Planejamento Estratégico, Gestão de Riscos e Tomada de Decisão

Antes de tudo é o espírito aberto para o compartilhamento de informação, conhecimento e opiniões, que terá o poder de formar um conselho de alta performance.

O enfrentamento de cenários onde a incerteza é o principal elemento na sua formação, em um mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível) caberá ao conselho que souber mapeá-lo com substanciais doses de VUCA (visão, entendimento, clareza e agilidade), usando dados, informação, conhecimento e sabedoria.

A estrutura (sala) do conselho se assemelha a um painel de controle (cockpit). Pode parecer com painel de “fusca pé de boi”, com apenas o botão do “afogador” ou com o de um jato supersônico, a depender do estágio de desenvolvimento em que a empresa se encontrar.

Os pilotos (conselheiros) deverão conduzir o veículo (empresa) em direção ao seu propósito, de forma lenta ou rápida, na neblina ou com o céu azul, mas com o cuidado de estar seguindo na direção certa.

O planejamento estratégico é a construção desse “road map”. Para isso deverá partir das expectativas e da ambição dos acionistas, balizadas pela visão, missão e valores da empresa.

Dar sequencia com as definições de competências estratégicas, análise dos componentes dos negócios, competitividade, avaliação de cenários futuros, dos riscos e recursos acessáveis.

O sumário dessas análises será a definição de metas SMART (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporal), acompanhadas dos seus respectivos indicadores de desempenho.

Por fim, o planejamento estratégico deve ser comunicado e disseminado nos diversos níveis e públicos da empresa, de modo a engajá-los e colocar o plano em execução.

O planejamento estratégico será direcionado para implementar 3 tipos de estratégia:

·        Resolver problemas passados, geralmente mediante o corte de custos e downsizing, ou

·        Para orientar o futuro, mediante a busca de melhorias no posicionamento competitivo da empresa, seja com movimentos de defesa, criando barreiras, seja pelo reposicionamento no mercado, ou

·        Para criar o futuro, visando antecipar cenários futuros em relação a comportamentos de mercado, clientes, produtos e/ou tecnologia.

Então, são essenciais o desenvolvimento de algumas competências estratégicas, como: excelência operacional, capacidade de comercialização de produtos e serviços, comunicação e marketing, interno e externo, inovação e tecnologia.

O planejamento estratégico é construído em etapas: Iniciando pelo diagnóstico (ouvir, entender, decifrar), passando para o planejamento (organizar, construir, criar) e fechar com a implementação (testar, realizar, ajustar).

Gestão de Riscos

A gestão de riscos assume cada dia um papel mais importante na governança das empresas.

Em termos globais o “WEFG” propõem a classificação dos riscos em Curto (até 2 anos), Médio (de 3 a 5 anos) e Longo prazo (de 5 a 10 anos), mapeando os riscos mais acentuados como: ameaças pandêmicas, incapacidade de subsistência (fome), mudanças climáticas, segurança cibernética e desigualdade digital para o curto prazo; bolhas de ativos, ruptura da  infraestrutura de TI, instabilidade de preços, choques de comodities e crises de dívida, para o médio prazo e armas de destruição em massa, colapso do estado, perdas de biodiversidade, avanços tecnológicos negativos e escassez de recursos, para o longo prazo.

No campo da governança, os principais riscos aa ser acompanhados e controlados são: financeiros, regulatórios, operacionais, estratégicos e cibernéticos.

Para isso é essencial que as empresas se preparem e se adequem, elaborando um mapa de riscos, de modo a identificar as suas deficiências e tratar com urgência os riscos de maior alcance e impacto.

Por fim, o processo de tomada de decisão é a chave para a governança eficaz, devendo ser preparada para funcionar com velocidade e consistência.

Um elemento importante para isso é a construção de indicadores eficientes (KPY), criados a partir das prioridades da empresa e que reflitam efetivamente as questões estratégicas para a sobrevivência de curto prazo da empresa e a projeção da sua longevidade.

 

Pedro Klumb

PFCC 20 – Board Academy – Palestrante: Diógenes Lima – 18/03/2024

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