Um bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia entre as pessoas envolvidas.
De que maneira a sua empresa lida com as relações humanas? O envelhecimento é concebido como algo positivo? A experiência do colaborador é importante? O olhar humano da empresa em que você trabalha para com o envelhecimento é visível no dia-a-dia?
Conhecemos o local de trabalho pela consideração que as políticas da área de recursos humanos exibem e praticam efetivamente dentro das corporações, e por outro lado, existe a responsabilidade compartilhada que hoje não falamos muito.
Há algum tempo gostaria de falar sobre as particularidades de quem tem a doença de alzeihmer ou demência na família. O intuito nesse artigo é tentar refletir sobre algumas questões, e abrir um debate sobre o comportamento, ou o que chamamos de conduta entre as relações do trabalho e os relacionamentos.
Não há cura para a doença de Alzheimer ou demência, e estamos engatinhando no que diz respeito a encontrar soluções para o acolhimento dos envolvidos. À medida que a população brasileira envelhece vamos ficando cada vez mais vulneráveis. A doença possui várias fases, dentre elas o esquecimento parcial, confusão mental no início, até o esquecimento total, e falência de todos os órgãos aos poucos. Exige muito do ambiente familiar!
Será que a sua empresa está preparada para receber colaboradores com familiares acometidos com doenças mais comuns da velhice? Você possui alguém na família com algumas dessas enfermidades? Como é o tratamento na sua empresa? Você sabe quais são os seus direitos, neste caso específico? Você acha que existe algum preconceito por parte de colegas, ou mesmo da empresa? Existe o Reconhecimento do seu trabalho?
Algumas empresas se mostram intolerantes com faltas no trabalho de colaboradores com estes agravantes familiares. É o caso da sua empresa? É necessário um novo olhar para estes colaboradores que possuem este tipo de doença no seio familiar, sem representar preconceitos!
Precisamos de organizações que, partindo do respeito, da dignidade e da oportunidade de abraçar a causa, optem por relações mais humanas. Não só o olhar para a legislação que deve ser cumprida, mas o lado humano, relacional, afetivo deve dar acima de tudo um suporte emocional. É neste momento que podemos perceber a conduta interna da empresa, e a preocupação com a sua Reputação. Não é possível e cabível após tanta evolução, e em pleno século XXI, vivermos o retrocesso. A sua empresa age com HUMANIDADE?
Uma das doenças mais devastadoras do nosso século, e envolve não só o acometido, mas a família inteira. Todos os tratamentos paliativos com padrão medicamentoso em relação ao tratamento em nosso país com saúde tão precária! Não estamos preparados para encarar milhões de brasileiros acometidos pela doença de Alzheimer, demência. Como os colaboradores podem se sustentar no trabalho se não houver colaboração da empresa? Se não houver Reciprocidade, Tolerância e Empatia que são os três expoentes de maturidade emocional por parte da empresa e do colaborador. Devemos repensar as ações no trabalho, pois aqui vai exigir tanto do colaborador quanto da empresa a cumplicidade que muitas organizações ainda não estão preparadas.
Como as legislações dos outros países encontram formas para este tipo de acompanhamento junto aos colaboradores, já que o envelhecimento chegou mais cedo do que aqui no Brasil? Eles têm muito a nos ensinar!
Relacionamento como chave do segredo
Um educador pode influenciar positivamente a relação e a imagem que o jovem tem do envelhecimento? Você acha que a relação do envelhecimento com a camada mais jovem da população se dá pelo idoso como dependente?
Lembro que na década de 70, 80 havia uma relação de muito afeto entre avós e netos, e as regras de autoridade eram muito claras. Hoje percebe-se que há muitas mudanças nesta relação chegando a conflitos, perda de autoridade do afeto e inclusão do medo na relação.
Acredito que quando existe o respeito entre jovens e os idosos na minha percepção os jovens têm uma relação mais positiva do envelhecimento. O convívio com os avós influencia na percepção. E isso torna possível a construção de laços mais positivos dos jovens em relação à velhice.
Eu acredito na educação para a cidadania no âmbito do envelhecimento na sociedade em geral, mas sobretudo na valorização do idoso, no respeito a garantia de seus direitos.
A forma como uma pessoa se relaciona com os outros, na vida pessoal ou profissional, faz parte dos seus valores de relacionamentos interpessoais. Está associada à habilidade de interagir e aceitar as pessoas como elas são.
