Porque os CEO's falham na execução da estratégia?

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Executivos, segundo Falconi, em seu livro "Verdadeiro Poder" falham porque têm dificuldade em estipular metas certas, isto é, os principais executivos não conseguem definir de forma assertiva os problemas com os quais a organização está lidando. Problema em sua teoria é a diferença entre a situação atual e a desejada. É por meio dessa diferença que o executivo deve definir sua meta. A situação desejada pode ser um "benchmark" de uma outra companhia ou até mesmo algo para tornar a empresa mais rentável ou lucrativa comparando contra ela própria.

Outro fator para o guru da gestão é que não executamos, nem fazemos bons Planos de Ação, seja porque desconhece-se os métodos de análise, seja porque não se tem o conhecimento técnico necessário para conseguir por meio do plano de ação neutralizar as causas do problema, isto é, planos de ação incapazes de agir na causa raiz dessa situação indesejada.

Já os estudiosos de Harvard ponderam que as falhas de execução da estratégia empresarial se dão, em razão do principal executivo da organização estar muito focado internamente. As estratégias podem ser bem formuladas, mas se houver uma pobre execução, haverá falhas que impedirão as organizações atingirem sua visão, no futuro, que tem como o pano de fundo as metas estratégicas. Outro fator é que muitos executivos não estão preparados para os desafios que o cargo lhe exige.

Importante destacar que muitos executivos não se aprofundam no contexto competitivo do seu business. Acabam, erradamente, focando em resolver conflitos internos, reconciliar orçamentos e gerenciar a performance, e esquecem do mais importante, que é dar foco na estratégia externa, de como os competidores estão agindo no mercado, do que o cliente está precisando para continuar a usar seu serviço ou permanecer fiel aos seus produtos e se orientar pelas tendências da tecnologia em seu setor.

Alguns dados são interessantes para demonstrar que os executivos não dão a devida importância as diretrizes estratégicas, que eles mesmos se imbuem em proferir nas reuniões de planejamento estratégico. 70%, em média, dos executivos revisam a estratégia uma vez por mês. 85% dos gestores gastam menos de uma hora por mês discutindo a estratégia.

Os executivos quando são arguidos sobre a estratégia da organização mostram o plano estratégico, o crescimento do "Market Share" (participação do mercado), a missão e os valores contidos na identidade organizacional tudo numa folha, no entanto, raramente, mostram com clareza o mercado que eles atendem e quem não são seus clientes, quais são as forças que sua organização possui se a comparar com as dos seus concorrentes e o porquê dos clientes escolherem seu produto ou serviço em detrimento aos outros competidores.

A grande dificuldade do executivo é escolher qual estratégia seguir. A estratégia nada mais é que o caminho para o qual a organização rumará e por esse motivo desistir de todos os outros, portanto a partir do momento que aquele executivo adotou aquele caminho como o mais interessante para a perenidade de sua organização ele aumenta o risco de falha, já que deixa de seguir todos os outros rumos que poderiam levar à visão futura. Além disso, ao decidir a trilha futura da organização, o executivo deve canalizar todos os recursos humanos e financeiros àquela direção.

Sob a ótica da tomada de decisão estratégica, todos os propósitos nessa esfera que não levam em consideração o orçamento, acabam direcionando esforços e recursos de forma desconectada à estratégia.

As organizações, que são mais proficientes na execução da estratégia são aquelas que limitam o número de iniciativas estratégicas e aquelas que desenvolvem seu orçamento ligado à direção que a companhia seguirá.

O presidente executivo para falhar na execução da estratégia que requer mudança de cultura organizacional promove pessoas dentro da organização para mudar a performance da companhia. Os executivos de sucesso, renovam seus quadros funcionais, olham de forma sistêmica as capacidades da organização, modificando processos, governança, cultura, competência e tecnologia adaptada para a estratégia que quer implantar. O executivo para não falhar, precisa ao implementar estratégias, ser capaz de traduzi-la em mecanismos operacionais e monitorar os progressos do dia a dia.

Os executivos mais desprovidos da capacidade de executar a estratégia são aqueles que ingenuamente tentam impor um processo de sistema padrão ou sistema de incentivo agressivo desenhados para forçar uma coesão entre membros da equipe. Uma da formas mais sábias, segundo professores do curso de administração de Havard, é revisar e alinhar o desenho organizacional às novas peças executoras.

Sob a égide do preço emocional pago pelo principal executivo, vale salientar, que os líderes precisam ter uma alta tolerância a ambiguidade e aceitação perpétua a curva de aprendizado. Eles precisam realizar complexas escolhas, executar trocas difíceis, dizer não as pessoas e enfrentar as muitas maneiras disfuncionais, pelas quais as pessoas lidam com o desapontamento dos seus líderes.

Muitos líderes não estão preparados para a dura realidade que ele mesmo cria quando se propõe a mudar a cultura organizacional, que vem entranhada há anos no DNA da sua organização. Isso pode gerar grande ansiedade e prejuízos emocionais aos líderes que estão na dura tarefa de fazer mudanças. Não é surpresa, portanto, que distúrbios mentais estão entre as mais bem colocadas doenças para esse cargo empresarial.

A grande maioria dos executivos, segundo pesquisa realizada por professores de Harvard, dizem que o isolamento e a solidão acompanham seus cargos e que a maioria deles se sentem responsabilizados por sentir que os problemas estão fora de seu controle.

O trabalho necessário para criar e executar efetivamente a estratégia da organização é extraordinariamente difícil. Mas se as companhias realmente investissem na preparação de executivos para os requisitos reais dessas funções, veríamos as taxas de falhas diminuírem e as empresas se adaptariam e prosperariam de maneira muito mais consistentes.




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