Panorama do Mercado Financeiro - ABRIL/MAIO
O mês foi marcado pela atuação dos bancos centrais e governos, a nível global, com a injeção de estímulos fiscais e monetários nas economias. No Brasil, a atenção dos gestores esteve voltada não só ao acompanhamento da evolução do quadro epidêmico e seus impactos na economia local, mas também aos conflitos políticos, que se intensificaram em abril, mês marcado pela saída dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
No mês, assim como em março, diversos fundos foram reabertos para captação, seja pelo nível acumulado de resgates ou pela atratividade do patamar de preços dos ativos na opinião dos gestores. Dessa forma, o movimento abre grandes oportunidades para os investidores.
Entre os multimercados, os fundos de estratégia Macro – os mais representativos – tiveram performance média de 2,3% (contra 0,28% do CDI), com retornos variando entre -0,84% e 14,68%, em grupo monitorado pela equipe de fundos da XP.
Os fundos quantitativos também se destacaram com retornos no campo positivo em geral, capturando ganhos pela recuperação dos ativos de risco e pelo segmento de tendências. As estratégias de arbitragem, por sua vez, com uma dinâmica específica e pouco correlacionada aos movimentos direcionais de mercado, também tiveram retornos expressivos.
MERCADOS GLOBAIS
Em abril, os mercados globais tiveram uma recuperação parcial e os retornos foram positivos para os ativos de risco em geral depois de um período extremamente turbulento e negativo em março. A retomada marginal pelo apetite a risco global foi influenciada, entre outros fatores, pelas novas rodadas de estímulos monetários e fiscais ao redor do mundo, além do relaxamento de medidas de distanciamento social em economias relevantes, como na Europa e na Ásia.
AÇÕES
No mercado de ações, o mês foi marcado por retornos expressivos nos diferentes continentes, com destaque para o S&P 500, que subiu 12,7% no mês (em dólar). Desde o fundo da série do índice em 2020, no dia 23 de março, o S&P 500 teve alta de 76,8% até o fechamento de abril. Por outro lado, os fundos de ações globais em geral ainda acumulam perdas em 2020.
As principais bolsas globais tiveram altas expressivas durante o mês, com destaque para as bolsas dos EUA. O índice NASDAQ subiu 14,45% e S&P 500 teve ganhos de 12,68%.
AÇÕES BRASIL
No Brasil, o Ibovespa seguiu a animação externa e subiu 10,25% no mês. Apesar disso, as preocupações com o avanço do Covid-19 e o agravamento da crise política seguraram uma recuperação ainda maior.
Os fundos de ações, tanto os Long Only quanto os Long Biased, tiveram bons retornos durante o mês. A média dos fundos da plataforma XP que fazem parte da categoria Long Only tiveram na média, uma alta de 12,28%. Já os Long Biased subiram 11,40% na média.
CRÉDITO PRIVADO
O mês de abril começou com a continuação da correção iniciada em março no mercado de crédito privado, principalmente para papéis mais líquidos, geralmente os de empresas com melhor risco de crédito, as chamadas high grade. As cotas dos fundos da classe continuaram sofrendo até meados do mês, quando passamos a ver uma recuperação.
O spread do IDEX-CDI, índice criado pela JGP que leva em consideração debêntures líquidas do mercado e indexadas ao CDI, mostra que o prêmio médio pago pelas debêntures sobre o CDI chegou a 5% no dia 8 e desde então tem caído e atingiu 3,8% no fim de abril. Dois fatores contribuíram para a melhora:
1) Novos investidores na compra (fundos multimercados e fundos de ações, além das tesourarias de grandes bancos);
2) Medidas do Banco Central e BNDES, que juntos irão injetar mais de R$ 1 trilhão no mercado de crédito, direta ou indiretamente.
INDICADORES (MÊS: ABRIL/20)
✔CDI: 0,28%
✔Poupança: 0,21%
✔IPCA: -0,31%
✔Ibovespa: 10,25%
✔S&P 500: 12,68%
✔Ouro: 6,41%
✔Dólar: 4,69%
Equipe iHub Investimentos
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