Quer Reduzir Custos em TI? Descubra Como!
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Quer Reduzir Custos em TI? Descubra Como!

Imagine cenários corporativos onde a tecnologia evolui a passos largos, introduzindo novas necessidades, inovações e tendências que são incorporadas aos processos de negócios. Para os gestores de TI (tecnologia da informação), essa é uma realidade cotidiana, um desafio constante. Eles são impelidos a buscar e implementar essas novidades, em suas organizações, movidos pela pressão de aumentar a eficácia, a competitividade e de "fazer mais com menos" todos os dias.

Gestores de TI precisam definir estratégias e planejar orçamentos para tecnologias emergentes ou para demandas imprevisíveis e urgentes, impulsionados por soluções disruptivas como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial. São continuamente assediados por fabricantes, fornecedores e prestadores de serviços ansiosos em comercializarem seus portfólios.

Muitos desses profissionais alcançam posições de liderança tecnológica graças a uma formação técnica e reputacional sólida. No entanto, frequentemente, uma boa parcela deles enfrentam dificuldades para lidar com as nuances do planejamento financeiro, estratégico e a tradicional e característica linguagem de negócios exigida no ambiente empresarial.

Qual o resultado desse desequilíbrio formativo? Em algumas empresas, os orçamentos podem parecer mais como suposições ou um jogo de adivinhações do que um planejamento bem estruturado e controlado.

Esse cenário, quando levado ao extremo, gera uma frustração imensurável para muitos acionistas, que acabam rotulando alguns bons líderes de TI como meros técnicos, limitando suas aspirações a cargos de alta gestão ou conselhos empresariais.

Existem inúmeros exemplos de decepções refletidos no mercado. Há casos emblemáticos onde gestores de TI planejaram gastar um determinado valor X, em um projeto estratégico, mas na metade do caminho, os gastos já superavam em muitas vezes aquele orçamento inicial.

"Onde falhamos?" pergunta a alta direção diante do estouro orçamentário. As respostas são, geralmente, imprecisas e repletas de terceirizações de responsabilidades.

Uma situação muito comum, na tentativa de se buscar algumas causas ou explicações destes insucessos de controle e gestão, se dá no processo de escolha ou seleção de um líder ou gestor da área de tecnologia nas empresas. Inúmeras vezes, muitas, optam pela forma mais simplificada de fazê-lo: promovem um excelente técnico sênior a gestor por suposto merecimento por tempo de casa, conhecimento de TI ou por receio de profissionalizarem a gestão de tecnologia, trazendo alguém externo.

Este movimento empático, mas muitas vezes incoerente, do ponto de vista de governança, pode explicar parte das frustrações elencadas pelos próprios acionistas com a sua área de TI. Afinal, todos os resultados de uma corporação são e serão consequências de suas decisões e escolhas. Não existe milagres no mundo empresarial se líderes de uma área tão fundamental na organização não estiverem preparados para tal desafio.

Decisões equivocadas geram prejuízos, aumentos de custos e uma ineficácia organizacional imensurável.

No cenário corporativo atual, competitivo e dinâmico, um gestor de TI precisa combinar suas habilidades técnicas fundamentais com muitos "soft skills" essenciais, como comunicação eficaz, liderança inspiradora, resolução de problemas, gestão de tempo, mediação de conflitos, inteligência emocional, visão estratégica, empatia e inclusão social. Essas competências permitem navegar nos desafios diários com mais facilidade, promovendo a inovação e alinhando iniciativas de TI com os objetivos organizacionais.

Mas será que todo gestor desenvolve estas competências ou está preparado para estes desafios quando migra de uma área técnica para uma posição de liderança?

Além das habilidades técnicas, um gestor de TI deve ter conhecimentos multidisciplinares em finanças, gestão de projetos, processos de negócio, direito e regulação, marketing e contabilidade entre outros. Entender princípios financeiros, metodologias de gestão de projetos e questões legais, como proteção de dados e propriedade intelectual, é fundamental para tomar decisões sólidas e alinhadas com o propósito corporativo.

Adicionalmente, habilidades em recursos humanos, negociação, vendas e gestão de operações são cruciais. Compreender a gestão de pessoas, criar interfaces centradas no usuário, negociar contratos e otimizar processos internos ajuda a construir uma reputação forte, capaz de implementar soluções eficazes e preparar a organização para os desafios futuros.

É o que espera o acionista do seu líder de tecnologia. É o que ele imagina que o profissional de TI aprendeu na faculdade. Lego engano. Isso não é ensinado, de forma estruturada, nos cursos de formação tecnológica. Portanto, temos um grave vazio na formação de nossos líderes de tecnologia no mercado.

