Se precisar, peça ajuda!
Estamos no Setembro Amarelo: a maior campanha sobre prevenção de suicídio no mundo. Este ano o lema é “Se precisar, peça ajuda!” Parece um gesto simples… Não para quem está convivendo com sentimentos conturbados, 24 horas por dia, dentro de si. Muitas vezes sem nem conseguir formular uma frase para descrever o que sente.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil suicídios são registrados em todo o mundo. No Brasil, são em média 38 pessoas por dia tirando a própria vida. Quais os motivos elas tiveram para chegar a isso? Nunca saberemos, até porque o outro só revela o que ele mesmo deseja. Mas, uma coisa é certa: estar com a saúde mental em dia é fundamental para que a morte precipitada não seja o fim da própria história. Forte, não é mesmo? Mas, um assunto extremamente necessário.
Nosso país ocupa a posição 5, em todo mundo, quando o assunto é índice de depressão. Não há como desenhar um caminho até chegar nesse diagnóstico, afinal, a doença se manifesta de maneira muito particular. Mas, na maioria dos casos, tudo começa com um problema pessoal. Que parece pequeno, mas vai tomando uma proporção tão grande que atinge o campo profissional. A pessoa vai sumindo do mundo, mesmo que esteja ali, de corpo presente.
Aos poucos o funcionário que sempre foi excelente começa a mudar de postura. E, nem sempre se sente confortável para falar sobre o que está acontecendo. Para abrir a vida pessoal. Para correr riscos, das possíveis consequências disso. E é aí que o papel do líder se torna tão fundamental! O olhar atento aos alertas que eles vão deixando em meio a rotina. Entre eles estão falta de energia, falta de concentração, desleixo pessoal, sumiço e prazos não cumpridos.
Mas, como a empresa pode ajudar? Com a palavra os próprios colaboradores.
Uma pesquisa realizada com 1500 funcionários, nos Estados Unidos, apontou o que eles esperaram das empresas quando assunto é depressão e qualquer aspecto da saúde mental.
Conscientização
Apresentações, rodas de conversa, palestras. Enfim, iniciativas que expliquem a importância do autocuidado.
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Informações e recursos a disposição
Que tal um psicólogo dentro da empresa disponível para ouvir?
Cultura aberta
É necessário deixar muito claro que naquela empresa nada relacionado ao assunto é um tabu.
Volto aqui em um item fundamental que, inclusive, já falamos em outros artigos: líder, conheça a sua equipe. Só assim você vai perceber mudanças que começam de maneira muito sutil. Mas, quanto mais cedo forem faladas, diagnosticadas e tratadas, mais cedo aquele colaborador voltará a desempenhar seu papel da melhor maneira possível.
Um grande abraço,
Tatiani Tozetti
Consultora de Recursos Humanos / Mentora e Coach de Carreiras