Prática Comparativa dos Mercados Torna as Indústrias em Replicadoras de Ativos Insustentáveis para a Sociedade

Prática Comparativa dos Mercados Torna as Indústrias em Replicadoras de Ativos Insustentáveis para a Sociedade

A busca pela razão da existência se baseia no que já é praticado, com isso passamos a replicar produtos visando o lucro, enquanto o cenário Ambiental necessita das transformações em esferas territoriais


Por João Poncciano, Jornalista, especialista em gestão de reputação ESG e fundador da Jabreu Empresarial.


Não é de se assustar quando nos deparamos com pesquisas que revelam taxas cada mais altas de suicídio entre adolescentes mulheres, fortemente nos EUA e em outros países como o Brasil, sendo um problema de saúde pública desencadeada também pelas redes sociais. Esses índices ajustam a natureza do indivíduo e a busca da razão da sua existência pela afirmação comparativa diante o que representa sucesso na sociedade. É naturalizado a construção da auto imagem e modelagem da personalidade que esteja sendo-lhes apresentas na Web por referenciais superficiais e distorcidas.

A introdução acima serve para apontar o papel das pessoas e culturas no desenvolvimento sustentável. Este é um simples e importante exemplo de como o ato de comparação sempre terá como ideal àquilo que obteve sucesso. Entretanto, contextos são singulares e cheio de detalhes imperceptíveis a maioria de nós.

O modelo Econômico desenvolvido em cima desse supérfluo mercado criou uma interdependência dos setores e sociedade.

Especialistas das áreas da psicologia e neurociência falam sobre o fenômeno da comparação, algo que não percebemos mais fazemos isso o tempo todo.

A mecânica da indústria funciona de maneira similar. Quando um cliente procura a Jabreu Empresarial para reformular uma estratégia de reputação e imagem, é bem comum escutar logo nas primeiras reuniões de projetos, ideias que deram certo para tal marca ou tal lançamento de um produto no passado. Isso funciona bem no benchmark inicial pois apresentam referências, mas não deve ser o ponto de partida se uma marca quer se tornar líder em seu mercado sem observar as esferas ao seu redor para a implementação de uma agenda ESG eficiente.

Na prática da construção de reputação empresarial nas Relações Públicas é equivocado a elaboração de planejamentos que projetam desencadear os olhares públicos com base em portifólios e temas da concorrência de mesmos setores.

É preciso compreender em profundidade as camadas setoriais em que a empresa está envolvida e aquelas que não, mas que se tornam estratégicas e lucrativas para o seu negócio. Práticas sustentáveis são sempre bem-vindas.

O condutor desse caminho é o Planejamento de Negócios da organização, o qual espera-se a busca por inovação, diversidade de talentos, transformação cultural, crescimento de mercado no desenvolvimento de soluções para questões não observadas e na capacidade de transformação do negócio em sustentabilidade por meio da transformação digital para o seu negócio. O ponto chave está no entendimento que essas transformações devem acontecer para o funcionamento da sociedade. A prática da inovação aberta rompeu barreiras similares ao rumo marcado pela comunicação em rede.

Ainda assim, empresas insistem em comparar-se a outras ao invés de focar nas próprias fraquezas e fortalezas para alavancar o seu potencial máximo de sua reputação no ambiente externo, a fim de contribuir com visões inovadoras de crises criadas por elas mesmas na sociedade. Isso requer um grande esforço das áreas estratégicas corporativas em conjunto.

Não é incomum encontrar inconsistências entre os objetivos de negócio da empresa, com uma narrativa descontextualizada ou replicada por décadas. Esse é um trabalho das consultorias que as agências de relações públicas devem realizar. Mesmo não sendo um caminho fácil, já que a cultura organizacional das de muitas empresas tem enraizada em seu DNA uma insustentabilidade sistemática.

Esse trabalho requer persistência e muito diálogo entre as áreas da empresa, movimentações de cadeiras, conversas difíceis e dispor de ferramentas que geram dados para serem interpretados e aplicados para gerar otimização de recursos e valorização das pessoas dando-lhes um propósito simples de exemplificar.

Entende-se que a aplicação desse modelo estratégico e visionário tem como seu primeiro alvo a transformação da mentalidade humana para o desenvolvimento de líderes que demonstram valores como integridade, visão horizontal da hierarquia institucional, empatia e adaptabilidade em cenários diversos que os guiam na busca pelos Direitos Humanos e preservação ambiental para o bem-estar comum.

Como vamos saber tudo isso? Esse é um dos maiores desafios que trarei nos próximos artigos. Mas, será que não está na hora de vermos o nascimento de um novo mercado que gera riquezas para ampliar as questões mais sensíveis da agenda ESG? A verdade é que o que vemos foi um crescimento gigantesco de criação de ativos e produtos irrelevantes para a sociedade.

O modelo Econômico desenvolvido em cima desse supérfluo mercado criou uma interdependência dos setores e sociedade.






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