Usar o LinkedIn ainda vale a pena?
LinkedIn ainda vale a pena? A poluição da rede e conteúdos úteis para o profissional

Usar o LinkedIn ainda vale a pena?

Essa semana, me peguei pensando nisso diversas vezes. Afinal, essa rede com objetivo profissional foi tomada por duas vertentes que eu chamo carinhosamente de Linkedisney e LinkedX. De um lado, posts fantasiosos de histórias falsas de sucesso ou de casos que nunca aconteceram, claramente copiados da internet ou gerados por IA. Do outro, polêmicas, brigas e partidarismos, até compartilhamentos de notícias sabidamente falsas. Tudo isso em nome do famoso "engajamento". E tem funcionado, esses posts ganham muito mais atenção do que qualquer conteúdo técnico, vaga de emprego, dicas de verdadeiros especialistas e tentativas sérias de networking.

Caso me perguntassem no início dessa semana se ainda vale a pena estar presente no LinkedIn, eu não saberia responder. É cansativo passar por essa chuva de postagens inúteis no feed e pode fazer mal para a saúde mental, se você está presente todos os dias. Hoje, eu digo: vale a pena. Por quê? Porque eu estava vagando pelo meu feed quando me deparei com uma postagem de uma Top Voice especialista em acessibilidade e inclusão de PCDs nas empresas, um conteúdo completamente novo no meu feed, que geralmente é tomado de conteúdo da bolha tech. Com isso, criei uma conexão com uma pessoa que não é da minha área, mas que trouxe muita reflexão e é aqui que entra o Papo Técnico.

Você, desenvolvedor ou outro profissional de tecnologia, tem trabalhado pensando na acessibilidade? E não digo somente colocar legenda nas suas imagens, mas realmente garantir acessibilidade, com testes voltados somente para isso, pensando nas pessoas com deficiência? Ao revisar meu trabalho, percebi que muitas vezes, passei superficialmente por esse tópico, sempre pensando em deixar minhas aplicações performáticas e belas, sem considerar se isso facilita ou dificulta o acesso de uma parte das pessoas. Então, eu me propus a mudar isso, começando por uma leitura completa das guidelines de acessibilidade da W3C e, seguindo para repensar minhas metodologias de design e código para serem o mais inclusivas quanto possível.

Convido meus caros leitores a se desafiarem a fazer o mesmo. Procure as ferramentas de apoio e acessibilidade que são mais usadas atualmente, passe suas aplicações por elas, veja se o seu trabalho é inclusivo ou excludente. Se você se ver negativamente surpreendido, está na hora de repensar a forma como você codifica e trabalha. Existem muitas pessoas que estão ficando a margem das experiências tecnológicas que estamos construindo e é nosso papel mudar isso.

Agora, eu não possuo nenhuma dica de como você faz para escapar dos conteúdos fantasiosos da rede e tão pouco evitar as confusões e polêmicas. Mas ainda tem muita coisa boa no LinkedIn e vale a pena você ficar por isso, nem que tenha que bloquear alguns partidaristas e "criadores de conteúdo".

A quem interessar, a Alessandra Trigo é a expert que mencionei no texto. Sigam o perfil dela, ela tem muito a ensinar.

Emília Costa

Developer: SQL, C# e .NET | Gestão de Projetos e PMO | Gestão de implementação de ERP e modelagem de processos

6 m

Texto maravilhoso! Conheci a Alessandra Trigo à pouco tempo, por aqui. Ela é necessária!!

Alessandra Trigo

TOP 6 BRASIL HR Influencers 2024. TOP 100 PEOPLE 2023 TOTVS, Top 100 Influenciadores de RH 2023, TOP VOICE, Top 200 Creators 2024 - Favikon. Consultora, Mentora e Palestrante em Diversidade, Inclusão e Acessibilidade.

6 m

Sim, o LinkedIn vale muito a pena. Nele podemos aprender, chegar em locais e pessoas que nunca imaginamos e, fazermos ricas trocas. Claro que temos que ter o cuidado de filtrar o que é bom do que não agrega nada. Ótima semana Beatriz Ramos Souza.

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