Roube como um artista

Hoje trouxe um breve resumo do livro "Roube como um Artista" de Austin Kleon. O autor nos presenteia com 10 dicas sobre criatividade, argumentando que bons poetas transformam o que absorvem em algo melhor ou diferente. Como ele mesmo é um artista e reconhece essa essência em todo aprendizado artístico, sugere que essas orientações não se aplicam apenas a esse grupo, mas a todos nós.

Primeira dica: Roube como um artista. Ele referencia uma citação de William Ralph Inge que diz: "Originalidade é plágio não detectado". Outra citação de Jim Jarmusch afirma: "Roube qualquer coisa que ressoe em você, que inspire ou alimente sua imaginação". Devore filmes antigos, música, livros, pinturas, fotografias, poemas, sonhos, conversas aleatórias, arquitetura, pontes, sinais de rua, árvores, nuvens, bacias hidrográficas, luz e sombras. Ao roubar, selecione apenas coisas que falam diretamente à sua alma. Se fizer isso, seu trabalho (e roubo) será autêntico.

Ele sugere que pesquisemos TUDO no Google: problemas, sonhos; assim, poderemos encontrar respostas ou esbarrar em uma pergunta melhor. Além disso, devemos ler muito e colecionar livros para ler. Andar com papel e caneta para anotar insights a qualquer momento também é recomendado.

Segunda dica: Não espere até saber quem é você para começar. O fato de criar ao fazer o trabalho é o que nos faz ser quem somos. Ele sugere que finjamos até conseguirmos: "Você começa como um impostor e se torna real" (Glenn O 'Brien). Roube o pensamento por trás do estilo. Você não quer parecer com seus heróis; você quer pensar como eles.

Terceira dica: Escreva o livro que você quer ler. Desenhe a arte que você quer ver, inicie o negócio que você quer gerir, toque a música que você quer ouvir.

Quarta dica: Use suas mãos. O computador é excelente para editar ideias, deixá-las prontas para publicar, mas não é muito bom para gerar ideias.

Quinta ideia: Projetos paralelos e hobbies são importantes. Reserve um tempo para ficar entediado; quando ficamos muito ocupados, ficamos tolos. Pessoas criativas precisam de tempo para pensar e não fazer nada.

Sexta ideia: Faça um bom trabalho e compartilhe com as pessoas, por exemplo, na internet.

Sétima ideia: A geografia não nos manda mais. Seu cérebro fica confortável demais no cotidiano que o cerca. Precisa passar um tempo em outra terra com pessoas que fazem coisas diferentes das suas. Ao viajar, tudo parece novo, e nosso cérebro trabalha com mais empenho.

Oitava ideia: Seja legal (o mundo é uma cidade pequena). Procure espaços (pode ser online também) onde existam pessoas mais inteligentes e melhores do que você, que estejam fazendo trabalhos interessantes.

Nona dica: Seja chato (é a única maneira de terminar um trabalho). Fique livre de estresse financeiro economizando em gastos desnecessários, tendo um emprego (você deve programar um tempo para ser criativo) e construindo relacionamentos sólidos (seja com a pessoa com quem você vai se casar, seu parceiro de negócios ou amizades).

Décima ideia: Criatividade é subtração. Escolha o que deixar de fora.

Por fim, o autor destaca que alguns conselhos podem ter falhas (já que ele considera conselhos uma forma de autobiografia, um aprendizado pessoal) e que não há regras sobre o que é certo ou errado. O importante é ser livre para pegar o que você pode usar e descartar as outras ideias.