Precisamos de mais liderança LGBTQIA+ nas empresas

Chegamos no mês do orgulho LGBTQI+ e, em pleno 2020, e ainda podemos olhar ao nosso redor e ver claramente que, apesar de grandes mudanças, a representatividade do nosso grupo ainda está longe de chegar perto das altas lideranças dentro das organizações. 

O tema não é nada novo e, apesar disso, ainda gera muitas discussões dentro das organizações por todo o mundo. Se por um lado as empresas vem se esforçando para reforçar a representatividade na ocupação de cargos e incentivando que os colaboradores se empenhem em dar visibilidade ao grupo, ainda existe o medo de muitas pessoas LGBTQI+ em se declararem dentro das empresas.

Esse medo a gente entende que não é uma besteira, muito pelo contrário, é o reflexo da estruturação das hierarquias dentro das organizações, que por muito tempo e ainda hoje, se empenham em dizer a mesma velha imagem de uma posição forte e masculina, familiar e de acordo com os princípios éticos. Assim como outros grupos de minorias, como negros e mulheres. Todos nós travamos uma luta para ter essa visibilidade. 

Há estudos que apontam que pessoas LBTQI+ que ocupam posições de alto escalão apresentam uma performance 61% mais alta de as posições tradicionais dentro do mercado de trabalho. Será que isso já não é um sinal que a diversidade só tem a acrescentar? 

O problema é que, nas grandes organizações essas pessoas ainda não conseguiram chegar até esse estágio. Não adianta apenas falar sobre o tema e abandonar na próxima esquina. Queremos ocupar essas posições e, além disso, ser claramente abertos que somos LBTQI+ sem que sejamos olhados com desprezo e não sermos levados a sério.

Penso que, essas mudanças vão ser reais de fato quando vemos Presidentes, políticos, Líderes, todos serem assumidamente LGBTQI+ e, muito além disso, terem suas vozes ativas dentro das corporações, não com a imagem de se enquadrarem no padrão atual, mas respeitados pelo seu espírito de liderança e sua capacidade igualada a de todos os seres humanos.