Sir Alex Ferguson, a historia e as lições do maior Manager do futebol mundial.

A exatamente quarto anos Sir Alex Ferguson deixava o cargo de treinador do Manchester, os Deuses do futebol presentearam o treinador com uma despedida inesquecível, a partida contra o West Bromwich foi um emocionante 5 a 5, foram mais de 26 anos dedicados ao clube, conquistando 38 títulos, para se ter uma ideia o treinador conquistou 50% de todos os campeonatos nacionais que disputou, tirando o clube de um patamar mediano e o tornando o maior clube do país, alias um dos maiores do mundo, já que o M.U. é o clube do futebol mundial que mais faturou na ultima década.

Ferguson começou como treinador num pequeno clube escocês, East Stirlinghire, em 1974, quando tinha 34 anos. Ele não era muito mais velho do que alguns de seus jogadores, e era muito mão na massa. Quando mudou — para o St. Mirren e o Aberdeen, na Escócia, e depois de seu espetacular sucesso neste último, foi para o Manchester United —, ele passou a delegar as sessões de treino aos seus assistentes, mas estava sempre presente, e observava. A mudança de treinador para observador, como ele nos disse, permitiu-lhe avaliar melhor seus jogadores e seu desempenho. Como treinador, no gramado, você não vê tudo. Um observador regular, entretanto, pode divisar mudanças nos padrões de treinamento, sentir o nível de energia e o ritmo de trabalho.

“me faz lembrar do que sinto falta na minha antiga vida. Não é dos desfiles em veículos abertos, do prazer de identificar um jovem com grande talento ou do ânimo de quando estávamos quase ganhando o jogo. Sinto falta de todas aquelas experiências compartilhadas e da camaradagem que surge entre pessoas que vivem e trabalham juntas por muito tempo. Sinto falta de conversar com Mick Phelan [auxiliar técnico]; de ver Albert Morgan, nosso roupeiro, todos os dias; de dar uma dura em Tony Sinclair e Joe Pemberton, o principal responsável pelo campo em Old Trafford e Carrington. Eu também adorava as trocas diárias com a equipe da lavanderia e com Carol Williams e Rita Gaskell, do refeitório. Mas, acima de tudo, sinto falta da companhia de jovens ávidos por desafios impossíveis – fossem os jogadores ou a dedicada equipe de análise de vídeo. Só de pensar nessas pessoas e nas cenas em um vestiário vitorioso me vem um sorriso ao rosto.”

Uma das grandes qualidades do treinador era a formação de suas equipes, sempre equilibradas, seus jogadores sempre tiveram características diferentes, mas que se completavam. Seus olhos sempre tiveram foco nas categorias de base e na captação de jovens atletas com potencial, foi o seu primeiro grande feito no no clube, quando revolucionou a base e tornou o clube em uma grande potencia na formação de jovens atletas.

Na foto que abre o texto, podemos ver os jovens Ryan Giggs, Nicky Butt, David Beckham, Gary Neville, Phil Neville, Paul Scholes. A trajetória deles começou na vitória da Copa Juvenil da Inglaterra contra o Crystal Palace, em 1992. Daí em diante, Giggs e os colegas foram ganhando projeção dentro do clube. Do profissional ao sucesso gigantesco com as seis conquistas do Campeonato Inglês (estas com a turma completa), da Liga dos Campeões em 1999, da Copa da Inglaterra em 1998 e 99 e do Mundial em 1999. De repente, Beckham, Scholes e Gary Neville estavam entre os titulares da seleção inglesa. 

11 LIÇÕES DE GESTÃO DO GRANDE MESTRE.

1. Tratar todos na sua organização com respeito e fazê-los sentir valorizados.

    "Ele fez esforços para estabelecer uma" atmosfera familiar ", onde todos, desde o jogador principal até o roupeiro era considerado uma parte valiosa da organização United".

2. Jovens funcionários aprendem melhor quando se trabalha com funcionários mais experientes, para garantir que eles têm a capacidade de fazer isso.

