Ser Mãe e Profissional da Saúde
Você já pensou em desafio maior? Ser mãe nos dias de hoje já é um desafio imenso. O que se espera da mulher e da mulher mãe ainda é muito diferente do que se espera do filho ou mesmo do pai.
De todos os papeis que a mulher desempenha hoje em nossa sociedade, acho que o de ser mãe é o mais difícil.
E mãe profissional piorou. Se a criança está doente na escola ou na creche, quem geralmente vai buscar? A mãe.
Se a criança tem uma doença crônica, quem, na grande maioria das vezes abre mão do seu trabalho, do seu tempo, sua rotina, para levar esta criança às inúmeras consultas e exames? A mãe.
Se a criança não é bem-sucedida na escola ou na profissão, quem não educou direito? A mãe.
Se tudo isso e muito mais não bastasse, se a mãe for um profissional da área da saúde, isto se complica um pouco mais. Pois o profissional da saúde trabalha em horários diferentes da grande maioria das escolas e creches, trabalha aos finais de semana quando toda a família quer passear.
A mãe profissional da saúde se culpa o tempo todo. Se o companheiro não é da área da saúde, dificilmente compreende ou aceita com tranquilidade. Aí surgem os problemas de relacionamento.
E se esta mãe trabalhar com crianças ou adolescentes? Sempre que atende uma criança doente imediatamente pensa em seus filhos. Muitas não conseguem separar e conciliar as duas coisas, começando a ver todo tipo de doença em seus filhos ou abandonando o trabalho.
Em pleno século XXI, ainda ouvimos que “ser mãe é padecer no paraíso”. Como pode alguém algum dia dizer uma frase tão absurda? Se é paraíso, não há padecimento. Ser mãe não deveria ser padecimento. Sim, sofremos ao ver uma pessoa tão querida sofrendo, disto não tem como escapar.
Gostaria de rever alguns conceitos relacionados a Ser Mãe.
Primeiro, o fato de gerar ou parir não deveria conferir o título de mãe a ninguém. Conheço pessoas que nunca geraram ou pariram e são excelentes mães. E nem estou falando das mães adotivas.
Segundo aspecto é que ser mãe é apenas um dos papéis que a mulher desempenha em sua vida. Ela tem vários outros, que parece que todos esquecem, inclusive ela mesma. Os papéis de profissional, amiga, filha, irmã, vizinha, escritora, atleta, com direito a sair, se divertir, comer, estudar. Quem disse que ela tem que dar conta de tudo? E ser boa em tudo?
Tenho realizado alguns processos de coaching onde as mulheres se surpreendem, ao selecionar os seus valores em ordem hierárquica, ao constatarem que a família ficou em último lugar em sua escala de valores. O que isto significa? Que ela está descobrindo porque tem tantos conflitos.
Pois se nossos comportamentos não são congruentes com nossos valores surgem os conflitos. É preciso readequar nossos comportamentos.
Querida mãe, mulher, profissional de saúde. Se descubra enquanto mãe, mulher, profissional, se respeite, se ame. Seja quem você é. O melhor de si em todos os papéis que decidiu desempenhar. Ao fazer isto, todos lhe verão com outros olhos.
Reveja seus valores. Não aceite o que impuseram que você deveria ser. Seja livre para decidir que mãe e mulher você é. Seja livre e liberte seus filhos de você. O que te impede de se sentir livre? Exclusivamente a sua decisão. Escolha e seja feliz. Que seu dia não seja só o segundo domingo de maio, mas todos os dias do ano. Dia de ser feliz por ser Mãe.
Carmen Rodrigues - Coaching para Saúde, Palestrante, Professora e Tradutora.
Psicóloga | Neuropsicóloga | Perita de Trânsito| Psicóloga Hospitalar
7 a🌷🌹😚😚😚 é desse jeito