Será se gastamos o nosso tempo e empenho da forma correta?

Quando se tem um revés na vida, cada um reage de um jeito, uns buscam a razão, outros ver o lado positivo, outros entram em uma espiral negativa, e tantas outras reações, mas esse não é o ponto ao qual gostaria de aprofundar o pensamento. Na verdade, acho que após a ocorrência, o que todos queremos saber é como voltar ao status anterior, ou melhorá-lo.

Vou levar esse raciocínio para o aspecto profissional, onde devido há uma série de fatores (não cabe aqui comentar), a recessão gerou desde 2015 uma grande parcela de desempregados que só parou de aumentar recentemente. E o número deve ser pior, pois muitos pararam de procurar (saindo das estatísticas), outros tantos foram para o subemprego, muitos viraram microempreendedores, enfim, estão buscando um jeito para que suas vidas sigam.

Daí refaço a pergunta: será se gastamos o nosso tempo e empenho da melhor forma para atingirmos nosso maior potencial?

Ao me fazer a pergunta, comecei a perceber algumas contradições em minhas respostas, principalmente quando passei a comparar a situação que tinha antes, com a que eu realmente queria, e imagino que eu possa ou deveria ter. Comecei a ver que o que estava fazendo iria me levar de volta ao mercado como eu estava antes, mas era diferente da resposta que esperava. As conclusões desta análise me levaram a mudar a minha forma de encarar a situação, a forma de agir, pensar e buscar. O resultado, está me surpreendendo positivamente, por isso resolvi compartilhar. Não sei quantos vão ler (se é que vão), mas espero que possa ajudar na busca de um propósito, ou na busca de autoconhecimento para melhorar a sua sensação de felicidade e consequentemente de conquistas.

Vamos descrever o cenário:

·       Gestor comercial de uma empresa multinacional, com um bom salário, excelentes benefícios, casado, 2 filhos, sem dívidas, vida social ativa.

·       Demitido no final de fev/19, com todos os direitos pagos e mais alguns agrados do empregador (ao qual sou muito grato)

·       Trabalhando reclamava de: falta de tempo para aprender algo novo, da quantidade de trabalho burocrático tomando meu tempo, da falta de produtos para buscar novos mercados, que esta rotina estava me desgastando a ponto de optar em me dedicar a família ou fazer alguma atividade física.

Me fiz a pergunta: será se estou gastando o meu tempo e empenho da melhor forma para atingir meu maior potencial? Lembrando que agora tenho tempo, não tenho trabalho burocrático, posso buscar quaisquer produtos para compra e venda e não tenho a rotina desgastante... e aí encontrei a palavra que precisava trabalhar, rotina.

Passei a ler, e muito, comecei como mandam os coaches (profissão em alta) 5 a 10 páginas por dia, hoje não me contento com menos de 20, e fazendo resumo. Criei uma rotina de exercícios (que não tinha). Tenho tempo para a família e filhos, adquirindo mais conhecimento, mas ainda vinha a questão principal, atividade remunerada onde pudesse aplicar tudo...

Passei a ler sobre produtividade, programação neuro linguística, lei da atração, empreendedorismo, filosofia empresarial, criação de identidades em marcas, gestão comercial, e passei a acreditar (outra palavra-chave), que isso é possível a qualquer negócio, e na hora que acreditei estar pronto, a oportunidade apareceu.

Em resumo, assim que passei a agir buscando algo que queria, e não algo que me remunerasse bem, algo que eu gostasse e não fazer porque paga bem, investir em conhecimento, saúde e contar com um bom networking, as coisas começaram a acontecer. Modifiquei toda a minha rotina, renovando hábitos e crenças e pouco a pouco os resultados foram chegando.

Não vou dar os números do negócio aqui, não tenho o objetivo de me vender neste artigo, mas posso falar que hoje faço algo que gosto, sou devidamente remunerado por isso, tenho tempo para a família, e acima de tudo, sinto que estou fazendo algo alinhado com meus propósitos em relação ganha-ganha (é bom para mim, para colaboradores e para meus clientes).

Hoje não me vejo mais fazendo algo que não esteja gostando por um tempo além do que o necessário (dias apenas), ou apenas pelo o que receberia no dia 30. Deixo essa reflexão para todos (empregados ou não), e desejo o mesmo para aqueles que ainda não encontraram um trabalho feliz ou se encontraram.

Aprendi que acreditar, buscar conhecimento em áreas que você gosta, buscar melhorar, ter uma rotina definida (rotina não precisa ser massante), vai te deixar mais perto de ter algo remunerado prazeroso.

Espero que possa te servir de estímulo para melhorar!

Um forte abraço, Emerson.