Quanto tempo você vai continuar perdendo por não saber o que fazer de verdade?
Você já pensou que no momento atual você pode estar perdendo um bom tempo produtivo, que inclusive poderia ser investido em algo significativo? Conseguir decidir para realizar diante de um cenário como esse é um grande desafio e um dos elementos que nos impede de conseguirmos tal façanha é o que iremos tratar nesse pequeno texto bem como um dos possíveis caminhos para serem explorados para superarmos tal obstáculo.
Todos nós que somos líderes, empresários e gestores queremos ser capazes de realizar mais, ainda mais nesse momento e, desse modo aproveitar melhor todas as oportunidades que temos, mas para isso é imprescindível falarmos de uma certa paralisia decisória que vem nos acometendo desde antes mesmo do COVID 19.
Para isso, preciso construir rapidamente um cenário que nos demonstre o mundo em que vivemos, pois nos últimos 100 anos a expectativa da vida humana mais que dobraram, a taxa de mortalidade infantil se consolida como uma das menores do que era em meio século atrás, sem contar que temos menos conflitos militares do que em qualquer época da história e graças a internet grande parte do conhecimento humano está disponível a poucos cliques. Precisamos também dizer que nesse mundo atual os meios de comunicação se transformaram consideravelmente e o celular ou smartphone que levamos de forma inseparável conosco é mais potente que os melhores computadores de 20 anos atrás, além disso quase que não há limite para andarmos pelo mundo, inclusive uma realidade que vivo, por exemplo, antigamente era impossível grandes deslocamentos num curto período de tempo e nos dias de hoje eu consigo ir até 2000km de distância logo de manhã, trabalhar o dia todo produtivamente e retornar para casa e ter uma bela noite de sono, pois a aviação mudou não somente o meio de transporte, mas a relação entre tempo e distância e com isso podemos viajar livremente pelo mundo todo e mesmo a antiga barreira do idioma acabou sendo vencida por tecnologias capazes de nos fazer aprender diversos idiomas ou até se comunicar, mesmo que de forma precária por tradutores virtuais. A ciência exerce um enorme poder gerando tecnologia e diversos meios para o progresso da humanidade, mas tudo de uma forma super veloz.
Isso posto, podemos passar a perceber que nesse cenário, existe uma quantidade enorme de oportunidades e possibilidades a serem exploradas o que chega a ser inimaginável o quanto de potenciais pode realmente ser realizado, porém quanto mais oportunidades nós temos, mais ampliamos os problemas inerentes a escolhas.
Um problema inesperado que se revela nesse momento é que quanto mais opções existem, mais difícil é de se tomar uma decisão e a tendência natural é paralisar e nada fazer e essa é a “paralisia decisória” que já falamos logo no início desse texto.
Aprofundando mais a informação sobre a “paralisia decisória”, podemos inclusive ver num estudo realizado pelo Journal of the American Medical Association nomeado como “Medical decision making in situations that offer multiple alternatives” que esse tal evento traz inclusive consequências sérias a nós humanos.
Consequências essas que se mantidas por muito tempo, tem o poder de danificar o aparelho psíquico humano através da sustentação do sentimento de frustração e incapacidade contínuo, gerando um grande desgaste de energia cerebral que configurariam um possível cenário rumo a formação do padrão conhecido como depressivo.
Portanto quando estamos diante de uma série de opções disponíveis e se precisa analisar todos os dados, possivelmente iremos gastar uma enorme energia cerebral e ainda podemos sair se sentindo incapazes de tomar uma boa decisão.
Para deixar mais claro e de fácil compreensão é só tentar se recordar de quantas vezes você vai num shopping para comprar algo e volta com coisas diferentes do planejado ou sem nada nas mãos... comigo já aconteceu diversas vezes tal situação e durante a atividade da escolha propriamente dita, muitas vezes me senti angustiado e pressionado a algo, isso te soa familiar?
Agora, uma das coisas mais curiosas é que a “paralisia decisória” nos leva além dos sentimentos já citados aqui, também para o arrependimento em relação a decisão tomada.
Uma decisão tomada sem racionalização, em função do nosso poder de imaginação e projeção futura de como teria sido se tivéssemos feito escolhas diferentes da realizada, podem nesse momento começar a criar um monte de defeitos naquilo que escolhemos, aprofundando mais ainda, quanto mais se aumenta a “paralisia decisória” mais nutrimos dois efeitos de extrema complicação para um bem viver que, um é a protelação e o outro é o estado contínuo de infelicidade, esse que se soma ao padrão depressivo sugerido pelo estudo do Journal of the American Medical Association.
A nossa sociedade do momento tem uma certa adoração e orgulho da liberdade individual e a crença de quanto mais livre formos melhor é, que de certa forma eu também faço parte dessa crença, mas me faz perceber de diferente que nessa lógica a liberdade não está ligada com a felicidade e realização, pois se fosse assim, nós estaríamos infinitamente mais felizes do que realmente estamos e o que mais vejo por ai no dia a dia é a infelicidade que vem se realizando, em conjunto com o sentimento de desorientação.
Diante disso um caminho assertivo e óbvio, mas pouco explorado é a busca por informações científicas, e com isso outro problema é que nesse mundo atual, um conhecimento valioso se perde numa tempestade de informações de baixa qualidade, por isso se faz importante saber navegar nessa atual era da informação.
O ator e comediante americano que foi inclusive candidato a presidente dos EUA mais conhecido como Will Rogers tem uma frase que diz “Nosso problema não é saber pouco. Nosso problema é que grande parte do que sabemos não é verdade.”
Mas para sairmos dessa situação precisamos aprender a lidar com três situações a qual enumero abaixo:
1º. Saber lidar com as informações disponíveis que são altamente caóticas e, em grande parte merecem uma boa investigação na busca de uma validação de sua fonte e originalidade.
2º. Saber lidar com o volume de informações até em função da própria “paralisia decisória” fazendo um filtro e se concentrando em fontes sérias geradas por centros universitários e de pesquisas preferencialmente reconhecidos.
3º. Saber que mesmo diante desses pontos você terá que exercitar a sua razão para lidar com uma grande realidade que é a existência de uma lacuna entre o que a ciência sabe e o que as pessoas fazem, ajustando sempre a sua percepção na medida de todos os dados.
Por fim use as informações construídas por você previamente, para tomar a melhor decisão do que se deve fazer.
Criar modelos visuais pode ajuda um bocado nesse momento, pois diagramas simples nos ajudam a construir cenários e entender de uma forma veloz como as coisas estão funcionando, inclusive o filósofo Arthur Schopenhauer afirmou: “nada é mais difícil do que expressar ideias importantes de modo que todos as entendam.”
Portanto para lidar com a “paralisia decisória” saia na frente, pesquisando informações para uma melhor tomada de decisão, temos a convicção que esse elemento é uma poderosa arma para evitar a perda de tempo, afinal...
Quais informações você precisa buscar para deixar de perder tempo e se preparar para esse momento?
Boas pesquisas para ações muito mais assertivas.
Grande abraço,
Keine Alves
Líder educador e pesquisador
Gestão de Projetos, Serviços e Operações; Governança Corporativa; Product Owner; Especialista de Soluções
4 aMaravilhoso irmão!!! Ótimo resumo do que vivemos! Vale como dica também assistir a entrevista do Leandro Karnal na CNN Brasil, para agregar mais elementos à essas reflexões. Grande abraço!