Outubro Rosa mostra que câncer não obedece a quarentena

O Outubro Rosa neste 2020 ganha mais relevância. Se o mês já serve como lembrete da conscientização para prevenção e diagnóstico precoce para o câncer de mama, o recado neste ano é duplamente importante.

Como as pessoas entraram em quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas consultas e exames de rotina foram desmarcados e protelados, também pelo medo das pessoas em irem a ambientes hospitalares.

Só que o câncer não faz quarentena. O diagnóstico precoce no caso da doença nas mamas representa 95% de sucesso no tratamento da doença.

Especialistas trabalham com receio de nova epidemia após a da covid - de doenças em estágio avançado por conta das restrições auto-impostas.

Nesse ponto entramos mais uma vez na importância de campanhas como a do Outubro Rosa (que recentemente passou a abrigar a mesma preocupação em relação ao câncer no colo do útero). 

O mês trata também do desenvolvimento do autoconhecimento, que acontece por meio do toque nas regiões de axila, colo, pescoço e mamas. Assim, a mulher observa possíveis alterações no formato do seio, na pele e aparecimento de nódulos. Isso não elimina a importância de realização de exame de mamografia, principalmente a partir dos 40 anos. Um ginecologista ou mastologista são indicados a darem todas as orientações.

Para quem se encontra ou encontrava em tratamento da doença, a pandemia igualmente não pode ser impeditivo de continuidade. Muito se falou sobre o crescimento de possibilidade de pacientes em tratamento de câncer ficarem mais gravemente doentes ou correrem risco de morte muito maior se infectados pelo novo coronavírus.

Um estudo publicado na revista científica Lancenet apontou que pacientes com câncer que morreram vítimas da covid totalizavam 13%. Apesar de maior que a média geral, foram índices parelhos aos de outras condições como idade avançada e comorbidade.

Portanto, que a mensagem do Outubro Rosa seja amplamente divulgada, escutada e atendida.