Sistema de ar comprimido na indústria: como funciona?

Sistema de ar comprimido na indústria: como funciona?

Considerado o coração do processo de produção em muitas indústrias, o ar comprimido é a fonte de energia responsável por colocar as principais ferramentas e máquinas em operação nesse meio. 

Desde a Revolução Industrial, o sistema de ar comprimido passou por evoluções, ganhou novos recursos, equipamentos com tecnologia de ponta e hoje ocupa um lugar de destaque na indústria pesada, desempenhando um papel importante ao complementar ou mesmo substituir a energia elétrica, sobretudo, nos empreendimentos onde se busca maior redução de custos. Afinal, o setor industrial responde por cerca de 40% da eletricidade consumida no Brasil.

Considerando que o nosso país conta com uma das mais caras tarifas de energia elétrica para indústria do mundo, o sistema de ar comprimido é um diferencial competitivo que vem para gerar mais economia, sem abrir mão da eficiência na produção.


O que é sistema de ar comprimido?

Trata-se de uma rede projetada para fornecer suprimento de ar comprimido às ferramentas e máquinas que necessitam dessa fonte de energia. 

Basicamente, o mesmo canaliza o ar e o transporta da fonte até o ponto de uso por meio de tubulações, que podem ser de PPR, Alumínio ou Aço. O resultado é o fornecimento de ar comprimido com máxima qualidade, perda de carga mínima e em alto fluxo.


Composição

De modo geral, é composto por alguns componentes. Entre os principais, podemos citar:

  • Compressor de ar, responsável pela produção do ar comprimido na pressão adequada;
  • Tanque, que funciona como um reservatório para armazenar e resfriar o ar comprimido, garantindo desse modo que o sistema consiga atender a diferentes tipos de demandas;
  • Refrigerador de ar, Filtro e Secador, que tratam o ar, eliminando impurezas como óleo, água e outros resíduos.


Além disso, também pode integrar o sistema de ar comprimido um componente chamado purgador de linha na rede de ar. 

Basicamente, ele é instalado na tubulação em conjunto com um separador e serve para eliminar, por meio da drenagem, a contaminação líquida presente no sistema, mas com o mínimo possível de perda de ar comprimido nesse processo.

Essa remoção é necessária, visto que a presença de água na rede é prejudicial não só para o compressor, que sofre maior desgaste, mas também para o resultado final da produção, que perde em qualidade.


Compressor de ar variável e fixo tem diferença?

Se tratando de eficiência energética, na hora de escolher um compressor de ar, existem vários aspectos que se deve considerar. A velocidade é uma delas. 

No geral, existem compressores com velocidade fixa e variável, o primeiro tipo é limitado a dois estados: desligado ou velocidade máxima. Ao atingir pressão mínima, ele entra no modo “carga”, fornecendo ar comprimido para o sistema. Enquanto isso, na pressão máxima, ele entra no modo “alívio”, se mantendo pressurizado e com o motor funcionando, ainda que não esteja gerando ar comprimido.

Sendo assim, mesmo em demandas flutuantes e com fluxo de ar variável, o compressor com essa velocidade tende a operar em capacidade máxima, o que por sua vez, gera maior consumo de energia. Por isso, o modelo é mais indicado para indústrias cujas operações exigem 100% de carga em todos os momentos.

Por outro lado, o compressor com velocidade variável, também conhecido como VSD (Variable Speed Drive) é um modelo que conta com inversor de frequência, que ajusta a velocidade do motor conforme a demanda por ar comprimido. Por isso, ele é o mais indicado para indústrias que operam com demanda de ar flutuante, já que seu uso reduz consideravelmente o consumo de energia.


Compressor de ar lubrificado ou isento de óleo 

Outra característica importante a se pensar quando o foco é qualidade do ar comprimido é se o modelo é lubrificado ou isento de óleo. 

No geral, os compressores lubrificados requerem o uso de componentes como filtros coalescentes, por exemplo, para minimizar o risco de contaminação. Já nos modelos isentos de óleo, isso não é necessário, pois eles operam sem a necessidade de lubrificação, algo que também elimina a chance de contaminação.

Para algumas indústrias como a alimentícia, por exemplo, contar com compressor isento de óleo faz toda a diferença, já que esse equipamento anula a chance de haver o contato do óleo com o ar comprimido e, consequentemente, com o produto final.

Além disso, trata-se de um modelo que, por não usar filtros coalescentes e separadores de ar/óleo, ajudam a reduzir o consumo de energia, sem comprometer o desempenho. Assim, com compressores isentos de óleo é possível garantir a entrega de um ar com mais qualidade e menos perda de carga na linha de produção.


Compressores em paralelo

Para indústrias que necessitam de um maior volume em produção de ar comprimido, mas desejam operar com mais economia, uma possibilidade é apostar no uso de compressores em paralelo.

Um sistema com compressores em paralelo reduz a quantidade de equipamentos em operação na rede pela metade. 

Assim, é possível garantir maior eficiência mecânica, promovendo benefícios como menor carga total instalada. Isso sem falar na eficiência energética que essa concepção proporciona em relação ao sistema de compressão convencional.

Para empreendimentos que primam por alta produtividade, eficiência energética e qualidade de produção, contar com soluções eficientes como um bom sistema de ar comprimido integrado em suas operações é fundamental.

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