PRIMEIRA PLANTA MUNDIAL HÍBRIDA BIOGÁS BIOMETANO GÁS CARBONICO INDUSTRIAL AGROPELLETS BIOMASSA COCO VERDE (PRIMEIRA PARTE)

Atualmente, o Brasil depende fortemente de combustíveis fósseis importados, caros e insustentáveis como sua principal fonte de produção. O estabelecimento de uma fonte de energia alternativa como o agropellets e o biogás a partir de recursos locais traria, portanto, benefícios consideráveis para muitas comunidades. 

Encontrar alternativas para a substituição dos combustíveis fósseis por energia limpa e renovável é um dos objetivos da nossa empresa Brasil Biomassa.

Com base na produção total da cultura de coco verde no Brasil de 3.508.850 toneladas temos um potencial de geração de resíduos da cultura do coco verde (agrícola e do processamento agroindustrial) de 5.614.160 toneladas de resíduos. 

Se utilizarmos os dados da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que o Brasil produz cerca de 2 bilhões de unidades de coco verde e estimando-se que 850 kg de casca de coco verde sejam gerados para cada tonelada de coco produzida temos um total de resíduos de coco verde de 1,7 bilhões de unidades.

A casca corresponde a 80% do coco e com o aumento do consumo da água vendida e consumida, na maioria das vezes, no próprio fruto, acarreta problemas de transporte, armazenamento e acúmulo de resíduo sólido urbano.  

Esses rejeitos geram um volume absurdo de material que atualmente são jogados em lixões a céu aberto, praias, terrenos baldios, possui uma difícil decomposição, podendo levar de oito a quinze anos para se decompor, sem contar que produz gás metano em condições anaeróbicas, gás grande agravador do efeito estufa.  

Estamos desenvolvendo a primeira planta mundial industrial híbrida de agropellets (fibra e pó) para geração de energia térmica industrial (exportado como um biocombustível para atender a demanda energética internacional) e na geração de biogás da biomassa (líquido da casca) e na geração de biometano e do gás carbônico industrial da biomassa do coco verde como fonte de carbono neutro. 

A ampliação do uso dos recursos energéticos renováveis, associado às possibilidades de complementariedade das fontes de energia, desponta como possibilidade para a integração de sistemas de geração como solar/pellets, solar/biogás, biogás/pellets e outras fontes atuando de forma complementar.

O ciclo da cadeia produtiva de coco verde tem alcançado cenário de destaque no setor agroindustrial brasileiro. Esse fato é decorrente dos avanços na escala de produção e do consumo no mercado brasileiro.  A geração de energia oriunda do biogás tem potencial considerável para alavancar a economia local, fomentando, assim, diversos setores da indústria e de outros serviços.

O empreendedor está implantando com apoio técnico da Brasil Biomassa uma unidade industrial de pellets de produção de 144.000 mt/ano de agropellets com o uso da biomassa do coco verde onde a instalação compõem uma unidade de armazenamento de matéria-prima e duas instalações industriais sendo a primeira de moagem e secagem industrial e uma segunda para o processo de peletização e resfriamento, armazenamento e expedição dos agropellets. 

Problema dos Resíduos da Biomassa do Coco Verde. O coco é um fruto típico de regiões tropicais, como o Brasil, se destacando não só pelos aspectos econômicos, mas também sociais e ambientais, atuando como importante atividade geradora de emprego e renda. Segundo os dados da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil o chega a produzir cerca de 2 bilhões de unidades. 

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola apresentado em dezembro de 2021, a área plantada do coco foi de 270 mil hectares, distribuídos em três regiões brasileiras: Nordeste, Sudeste e Norte.  

Na região Nordeste os estados mais produtores são Bahia, Ceará e Sergipe. Já na região Sudeste, os estados são Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e a região Norte, os estados do Pará, Tocantins e Amazonas com produção nacional equivalente a dois bilhões de frutos o que equivale a 3.508.850 toneladas de coco verde.

Estima-se que a biomassa residual do coco verde (folhas, arvores, frondes, cascas e conchas) gerem uma série de resíduos sem aproveitamento energético. 

Com base na produção total da cultura de coco verde no Brasil de 3.508.850 toneladas temos um potencial de geração de resíduos da cultura do coco verde (agrícola e do processamento agroindustrial) de 5.614.160 toneladas de resíduos. 

Esse resíduo é formado pela parte espessa e fibrosa do fruto (mesocarpo), pela epiderme (epicarpo) e pelo endocarpo, que no fruto verde ainda não é tão rígido como no coco maduro (coco marrom).

O descarte do coco depois do consumo da água representa um problema para os sistemas de coleta e tratamento de lixo, pela sua lenta degradação devido ao alto teor de fibras.

O aproveitamento dos resíduos do coco verde através de uma cadeia agroindustrial para a geração de novos produtos de maneira a criar mecanismos de utilização do resíduo produzido pelo processamento do coco, é uma alternativa a mais de lucro para empresas que trabalham com esse produto e uma inserção deste resíduo no processo de logística reversa.  

O processamento dos resíduos gera a fibra de coco, produto que pode ser aproveitado na produção de biogás, biocavrão, agrobriquete e agropellets e até na geração de energia, agregando valor e reduzindo o acúmulo dos cocos descartados.

Celso Oliveira

Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável

Diretor da Brasil Biomassa Consultoria Engenharia Industrial Pellets Brasil Tecnologia

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