UM VÍRUS NOS SEUS INVESTIMENTOS
UM MARÇO A FICAR NA HISTÓRIA
Já não é novidade para ninguém a imensa crise sanitária desencadeada pela pandemia do COVID-19, com impactos relevantes nos sistemas de saúde e na economia global, colocando em risco pessoas, famílias, empregos, empresas e países.
O cenário de incerteza é o maior desafio neste momento. Todo esse cenário de dúvida dominou os mercados no mês de março e produziu a crise mais rápida da história, trazendo volatilidade acentuada e queda extrema do preço dos ativos domésticos e internacionais.
Contaminada pelo mau humor global, a Bovespa, após seis circuit breakers em menos de 30 dias, acumulou em março perda de quase 30%. Até mesmo os títulos (e fundos) de renda fixa registraram grande volatilidade dada a disfuncionalidade no preço dos papéis.
Como ensina a história, toda crise passa e com essa não será diferente. Dentre as possibilidades positivas elencamos:
1) a identificação de fármacos capazes de minorar as fatalidades ou mesmo eliminar o vírus com poucos dias de tratamento (já existem estudos, mas ainda inconclusivos);
2) a probabilidade de testar milhões de indivíduos, levando os já imunizados a retomarem aos postos de trabalho, viabilizando um lockdown seletivo;
3) surgimento de uma vacina contra o SARS-COV-2.
Além disso, temos visto uma grande resposta dos governos globais de incentivo às economias, objetivando assegurar a liquidez, suportar as empresas para garantir os empregos e socorrer os mais necessitados. Tais medidas podem trazer, como já têm trazido, uma certa positividade aos mercados.
Nosso pensamento para o horizonte de curto prazo permanece de cautela, já que os próximos balanços trimestrais das empresas, assim como o PIB dos países devem reportar resultados negativos, o que pode trazer mais volatilidade. Já para uma perspectiva de longo prazo, é possível mapear algumas oportunidades após a correção de preço dos ativos e abertura da curva de juros. Talvez uma entrada gradual, segundo o seu perfil, seja uma boa estratégia se o seu horizonte não for de curto prazo.