Uma reflexão sobre o filme “Meu nome é Dolemite”
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Uma reflexão sobre o filme “Meu nome é Dolemite”

Assisti ao filme “Meu nome é Dolemite” 

Encontrei este filme ao acaso em uma lista de melhores filmes de comédia disponíveis na Netflix. O filme me surpreendeu, pois é muito engraçado e vale muito a pena assistir: trata da história de Rudy Ray Moore, interpretado por Eddie Murphy, e foi o pioneiro do gênero blaxploitation no início da década de 1970 nos EUA.

Independentemente do enredo do filme, alguns aspectos me chamaram atenção:

Na época em que o filme se passa, as mídias eram dominadas pela “cultura branca”, onde os filmes eram feitos basicamente de brancos para brancos. Rudy foi muito visionário e percebeu que seu público, no início majoritariamente negro, tinha outras necessidades de consumir conteúdos culturais em relação aos que estavam disponíveis.

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Com essa brilhante perceção, Rudy começou a pesquisar os conteúdos que os negros mais gostavam e passou a produzir espetáculos de acordo com esses gostos. No início, pouquíssimos amigos acreditaram que a proposta de Rudy iria dar certo, já que ele havia tentado engrenar em outros gêneros artísticos que foram mal sucedidos. Rudy nos mostra que a perseverança é mais valiosa que o talento, já que ele estudou muito antes de começar a montar o show. Além disso, o que achei muito interessante é que Rudy já não era tão jovem, e mesmo assim tinha muita energia para empregar em seu projeto, muita determinação e vontade de fazer dar certo, não se importando com sua idade.


Com o tempo, seus amigos vão sendo contaminados pelo entusiasmo de Rudy, e passam a apoiá-lo em seu projeto, ao mesmo tempo em que vão percebendo que o público de Rudy ia aumentando a cada dia. 


Outro aspecto que me marcou muito sobre Rudy é que ele não estava preocupado com as críticas sobre o seu trabalho, nem com os métodos para fazer seu filme - já que se era esperado que recebesse muitas críticas, pois era uma forma que ia contra os padrões vigentes à época, mas sim com o que o público queria. Essa era a sua única preocupação, e ele investiu todos os seus recursos para produzir o filme de acordo com o gosto de seu público. Aliás, as críticas que seu trabalho recebeu, foram majoritariamente negativas, mas não tiveram efeito em seu público alvo. 


Por fim, a característica que mais me chamou a atenção em Rudy foi o bom-humor. Quando ele estava em uma situação delicada, ele apelava para o bom-humor para resolver o problema, de forma leve, em vez de partir para o conflito ou tentar se esquivar. Realmente, um ótimo exemplo de perseverança, autoconfiança, amizade e bom-humor. De maneira geral, todas essas características, habilidades e atitudes de Rudy fazem parte da área do conhecimento que atualmente chamamos de Inteligência Emocional.


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Rachel Lione é bibliotecária na Universidade de São Paulo e pós-graduanda em Gestão de Projetos. Gosta de escrever suas experiências sobre bibliotecas, livros, liderança, gestão de projetos e autodesenvolvimento.

Homero Destéfani

Oceanógrafo | MBA Gestão de Projetos

4 a

Boa reflexão Rachel. Muito legal. Essa sacada de ter um público alvo e buscar entregar valor para esse público é ótima. Nesse sentido, tem relação com a série da Madam C. J. Walker.

Viviane Holanda

Bibliotecária - Mestre em Ciência da Informação

4 a

Muito obrigada, desconhecia e vou assistir! Tb é uma ótima didática para aulas.

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