Uma nova maneira de encarar o trabalho

Ultimamente tenho me questionado sobre os modelos de trabalho que existem no mercado. Não sei se este questionamento, tem a ver com o desgaste de muitos anos de trabalho em uma área estressante, porque estou no meu 7º setênio, ou por observar a relação que as novas gerações estabelecem com o trabalho. Acredito que pode ser tudo isso. 

Estou experimentando uma nova maneira de trabalhar, me adaptando e transformando o meu modelo mental, realizando meu trabalho de uma forma mais solta, independente, cuidando do corpo e da mente e alinhada com o meu propósito.

Em nossa Seção EDITORIAL do 5511SP mostramos um pouquinho mais a fundo quem somos, o que pensamos e a forma de trabalho que acreditamos. Eu, Ana Barbieri, Cofundadora e Zé Mangini Criador e Fundador do 5511SP, nos dedicamos a contar nossas Histórias, a partir de um tema escolhido pessoalmente, dia e hora, conforme nossa vontade!

A nova forma de trabalhar está ligada ao propósito pessoal, e busca a realização pessoal. Vai além do cargo que você ocupa, se tem crachá ou não, se tem uma sala ou trabalha de onde quiser.

A forma de se relacionar com o Outro é o mais importante e não tolera egos inflados e falta de respeito.

A busca é pela autonomia e a liberdade criativa de forma colaborativa, impactando positivamente a sociedade e visando deixar um legado, uma marca para o mundo.

Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial em 1971, destaca quatro características importantes que um líder deve ter na atualidade, por aqui, vou destacar uma delas, coração. Segundo Schwab - Coração – Paixão e compaixão, são sentimentos motivadores essenciais, ajudam a direcionar os líderes aos seus objetivos e basear suas decisões levando em conta aos outros. O Centro de Inovação social da Stanford School of Business fez uma análise baseado nestas características, por acreditar que os temas são essenciais sobre impacto social. O resultado da análise sobre Coração, foi: Inovadores empáticos– Paixão é um motivador chave, mas para gerar inovação social, a empatia deve ter um papel central. A inovação por si só pode não gerar os melhores resultados. Para ser realmente efetiva, a inovação deve ter seu alicerce em empatia profunda, um real entendimento e sensibilidade sobre a experiência de vida de outras pessoas.

É assim que estou encarando minha nova fase de trabalho.

Trabalhar com propósito é ser líder de sua História, não fazer nada que vá contra os seus princípios, parar com “mimimi”, ter coragem e não agir como vítima. Ser verdadeiro, transparente, se emocionar, viver a sua essência e até sonhar!

Voltando a nossa Seção EDITORIAL do 5511SP, começo dividindo com vocês, a História das minhas escolhas em relação a carreira, aí vai:

O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER

Venho de uma família de músicos. Meu pai além de hematologista era compositor. Minha mãe, educadora e cantora lírica. Meu irmão flautista e maestro e minha irmã psicóloga, conheceu seu marido no coral da faculdade. Tive total liberdade para escolher minha carreira, mas assim como meu pai, pensava que arte não podia ser profissão. Arte tinha a ver com liberdade, expressão, distração, não tinha dia, nem hora, pouco menos poderia existir sob pressão.

Chegada a fatídica hora de prestar vestibular, decidi, que jornalismo minha primeira escolha, não seria uma boa opção, já que dificilmente conseguiria publicar o que tinha vontade de escrever. Me formei publicitária, trabalhei em agências, produtoras, marketing e com música e assim consegui ter contato com arte na minha profissão. É claro que também me distraía, desenhando, pintando e escrevendo nas horas livres. Outra paixão, a fotografia, que foi interrompida quando eu era criança pois, meus irmãos, não me deixavam encostar na máquina fotográfica da família me dizendo que eu poderia quebrá-la, também foi retomada nos últimos tempos.

Os anos se passaram e cansada do universo da publicidade, encontrei a antropologia! Nossa que delícia ir a campo. Fazer etnografia, pesquisas, conversar e entrevistar pessoas, ouvir suas Histórias e registrá-las.

E nessa minha estrada percorrida, após tantos caminhos, desvios, obstáculos e atalhos, nasceu o 5511SP e finalmente posso dizer que minha profissão encontrou minhas paixões.

No 5511SP posso escrever o que eu quiser, contar as minhas Histórias, ouvir e contar as Histórias de outras pessoas, fotografar e até quem sabe pintar! Hoje, no fundo, eu sou o que eu gostaria de ser quando crescesse. Essa é a minha História.

E você qual é sua História? Conta pra gente. Conta para todo mundo.

Indico os editoriais do Zé Mangini criador e fundador do 5511SP.

Veja também a série RELAÇÕES em nosso canal no Youtube.

Até semana que vem!

Obrigada,

Ana Barbieri