Rombo fiscal 2016
Humildemente, não vejo razões para celebrar o déficit primário de R$154 bilhões (2,4% do PIB) do Governo Central em 2016, mesmo que abaixo do rombo previsto de R$170 bi, por três razões:
1° Havia uma certa percepção que o ministro Meirelles estava sobreestimando o déficit, ou seja, divulgando um número maior na margem para que o resultado realizado ao final ficasse dentro da meta aprovada.
2° Houve no ano passado o fortalecimento das receitas da ordem de R$46 bilhões, oriundos da repatriação de recursos depositados em outros países, sem isto, o déficit primário seria de R$200 bi.
3° As contas do governo central compreendem apenas o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, este número, portanto, exclui as contas de mais de 20 governos estaduais e 2440 municipais com as contas no vermelho, além de empresas estatais que podem demandar ajuda.