Mas o que isso tem a ver com redução de custos em TI?

A ausência ou fragilidade nestas habilidades multidisciplinares impede um gestor de TI de identificar e implementar estratégias eficazes de redução de custos já que investimentos em tecnologia estão espalhados em todas as áreas e negócios e crescem, de forma, acelerada, dia após dia.

Não ter o controle da rédea dos custos e investimentos em TI é como pilotar um automóvel, em uma ladeira, repleta de curvas, sem freios. Você não sabe o momento do tragédia, mas o choque é inevitável.

Sem conhecimento financeiro, ele pode falhar em análises de custo-benefício e na compreensão do retorno sobre investimento (ROI), resultando em alocações orçamentárias inadequadas e investimentos ineficazes.

  • Quantos investimentos já foram feitos, dentro de organizações, em tecnologias revolucionárias que nunca chegaram a ser implementadas?

Sem uma compreensão jurídica sólida, o gestor pode não entender as implicações legais dos contratos, resultando em renovações inadequadas, multas e custos legais inesperados.

  • Quantos conflitos diários entre contratantes e fornecedores de TI drenam recursos devido a contratos mal elaborados?

A falta de habilidades contábeis pode levar a uma má apropriação de recursos, incluindo erros na previsão de despesas e na alocação de investimentos, comprometendo a transparência financeira, o resultado da empresa e gerando custos adicionais devido a auditorias e correções necessárias.

  • Quantas reuniões com fornecedores esbarram nos conceitos de OPEX e CAPEX, forçando o gestor de TI a consultar a área administrativa ou contábil?

Sem habilidades em gestão de projetos, o gestor pode falhar em entregar soluções no prazo e dentro do orçamento, resultando em custos adicionais devido a atrasos e alocação ineficiente de recursos.

  • Quantos sistemas foram entregues dentro do prazo e orçamento previsto, atendendo as expectativas dos usuários?

A falta de habilidades de negociação pode levar a acordos desfavoráveis com fornecedores, resultando em custos mais altos a longo prazo.

  • Qual o percentual de contratos, somente da área de tecnologia, que precisam ser renegociados, constantemente, por que não previram o SLA (service level agreement) adequado, o índice de reajuste adequado, o cronograma adequado ou o escopo adequado ?

Sem entendimento de marketing e vendas, o gestor pode falhar em aplicar inovação e otimização em campanhas de vendas dos produtos e serviços da sua própria empresa e justificar investimentos que poderiam levar a economias significativas.

  • Quantos novos negócios foram fechados pela empresa por conta da inovação que foi planejada e estimulada pela área de TI ? Aliás, a frase mais ouvida em eventos de tecnologia é que “a TI deve estar alinhada ao negócio”. Então, não deveria ser um indicador basilar a identificação de onde realmente a TI deixa de ser reativa e passa a ser protagonista dos negócios ?  Não deveria?

Um líder de TI que não busca incansavelmente por conhecimentos complementares continuará enfrentando os mesmos problemas que abomina: aumentará o desperdício de investimentos em TI o que fatalmente, em um curto espaço de tempo, será percebido pela organização e resultará, fatalmente, em uma nova e grande rotatividade de profissionais.

Esta busca constante por novos conhecimentos é essencial para profissionais de TI se manterem adaptáveis e relevantes em um mercado em constante mudança. É um movimento natural de evolução. Isso estimula a criatividade, promove o crescimento pessoal e profissional, aumenta a competitividade e segurança profissional. Além de poder aplicar seus conhecimentos na busca de eficiência organizacional, contribuem para a inovação, maximizam sua reputação e a própria realização pessoal.

Aqueles que não reconhecem a importância do aprendizado contínuo podem desenvolver uma falsa sensação de superioridade e autossuficiência, bloqueando a humildade necessária para reconhecer suas limitações e áreas de melhoria. Essa atitude pode gerar um ambiente de trabalho hostil, onde as opiniões não são valorizadas, prejudicando a evolução coletiva. E, em um ambiente social, como é uma empresa, aqueles que desejam permanecer isolados acabam sendo excluídos ou substituídos. Tudo é uma questão de tempo.

Portanto, ouvir a si mesmo, buscar ajuda, compreender suas limitações e aprender continuamente é fundamental para prosperar na carreira de TI e manter o sucesso tão desejado pelas organizações.

O tempo de mudar está passando...

Bons negócios a todos!

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