Quase perdi meu amor para o preconceito, e isso teria sido cruel
Amar, ser amada, e não poder viver esse sentimento. É assim que muitos se sentem. Eu compreendo mesmo, e fico feliz que minha história tenha tido um desenrolar feliz, apesar de não parecer possível que ela se torne fácil nunca.
É que sou uma mulher e amo outra mulher.
Há muitos fatores que fazem um relacionamento funcionar por mais ou menos tempo: amizade, química, parceria, lealdade. Eu encontrei isso tudo, mas por pouco não pude viver uma história de amor por conta dos julgamentos. E aqui me refiro a dois: o dos outros e o próprio.
Como suportar os olhares da sociedade? E os da família? Como ser feliz sabendo que causamos sofrimento aos nossos pais? Será que eu tenho o direito de condenar minha filha a sofrer bullying na escola?
Todas essas problemáticas desembocam numa palavra cruel: PRECONCEITO.
O fato de todos nós termos. O fato dos outros terem. O medo de sofrê-lo e como isso pode ser paralisante. Mesmo que valendo a própria felicidade.
O que a sociedade pensa logo aparece, é escancarado. Questões íntimas, familiares, ficam nos bastidores disso tudo.
E é aí que o amor perde para o preconceito.