Quantas vidas serão preciso sacrificar para que a economia não pare?
Ao ler os noticiários referentes às entrevistas de Roberto Justus e de Júnior Durski, dono da Madero, confesso que fiquei um pouco perplexo. Passei algumas horas do dia me perguntando, qual seria o preço a pagar para que a economia de um país não parasse, evitando a projeção de um possível caos econômico, por causa do isolamento social.
Diante desse quadro, qual seria o número de pessoas que teriam que morrer? Entre 5.000 e 7.000 pessoas? Ou 3.000 seria um número aceitável? Claro que morte alguma deve haver, mas o que algumas pessoas pensam em épocas de crise, como a vivenciada no momento atual, demonstra que muita coisa tem que ser revista e refletida na sociedade. Haverá perdas econômicas, com certeza, mas esse cenário já está previsto a nível mundial, e os especialistas já procuram soluções para amenizar o impacto.
Uma das reflexões seria principalmente o modelo econômico. O neoliberalismo tem que ser revisto, ainda mais no momento, o qual, o mundo está passando. A pandemia proporciona uma grande oportunidade para pensarmos em alternativas sobre o modelo econômico utilizado atualmente no Brasil. Uma dessas alternativas poderá ser a de um modelo com um Estado forte, mas não inchado, sendo propulsor de crescimento com investimentos na área da saúde, educação e infraestrutura, movimentando de certa forma os agentes econômicos.
Uma receita que pode ser usada como referência, é a de Franklin Roosevelt presidente dos Estados Unidos na década 30 no século passado. Com a crise da bolsa de valores na época, elaborou o programa chamado New Deal, Novo Acordo em português, que era um conjunto de medidas econômicas e sociais com objetivo de recuperar a economia. As ações tomadas pelo presidente americano seguiam as diretrizes do economista John Maynard Keynes, o qual foi uma ótima solução naquele contexto.
No caso brasileiro, é necessário viabilizar recursos para a saúde e avançar tempestivamente nas medidas para reduzir a rigidez do orçamento público. Pacificar a relação entre Governo e Congresso Nacional, e ter o chamado plano de vôo para economia brasileira, isso será essencial para manter a confiança dos stakeholders.
Haverá desemprego em massa? Pessoas vão morrer de fome? O Brasil entrará numa recessão que demorará anos para sair? Atualmente, qualquer previsão de como ficará a economia pós pandemia do Coronavírus é bem difícil, mas a única certeza que temos é que não será preciso sacrificar vidas para que o impacto econômico seja o menor possível.
Superior de Tecnologia em Marketing (em formação)
4 aVisão humanista e espero o mesmo destino Parabéns meu líder de área Abraço