A terceirização como uma modernização de negócios
Muitos são os defensores da terceirização como uma prática que se estabelece com o propósito de ofertar maior qualidade, dinamicidade, flexibilidade e rearranjo dos custos para as empresas tomadoras de serviço. Mas como toda ferramenta que é inserida no contexto organizacional, deve ser amplamente analisada e contextualizada no sentido que venha efetivamente auxiliar as empresas a modernizar seu processo de gestão.
A terceirização estimula o desenvolvimento de novas micro e pequenas empresas constituídas por aqueles que foram a ou serão demitidos no processo de transferência das atividades, de maneira que esses t se estabeleçam "como se fossem microrganismos organizados federativamente, sob o pressuposto de que hoje é muito mais importante ser o melhor do que o maior"(SILVA, 1997, p.40). Apesar da lógica pertinente a esta condição, não se pode esquecer que esses novos empresários necessitam de estrutura para se adequar; de capital para investimentos e para desenvolver suas potencialidades. Desta forma possibilitando que esses consigam atender não só a empresa parceira no momento, mas que tenham condições de conquistar novos clientes e, assim, alcançar a possibilidade de se manter sustentável, não se atrelando à armadilha de ter somente um cliente.
A terceirização como uma modernização de negócios só se justifica se as bases se estruturarem dentro de um contexto forte e seguro. Não adianta para nenhum dos lados fazer opções impensadas no afã de conquistar uma nova gestão competitiva, se essa não estiver conectada a princípios básicos que norteiam o bom caminhar de uma estrutura organizacional. As vantagens devem ser divididas igualitariamente, deve-se estimular o jogo do ganha-ganha.