Teletrabalho – Do Sonho à Realidade

Teletrabalho – Do Sonho à Realidade

Ainda há poucos dias atrás, o mercado de trabalho português era essencialmente pautado por estruturas organizacionais hierarquizadas e centralizadas, em que os trabalhadores desenvolviam a sua atividade a partir das instalações físicas da empresa, com um horário de trabalho fixo e pouco flexível, sempre sob a supervisão constante e direta do empregador.

No entanto, no dia 2 de Março, o COVID-19 chegou a Portugal. Entrou sem pedir licença, o que levou a que a maioria das empresas deixassem de continuar a adiar (ad aeternum) a implementação e a transformação digital necessária. Estes são agora desafios do presente, que nos estão a obrigar a mudar abruptamente a forma com sempre trabalhámos, e que nos traz ainda mais e diferentes desafios, quer para os colaboradores, quer para os gestores.

O teletrabalho foi uma das modalidades de trabalho que se impôs, para a maioria, como forma de combater os condicionalismos existentes. Neste contexto, todos devemos agora refletir sobre os tradicionais métodos de trabalho para que consigamos acompanhar e superar as óbvias dificuldades que estamos a sentir e continuaremos a sentir.

Devido à situação atual que o país e o mundo atravessam em torno do combate à pandemia criada pelo Covid-19, as empresas de vários setores de atividade têm utilizado o teletrabalho como forma de minimizar os impactos e possibilitar, na medida do possível, o decorrer da atividade de forma a assegurar a sua própria “existência”. Tem-se assim assistido a uma “avalanche” de profissionais que, no decorrer da última semana, têm sido “enviados” para casa, de forma a colmatar a propagação desta pandemia.

Apesar de o teletrabalho já não ser um tema novo na sociedade laboral, ainda existiam várias empresas, mesmo em setores onde os colaboradores já desempenham as funções com elevada autonomia e independência, com algumas reservas em utilizarem esta modalidade.

Estamos a atravessar uma era, fruto da globalização, como nunca se viu anteriormente e onde as próprias relações laborais estão a mudar rapidamente. Se anteriormente fazia todo o sentido um espaço físico de trabalho e uma chefia direta que nos orienta e nos diz o que fazer, as dinâmicas e a rapidez do mercado global, assim como as ferramentas existentes, forçam-nos a ser flexíveis, ágeis, disruptivos e em constante mudança.

No entanto, estudos recentes nas áreas da Gestão, Psicologia, Recursos Humanos e Liderança, têm demonstrado que o desenvolvimento dos colaboradores passa atualmente pela capacidade das empresas lhes permitirem ter autonomia, aumento da responsabilidade, pensamento crítico e flexibilidade de horários, de forma a poderem manter elevados os níveis de motivação, comprometimento e satisfação dos colaboradores.

Desta forma, temos de ver como positivo o boom de teletrabalho decorrente desta pandemia, como uma oportunidade de os colaboradores terem um horário de trabalho mais flexível, melhor conciliação com a vida pessoal e profissional e acréscimo de responsabilidades, na ótica do desenvolvimento pessoal e profissional. 


Ana Catarina Coelho

Quality Systems Specialist | Hovione

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Margarida Rodrigues obrigada pela partilha da sua reflexão! É essencial que vejamos esta situação como mudança a implementar e que nos traga futuramente um equilíbrio à vida ☀️

Nair Barbosa

Senior Head of Business Partnering at Farfetch

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Obrigada pela partilha Margarida. Deve ser um tema de grande reflexão para organizações- agile work

Lúcia Guimarães

Head of office na Adecco Recruitment

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Excelente reflexão Margarida. É possível Teletrabalho, mantendo a união, comprometimento e motivação. O Reflexo está na nossa equipa!

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