As empresas que mantém suas relações baseadas nos sentimentos entre as pessoas, como acontece nos relacionamentos familiares, nas amizades, onde existe afeto, cumplicidade e afinidade emocional e intelectual entre as pessoas envolvidas têm muito a ganhar.
Manter um bom relacionamento com colegas, colaboradores idosos e superiores, baseado em respeito e empatia é fundamental para garantir um ambiente de trabalho produtivo e saudável.
Se o objetivo principal do marketing de relacionamento é fazer com que os seus clientes e usuários tenham uma relação duradoura com os seus stakeholders, temos aqui a necessidade da confiabilidade, da troca da empatia, e da necessidade de uma relação mais humana. É isso que estamos vivenciando? Falamos sobre a necessidade da troca, mas não efetivamos a confiabilidade. Empresas e Instituições mais abertas e transparentes também nos seus relacionamentos com o colaborador em processo de envelhecimento, mas onde está estampada a conduta? Onde estão os valores? Uma pesquisa rápida no Google te mostrará a dificuldade de muitas empresas colocarem em sua missão, visão e valores a Transparência. Entre falar e efetivar há uma certa distância.
Quando a transparência faz parte do relacionamento com os colaboradores, com os clientes e fornecedores, a empresa ou instituição escancara os seus valores, e transferem essa cultura aos seus stakeholders. Tudo fica mais fácil porque está lá no quadro de avisos, nos valores intrínsecos daquela organização, e no trabalho que o colaborador executa.
Nós temos um olhar equivocado para a reunião de pessoas e grupos. Relacionamento não é apenas criar grupos de WhatsApp. É interagir, deixar que as pessoas exponham suas ideias e chegar a um senso comum. Isto é relacionamento! É usar a empatia, e o discernimento para chamar a atenção sem preconceitos. Relacionar é estar atento ao outro, e perceber as suas necessidades. Observar o amigo, e querer o bem dele. É usar o bom senso!
Relacionar é a arte de buscar no outro o que há de melhor, e mirar este “melhor” para transformar e encantar o outro. Ao encantar você melhora a sua percepção do outro e consegue só ver o lado positivo, bom e duradouro da amizade e do respeito, afinal os cabelos brancos nos trazem sabedoria, paz e harmonia.
Para refletir e pensar nas ações e práticas colaborativas do idoso e na dicotomia entre Capital x Trabalho
(Faço um convite a você, meu caro leitor: Interagir, e colocar abaixo as empresas que porventura achar com os valores de transparência no relacionamento, e prática da longevidade no ambiente de trabalho).
Sou Solange Vilella, Autora do Conexão Melhor Idade, especialista em Capital Humano. Colaboradora do Portal Observatório da Comunicação e da agência Convergência Comunicação.
Ghost Writer 👻 | Estrategista de Conteúdo | Jornalista | (Re)Conto histórias por meio de narrativas reais e cotidianas
4 aQue delicia te ver escrevendo por aqui Solange Vilella, e com muito conteúdo! Parabéns pelo excelente artigo!
Cerimonial Público | Relações Públicas | Direito Condominial, Constitucional e Administrativo | Projetos culturais
4 aSolange, parabéns pelo artigo! Em momento como o que estamos vivendo, de um bando de gente preocupada com a economia "só porque velho tá morrendo", é sempre bom ressaltarmos que a velhice é parte do processo inexorável da vida humana, e que é necessário reconhecimento, tolerância e empatia com essa parcela da sociedade e com aqueles que lhe é suporte. Seu texto é uma faísca para um ótimo debate! A começar pela nossa #legislação, que não cobre falta ou ausência para levar pais/avós ao médico, por exemplo. No que tange acompanhamento, a CLT versa somente sobre 2 dias para acompanhar consultas e exames durante gravidez de esposa/companheira e 1 dia/ano para acompanhar filhes de até 6 anos! O restante, vai de acordos e valores organizacionais.... Para servidores, a coisa também é ruim. No Estatuto do Servidor Público Federal é necessário ser dependente e constar do assentamento funcional. Em Mauá é permitido licença por doença em pessoa na família - mas não contempla avós, avôs, tias e tios. Imagino que a situação seja análoga em outros órgão públicos, lamentavelmente.
Cirurgiã-dentista
4 aNara Núbia Esquivel
Cirurgiã-dentista
4 aMaturi
Cirurgiã-dentista
4 aJeunesse Global