Projeções apontam déficit bilionário na importação de insumos farmacêuticos no Brasil

Projeções apontam déficit bilionário na importação de insumos farmacêuticos no Brasil

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil revelou que o país deverá enfrentar um déficit de aproximadamente R$ 20 bilhões na balança comercial de insumos farmacêuticos em 2024.

Este cenário reflete a crescente dependência do Brasil por matérias-primas importadas para a produção de medicamentos. Dados recentes destacam que cerca de 95% dos insumos farmacêuticos utilizados no Brasil são adquiridos do exterior, principalmente da China e da Índia.

O aumento dos custos logísticos, aliado à volatilidade cambial, agrava ainda mais o cenário, impactando diretamente o preço final dos medicamentos para o consumidor brasileiro. O governo atualmente estuda medidas para estimular investimentos no setor, buscando reduzir a dependência externa.

Especialistas sugerem que a ampliação da capacidade produtiva interna e a diversificação dos fornecedores internacionais podem mitigar os riscos associados à dependência de poucos mercados.

Impacto na saúde pública

A persistente dependência de insumos importados não afeta apenas a economia, mas também a saúde pública. A escassez de insumos pode comprometer a disponibilidade de medicamentos essenciais, colocando em risco tratamentos contínuos de pacientes em todo o país. A alta dos preços também pode limitar o acesso da população a medicamentos, agravando desigualdades no sistema de saúde.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Saúde afirma estar em busca de parcerias público-privadas que viabilizem a produção local de insumos. Tais parcerias visam, segundo informam, não apenas a segurança do abastecimento, mas também a criação de empregos e o fortalecimento do parque industrial brasileiro.

Enquanto soluções a longo prazo são desenvolvidas, o governo aponta que avaliam alternativas emergenciais para garantir a oferta de medicamentos à população.


Fonte: Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Comex do Brasil

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