REFLEXÕES EM PÍLULAS

REFLEXÕES DEPOIS DE MAIS DE QUATRO DÉCADAS DE TRABALHO

Após mais de 40 anos trabalhando em organizações líderes dos setores militar, químico e farmacêutico, siderúrgico e óleo e gás, e tendo exercido o nível de direção por mais de 15 anos com trocas de experiências fantásticas com diretores, executivos e técnicos de outras áreas e também de outras organizações em diversos países, algumas quase certezas me vêm à mente:

- A primeira é que não tenho mais saco para cuidar de temas de rotina, apesar de ser a rotina operacional a responsável por trazer a maior parte dos resultados para as organizações, possibilitando a inovação e o desenvolvimento de novos produtos, mas é cansativa e repetitiva;

- A segunda é também ligada à rotina organizacional, não tenho mais estômago para aturar algumas figuras típicas do teatro corporativo como o alpinista, o protegido, o vampiro de energias e os falsos apoiadores, consigo enxergar cada um deles de longe e basta pouco contato para já saber que devo manter distância;

 - O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental em todas as fases da carreira, mas especialmente depois da transição de carreira de empregado (lembrando que até um diretor-presidente é empregado de uma organização) e de empreendedor, consultor ou conselheiro. Para tanto estabeleci um máximo de 12 dias por mês que posso me dedicar a trabalhos e ao estudo contínuo, os demais dias eu dedico à minha vida pessoal, minha família e meus amigos, até porque nem família nem os amigos iriam me aturar 30 dias por mês. Enquanto o mundo discute a semana de 4 dias eu já implantei a de 3...

- Não me iludo com "programas da moda" ou com modelos que prometem resolver todos os problemas, cada organização tem sua cultura própria e uma maneira estabelecida de trabalho, qualquer mudança terá que fazer sentido para a organização e ser relevante para os seus objetivos. Não existe solução padronizada que possa ser aplicada diretamente.

- Sei muito bem o trabalho que dá implantar processos de mudança e como fazer para que estas sejam bem sucedidas, o que demanda tempo e muito acompanhamento e comunicação constante. O processo de gestão de mudanças é estruturado e os ritos têm que ser cumpridos.

- Quase tudo pode ser mais simples, então simplificar sempre é a essência da melhoria e é chave para manter a competitividade. Complicar o fácil é uma característica de especialistas que não possuem a visão de todo o negócio da organização.

- No fim das contas, a última linha é o que importa. E a última linha do balanço de uma empresa é o lucro líquido. Sem lucro, vindo através de clientes satisfeitos, nenhuma empresa consegue manter sua perenidade.

- a diversidade e a inclusão são importantíssimas para que as equipes possuam multiplicidade de pensamentos, melhorando o processo decisório e a seleção de ações para atingir os objetivos estabelecidos.

- você só atinge consistentemente os objetivos se for capaz de construir um time vencedor, promovendo o pensamento diverso na equipe e cuidando do crescimento de todos e promovendo o alinhamento entre metas pessoais e metas da organização. Construa equipes vencedoras, dedique ao menos 30% de seu tempo desenvolvendo novos líderes.

Este é um pequeno resumo, quem tiver comentários ou pontos adicionais, peço que divida com a rede, assim todos terão a oportunidade de refletir e aprender.