Por que grandes empresas devem firmar parcerias com startups?
Os motivos são vários, e a razão da pergunta mostra que muita gente ainda desconhece o quanto essa combinação é promissora.
Olhando só o lado das grandes empresas, já podemos ter uma lista bem interessante.
Oxigenar a empresa
Grandes empresas que estão a muito tempo fazendo as coisas do seu jeito podem ter excelentes surpresas, ao descobrir o que as startups andam fazendo pelo mundo afora.
É uma boa forma de olhar para o ambiente externo e sentir o mercado, levantar questionamentos sobre como seu consumidor está vendo o mundo e as opções que ele tem para escolher.
Afinal de contas, esperar as vendas despencarem para tentar entender onde foi que errou, pode ser tarde demais.
Redução custos
As startups seguem o Lean startup, curiosamente inspirado no Lean Manufacturing, que veio da cultura corporativa.
Porém as startups levaram esse conceito de economia ao extremo, e não só o Lean, mas a Inovação Aberta, em um programa com startups, é um caminho de redução de custos e até mesmo de incremento de receita, se bem conduzido.
Não dá para competir, as startups têm sempre uma grande escassez de recursos, mas tornaram isso a sua força.
De fato, tanto empresas com excedente de capital, quanto as que estão lutando para sobreviver, têm motivos diferentes para se unir a startups, mas nenhuma consegue racionalmente negar essa vantagem.
Mudança de mindset
Aqui é uma vantagem de cunho profissional, que beneficia diretamente quem está em contato com essa parceria.
Por isso pode ser uma boa ideia, criar formas gradativas dessas parcerias para que o máximo de pessoas na organização possa ter essa experiência.
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A transformação na mente das pessoas é impressionante!
Desde o CEO até o mais novo funcionário podem ter grandes insights no seu contexto.
Normalmente essas experiências transformam as pessoas absurdamente.
O startup mindset é versátil e adaptativo, que é algo que as empresas procuram em seus funcionários hoje.
Está aí a figura tão procurada do intraempreendedor. Aqueles que trabalham no mundo corporativo, mas foram como dizemos no ecossistema de startups, "picados pelo bichinho do empreendedorismo".
Provar a inovação de ponta
Sentir na pele como é inovar em um negócio disruptivo e transformador faz muito bem até mesmo para quem já fez isso no passado.
Todo empreendedor gosta de sentir de novo aquele frio na barriga.
Imagine o quanto não pode ser feito em uma grande empresa com um modelo sólido e estruturado?
Novas perspectivas para o futuro, como usar novas tecnologias, como explorar novos modelos de negócio, e formas de interação com os consumidores.
O que existe de mais inovador é acessível para empresas tão pequenas de poucas pessoas, muitas vezes para estudantes que seriam estagiários na sua grande corporação. Por que você, de uma grande empresa não poderia ou não deveria participar disso?
O horizonte para o futuro se expande, e a futurização está batendo na sua porta.
Basta abrir, para sentir a força que é possível obter através da mudança na visão, estratégia, e cultura organizacional.
Isso é trazer o futuro para o presente.
Carlos, bem bacana o artigo. Um complemento importante seria o COMO. Infelizmente ainda é regra em grandes corporações querer se aproximar de startups pelo "hype" e pra mostrar que está seguindo tendências. Abrem programas de aceleração cheios de pompa mas em seus BIDs continuam sendo tão engessados que é quase impossível para uma startup early stage sequer apresentar seus serviços. O mindset nas grandes empresas está ainda muito longe de ser de fato orientado a inovação e vejo mais espaço para muitas dessas ficarem pelo caminho disruptadas do que se modificarem sendo parte da disrupção.