Ser médico
A Medicina é um caminho de descobertas sem fim, estampando movimentos científicos e tecnológicos que vêm favorecendo a vida. Por outro lado, muitas vezes verificamos na prática dessa ciência determinações e regras nem sempre indispensáveis às suas diretrizes.
Questão fundamental é aprimorar o conhecimento, sendo obrigatório reconhecer a importância dos cursos de pós-graduação e especializações. No entanto, na atual era da informação, também chamada quarta revolução industrial, engana-se quem considera que o crescimento das tecnologias se basta. O conhecimento, destacado como mercadoria de maior valor nessa era, em nenhuma hipótese desdenha o talento. Há quem chame esta fase de talentismo, referindo-se à posição consagrada do capitalismo. Apesar de esse termo envolver uma ampla discussão, que passa pelos âmbitos social e ambiental, destacamos aqui o importante papel da educação, que deve ser assumido pelas empresas.
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Mas, afinal, onde entra o médico nessa história? Ele precisa, primordialmente, ter talento para ser médico! Essa associação com talentismo pode e deve ser feita, sem riscos. Empresas da área de saúde têm procurado compor seu quadro de profissionais com os chamados especialistas, que acumulam títulos para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo e exigente. Mas a sustentabilidade é muito exigente....
Vejamos, então, o que o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa 2019 nos fala sobre o termo especialista:
1-Que ou quem se dedica a uma ciência ou a uma arte;
2- Diz-se de um médico que se consagra no estudo de uma especialidade médica ou ao tratamento de uma certa ordem de doenças.
Aí entra o talento, na essência desse termo, uma concepção de médico que vai além do raciocínio formal e, principalmente, além de qualquer título. O talento médico envolve compromisso, dedicação, capacidade de se colocar como educador. Dispensa genialidade acima da média, mas exige estudo, ética e caridade. Com essas características, o médico se transforma em um especialista na área de atuação que escolher. Ele transforma suas ações e a sociedade,tendo ou não títulos.
Proponho uma conversa franca com os pacientes. Veremos o que eles realmente valorizam em seus médicos e nas empresas de saúde. Surpresas estão previstas.