Prefira o Senso de Urgência, não a pressa

Prefira o Senso de Urgência, não a pressa

Vivemos cada vez mais sob uma pressão enorme do tempo e sempre que deixamos coisas pendentes, seja aquela visita à casa da nossa tia querida que estamos devendo há meses, seja deixar de fazer exercícios físicos, esquecer de retornar uma ligação, fazer um novo curso, revisar a eficácia do meu currículo no Linkedin, ou pior, deixar de atingir uma meta ou solucionar um problema por falta de checar a importância e eficácia das nossas ações.

Por consequência, questões corriqueiras, em situações que envolvam pessoas próximas e amigas, podem não ser tão críticas a essa nossa falta de tempo ou de administração deste bem precioso. Acabamos recebendo a compreensão das pessoas, seja porque nos amam como somos, seja porque também sofrem do mesmo mal.

Mas, quando o assunto é sério (seja a solução de um problema e ou alcançar uma meta), delicado e realmente importante, se não planejarmos e focarmos com disciplina, corremos o risco de cair na ARMADILHA DA PRESSA.

Pressa: necessidade de fazer ou obter algo com rapidez; precisão (sob a ótica da necessidade e não da assertividade), urgência - segundo o dicionário.

Inicialmente, pode parecer algo bom, pois fazer com rapidez, é uma premissa interessante para compensar tempo perdido ou economizar tempo disponível.

Sobretudo, ainda segundo o dicionário, PRESSA também significa:  falta de calma e paciência ao agir; precipitação, afobação. 

Uma das piores consequências dessa pressa sem paciência ao agir, afobada, é que ela abandona de vez a competência humana, e estaciona no campo da emoção e da raça, coisa que especialmente nós, brasileiros, muitas vezes admiramos, acredito, precipitadamente, pois reforçamos um comportamento irracional no momento em que a criatividade, o foco e o bom planejamento são muito mais necessários do que o esforço inconsciente. E isso, leva o indivíduo aos sentimentos desgastantes da PREOCUPAÇÃO (ocupar-se antes do tempo, ideia fixa e antecipada que perturba o espírito a ponto de produzir sofrimento moral), e em seguida ao DESESPERO (extrema aflição, angústia, irritação, caracteriza um comportamento de transtorno, de perturbação, de descontrole, de desalento).

Não tenho o objetivo de parecer superior ou dar lições de auto-ajuda com este tema, até porque também sou humano, felizmente, tenho minhas pressas e desesperos as vezes, mas principalmente peço que se atenham ao teor técnico da explanação e caso ela, ao final do texto, ainda pareça incompleta, estou totalmente disposto a debater para melhorar e complementar.

Cerca de 11% do nosso país hoje luta para reempregar-se ou para que seu empreendimento (meio que encontrou para sobreviver) dê frutos, portanto, mais do que nunca (desculpem o clichê), é hora de olharem para suas competências novamente, planejarem o que realmente necessitam fazer de mais IMPORTANTE E URGENTE, com criatividade, simplicidade e, cito mais uma vez, com DISCIPLINA, orientados a sua meta, no prazo. Isso vale na mesma proporção para os profissionais empregados, que tem a obrigação de atingir resultados relevantes para que a empresa cresça mesmo diante desta crise econômica e politica, pois assim seremos capazes de criar oportunidades novamente e vivermos tempos melhores.

Pois para tudo na vida, seja de caráter pessoal ou profissional, é indissociável a META do PRAZO.

Isso significa ter SENSO DE URGÊNCIA: Planejar e Organizar Ações no seu dia-a-dia que sejam de fato Importantes e Urgentes, orientadas ao resultado no tempo combinado ou necessário. Que aliás, é o melhor conceito de Administração do Tempo e Produtividade que, confesso, já conheci.

Temos a tendência intuitiva (aquela que fazemos sem pensar deixando-nos levar pela emoção ou por pensamentos precipitados) de passar boa parte do nosso tempo no famoso "apaga incêndio", que são situações normalmente Urgentes mas sem relevância para o nosso resultado pessoal e da empresa, e que nos consomem a energia sem trazer de volta o resultado, a satisfação e a auto-realização.

Sei também que a situação ainda está critica economicamente; espero não parecer alheio ou insensível à realidade de muitas pessoas que tem lutado diariamente em busca de uma nova oportunidade. Sei que é mais fácil simplesmente escrever um texto destes. Mas o faço como alguém que várias vezes na vida, superou o fantasma da Falta de Tempo e do Desespero, e soube parar para Planejar e Agir ao encontro de suas próprias metas e das metas de os clientes.

Sou filho de pais semi-analfabetos: mãe dona de casa que fazia faxina e lavava roupa "para fora" em apoio a um pai caminhoneiro. Eles me passaram valores e minhas metas levaram-me a faculdade, a estudar no exterior, a desenvolver empresas e negócios um dia como funcionário e nos últimos 10 anos como empreendedor, através da COLABORA, para os nossos clientes, tendo como um de nossos principais clientes, a maior escola de negócios do Brasil, ou seja, a área da própria educação que faltou um dia na formação dos meus pais.

Passei por crises pessoais e financeiras também, mas foi a razão que me colocou no caminho da solução, por isso, com todo o respeito, convido: vamos parar, respirar fundo prestando atenção no ar que entra em nosso pulmão, resgatar tudo o que já fizemos de bom e produtivo para servir de experiência, focar no que realmente queremos e quando queremos (um novo emprego, expandir nossa empresa, recuperar mercado, crescer 25%, etc), planejar as melhores ações para atingirmos este resultado, conferir a eficácia, corrigir se for preciso, mas NÃO ABRIREMOS MÃO DA NOSSA META NO PRAZO.

Por favor, comentem, compartilhem, questionem, complementem. 

Obrigado

Escrito por: André Palandre

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