TEDxSãoPaulo: A vanguarda oculta na Diaspora Africana - Julho/2016
"A diáspora africana provou que um povo ou vários povos abertos ao pluralismo estão altamente capacitados a continuar existindo pela força da sua identidade e trouxe para a sociedade muito antes de qualquer conversa sobre economia mundial e sobre diversidade, a ideia de que é possível ser diverso e pertencer a todos os lugares sem perder a sua essência."
Este foi um dia para ficar registrado na história: o primeiro TEDx com a maioria das palestrantes sendo mulheres negras espalhando ideias. A plateia? Também majoritariamente negra. O lugar? Hotel Unique, na região dos "Jardins" em São Paulo. Lembro que um dos seguranças, obviamente negro, não se conteve e disse que jamais tinha visto tanta vida e tanta beleza naquele lugar.
Foram duas semanas intensas de construção e reformulação de texto e ensaio, visto que um dos critérios do TEDx é que as apresentações sejam o mais simples possível, para que todas as pessoas entendam as palestras. Então a primeira coisa que me aconteceu foi que quando a curadora do evento pegou meu primeiro texto, ela me perguntou onde é que eu fazia doutorado pois aquele texto era de nível avançado e eu na verdade precisaria transformá-lo numa conversa que fosse inteligível para uma criança de 5 anos. Desespero total nesse momento, mas a equipe da Elena Crescia faz um trabalho incrível de nos ouvir e nos ajudar por vezes a ampliar nossos pontos de vista acerca de nossas próprias ideias. Fomos em frente e poder entregar uma fala rápida mas coesa contando um pouco do que eu pensava ou entendia sobre a diáspora africana, sobre o poder de negros e negras de se reinventar sem deixar de existir, era para deixar minhas mais velhas já falecidas sorridentes e saltitantes lá no astral.
Essa experiência foi daquele tipo que não tem preço! As pessoas que conhecemos, as outras ideias que ouvimos, o carinho que todas trocamos naquele momento e o apoio da equipe de voluntárias pretas simplesmente nos fez sentir um amor e uma gratidão enorme. Todas notamos que a energia no lugar era leve e era como se todas estivéssemos consciente ou inconscientemente trabalhando para honrar nossos ancestrais.
Não há muito o que falar, somente que alguns desafios devem ser aceitos, porque não dizem respeito a nós mas envolvem outras pessoas, às vezes uma sociedade, um povo e nesse caso envolvia o orgulho de ser afro descendente num país pra lá de plural e que precisa de todo subsídio possível para alavancar mudanças sociais muito necessárias para a garantia de um futuro promissor às futuras gerações.
No meio, minha mãe Aurea Rodrigues, falecida em Outubro, 2017. in memoriam
PMP®| Sênior IT Project Manager | Agile| PSM | MBA | TI | Scrum Master| PMO
6 aQue orgulho Marta. Show!
Chief Diversity and Inclusion Officer United States Department of State Secretary’s Office of Diversity and Inclusion Bridgebuilder
6 aWonderful!