A autoconfiança como sustentação para a longevidade

Com o passar da vida a confiança em si e nos outros aumenta

Estamos vivendo numa sociedade que tenta ignorar o envelhecimento.

O jornalista e filósofo alemão Frank Schirrmacher escreveu sobre os dilemas que envolvem uma sociedade que vive o fenômeno da longevidade. Em seu livro “A revolução dos idosos”, best-seller publicado em 2004, ele convida os jovens a encarar o futuro e, consequentemente, a condição de ser velho, relatando a experiência coletiva de toda uma geração.

Quem passou dos 50 vai exigir mais assistência médica e benefícios, vai se ocupar dos problemas da previdência pública e privada. Uma revolução que deve retirar as imagens sombrias relacionadas à velhice. Schirrmacher descreve a autoconfiança como principal fonte para combater o envelhecimento. Afirma que a partir dos 40 anos, muitos percebem que sua reputação no trabalho diminui. A partir dos 50, já começam a dizer que não aguentam mais esperar a hora de se aposentar.

“A insinuação de que uma pessoa com 60, 65, 70 ou 75 anos não está mais em condições de desempenhar tarefas físicas ou intelectuais do cotidiano é uma das discriminações mais hipócritas da nossa sociedade”.  Caberá a geração dos anos 60 alterar essa  representação negativa, inclusive porque os novos velhos vão influenciar mercados e opiniões até uma idade muito avançada.

“ Autoconfiança refere-se à competência pessoal, a convicção que uma pessoa tem, de ser capaz de fazer ou realizar alguma coisa.”

A autoconfiança é um elemento primordial na vida das pessoas por se tratar de um mecanismo determinante na recuperação, tratamento e prevenção de doenças.

É importante observar que estudos mostram que ao envelhecermos estamos mais propensos a ver o melhor nas outras pessoas, e a perdoar as pequenas decepções que nos pregaram peças quando mais jovens.

Segundo especialistas, a confiança pode ser recurso importante para o desenvolvimento bem-sucedido ao longo da vida, e a prática de exercícios contribuem para o desenvolvimento da autoconfiança entre idosos, que passam a valorizar a capacidade que possuem em aprender e os conhecimentos já adquiridos.

Para manter-se ativo, o profissional com mais de 55 anos deve procurar ver além dos muros, buscando uma caminhada pessoal mais agradável e rica em conhecimento. Quem acompanha o desenvolvimento do mercado de trabalho atual sabe que é necessário atuar com um olho no presente e outro no futuro, construindo assim um mapa de metas.

Em virtude de todas as considerações apresentadas, a autoconfiança é um hábito que precisa ser estimulado regularmente e que serve como sustentação para sua longevidade. Quanto mais você praticar atitudes que contribuam para o alcance dela, mais autoconfiante você se tornará em seu trabalho, em suas rotinas, na realização de seus projetos, no cumprimento de suas tarefas, e em sua vida pessoal.

Solange Vilella - Autora do projeto Conexão Melhor Idade

Tenho como propósito incentivar as pessoas a fazerem a diferença no mundo e a minha missão é criar conexões para reintegrar pessoas no mercado de trabalho.

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