As táticas para uma gestão de conflitos que (realmente) promova um ambiente de trabalho saudável
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As táticas para uma gestão de conflitos que (realmente) promova um ambiente de trabalho saudável

Deixando segmentos e portes para segundo plano, a gestão de pessoas é uma constante para praticamente todas as empresas. E com ela, naturalmente, surgem pautas complexas, que exigem uma postura incisiva por parte de lideranças e gestores. Dentro de uma rotina de trabalho, conflitos, discordâncias e até mesmo disputas podem aparecer, sob o risco de comprometer a produtividade e até o engajamento dos profissionais envolvidos. 

O problema não está, vale mencionar, na divergência propriamente dita. Diferenças de ideias, opiniões e visões são sempre bem-vindas, pois trazem pluralidade ao ambiente de trabalho, demonstrando a força de pontos de vistas os quais, se bem trabalhados, podem resultar em soluções transformadoras. Ressalto, então, a necessidade de termos sensibilidade para identificar quando uma determinada situação é passível de intervenção. E em casos do tipo, a gestão de conflitos mostra-se essencial.

Em primeiro lugar, é de suma importância que os profissionais encarregados de mediar esses ruídos internos tenham consciência que, em um grupo de pessoas – às vezes de centenas de profissionais – é impensável exigir que todos sigam uma cartilha comportamental. Valorizar as idiossincrasias de cada um é entender que a diferença também se faz valer nesse quesito, seja por razões ideológicas, geracionais, entre outros aspectos que, querendo ou não, incidem no dia a dia empresarial.

O que marca uma gestão de conflitos efetiva?

Gerir conflitos não é uma tarefa simples. Demanda esforços e um olhar bastante criterioso para a forma como momentos conflituosos são conduzidos. Dada à complexidade de circunstâncias exclusivas à cada situação, é difícil estimar um tutorial a ser reproduzido, mas isso não significa que não existam medidas efetivas para fortalecer o poder de resolução de problemas em empresas.

Aqui, é importante termos como base um pilar centrado em uma comunicação transparente, que motive a liberdade de expressão, mas relembre, sem cerimônias, que o respeito é um princípio inegociável, visando a boa convivência entre todos. Em termos práticos, na iminência de uma disputa ou com a mesma se confirmando, a mediação é um antídoto extremamente indicado, para reduzir os danos causados pelo momento acalorado e ajudar as partes a chegarem em um entendimento comum.

O mediador responsável, por sinal, precisa ter jogo de cintura e assumir uma postura de neutralidade, sempre atuando com escuta ativa e empatia ao que está acontecendo. Sua presença não deve denotar autoridade, mas sobriedade – isto é, a sabedoria necessária para que entraves sejam superados, com foco total na resolução de todas as pendências. Não se trata de atribuir culpas, e sim de reestabelecer vínculos, em prol de um espaço mais saudável, mais humano e que visualize discordâncias com mais naturalidade.

Cultura organizacional deve refletir princípios defendidos na gestão de conflitos

Utilizando de uma ótica mais ampla, a cultura organizacional exerce uma função preventiva altamente influente sobre a ocorrência de discordâncias, também sobre como os profissionais se comportam para contorná-las. Deixo o convite para a reflexão: se você vive em um ambiente acolhedor, com valores bem resolvidos e um histórico de respeito à diversidade nas suas mais variadas facetas, é esperado que tenha mais tranquilidade para expressar suas ideias e lidar com divergências. O oposto, por outro lado, também é válido. Se o cenário é caótico, desorganizado e pouco harmonioso, a tendência é de que essas problemáticas ganhem proporções ainda maiores.

Por fim, o investimento em uma gestão de conflitos abrangente, de fato, é uma questão impostergável para empresas compromissadas com o bem-estar e o próprio desempenho de seus colaboradores. Os resultados estão diretamente ligados à boa convivência e ao respeito mútuo. E lidar com conflitos faz parte do cotidiano de quem está inserido no contexto de relações interpessoais. O melhor caminho, portanto, é atuar com convicção, de maneira ativa e que garanta uma abordagem isonômica, a fim de proteger os pilares que regem um espaço de trabalho harmônico e saudável. 

Leonardo C.

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Excelente o texto, as dicas e os pontos abordados, até mesmo da perspectiva de cultura organizacional 👏🏻

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