  "Ferguson também fez com que o programa da juventude do United fosse visível na organização: por exemplo, ele assegurou que os jogadores da academia se aquecessem todos os dias com os jogadores mais velhos, a fim de promover uma atitude de 'um só clube'.

3. O trabalho mais importante de um gerente é motivar os funcionários que administram.

    "Vendo o troféu premiado escapar diante de seus olhos, Ferguson lembrou seus jogadores no intervalo do que estava em jogo, dizendo-lhes:" Quando esse troféu vai ser apresentado basta lembrar que você não pode sequer tocar se você perder - você vai passar por cima com as medalhas de seu perdedor, sabendo que alguém andando atrás de você vai levantar a taça ". Lembrando da final da Champions em 1999, com a incrível vitória sobre o Bayern de virada.

4. Tenha reuniões com seus atletas. Estas reuniões são para eles, não para você.

    Ao longo de uma temporada, Ferguson teve inúmeras reuniões curtas e conversas com seus jogadores, em seu escritório. O passo de treinamento, ou onde quer que a oportunidade possa surgir. "Alguns jogadores gostam de ter o ombro do treinador", disse ele. A natureza do gerenciamento de um clube de futebol significava que dezenas de problemas poderiam aparecer em qualquer dia.

5. É vital ter uma equipe que funcione bem, e nenhuma pessoa, por mais talentosa que seja, que ponha em risco todo planejamento.

    Quando o capitão do United, Roy Keane, criticou publicamente seus companheiros, Ferguson rapidamente concordou em rescindir seu contrato. Ruud van Nistelrooy, o principal artilheiro do United, deixou claro que esperava ir embora e foi prontamente vendido ao Real Madrid.

 6. Para sua equipe evoluir, você deve investir os seus ganhos em novas contratações, todos devem estar dispostos a tomar decisões arriscadas.

    Ferguson já havia vendido Stam em 2001 ... O Real Madrid adquiriu Beckham por US $ 46 milhões. Ferguson colocou suas receitas de vendas desses jogadores para um bom uso. Ele investiu cerca de US $ 68 milhões, em dois jovens promissores, Cristiano Ronaldo e Rooney.

 7. Passe a maior parte do seu tempo concentrando-se na sua própria equipe, e o restante do tempo em seus adversários.

    "Eu tentei me concentrar em um ou dois jogadores de meus adversários - os que são os mais influentes. Quem é o cara que está tomando todos os chutes livres? Quem é o cara que está na bola o tempo todo? Quem é o que pede a todos? O resto do tempo eu me concentro em nossa própria equipe.

 8. Os recursos são escassos. Planejar com antecedência e aprender a fazer day-off.

    As exigências de competir por vários troféus significavam que Ferguson tinha de fazer concessões. "Eu trabalho às vezes dois jogos adiante - eu posso descansar jogadores chaves para um jogo que pudesse ser menos importante. Há um elemento de risco em fazer isso, que pode sair pela culatra, mas você tem que aceitar isso. Você tem que confiar em sua equipe. "

 9. Delegar.

Ferguson tinha delegado mais das sessões de treinamento para seus assistentes ao longo dos anos. Ele explicou que dar um passo para trás permitiu que ele melhor observar os jogadores e seu desempenho: "Como treinador no campo, você não vê nada."

 10. Foco no longo prazo.

O primeiro pensamento para 99% dos gerentes recém-nomeados é para garantir que eles ganham - para sobreviver. Eles trazem jogadores experientes, muitas vezes de seus clubes anteriores, dificilmente pensam em longo prazo, assim como na formação de novos atletas.

 11. Seja flexível e aprenda a adaptar-se e abraçar novas tecnologias.    

Mais geralmente, em seu quarto de século em United, o mundo do futebol tinha mudado de forma drástica, das estacas financeiras envolvidas (com todas suas consequências positivas e negativas) à ciência para trás o que faz jogadores melhores. Ferguson tinha expandido maciçamente sua equipe de funcionários e tinha apontado uma equipe dos cientistas dos esportes para estudar a equipe treinando.