Vamos trocar uma ideia!
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Vamos trocar uma ideia!

Chamo aqui meus amigos e conhecidos nessa rede para trocarmos uma ideia e discutirmos diferentes pontos de vista.

Eu sempre procuro fazer um exercício de como as minhas atitudes, ou falta delas, atingem o outro. Em tempos em que pautas como “quiet quitting”, os níveis de estresse estão atingindo níveis alarmantes. Não sei com vocês, mas comigo está.

Para contextualizar, porque nem todo mundo precisa saber o que é, quiet quitting ou “demissão silenciosa” é um movimento que está ganhando força, principalmente entre a geração Z (nascidos entre 1996 e 2012). Os contratos precários de trabalho, insegurança financeira, inflação crescente, stress, ansiedade, burnout e baixa qualidade de vida forçam essa geração a repensar suas perspectivas de carreira, em especial sobre o que é ser bem-sucedido na vida. Eles estão em busca do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

A pandemia também não ajudou muito. Fomos forçados a experimentar trabalhar em nossas casas e com todo o contexto do convívio de nosso lar. Os cenários variados acarretaram situações diversas. Tem quem prefira o trabalho remoto ou o ‘anywhere office’. Pouquíssimas empresas são evoluídas e preparadas para isto, diga-se de passagem. Tem quem prefira o trabalho híbrido. Ainda que exista a obrigação de ir um ou outro dia na empresa, existe a possibilidade de algo flexível. Tem quem prefira o trabalho presencial, nos mesmos padrões que estávamos acostumados antes da pandemia.

Uma das coisas que achei interessantes sobre esse movimento é que as pessoas não se incomodam em trabalhar duro. Com foco na entrega de resultados. Eles só não estão dispostos a “vestir a camisa da empresa” principalmente quando a compensação financeira e de crescimento na empresa não são correspondidas, e também não realizam tarefas que não estejam dentro do escopo da sua função/contrato de trabalho.

Eu pertenço a outra geração. Sou uma millenial. Passei a vida profissional ouvindo que “deveria vestir a camisa da empresa”. Assisti indignada até pouco tempo atrás, e admito que sem entender nada, a chegada de uma nova geração que fazia apenas o que era contratada para fazer. E, quando algo ultrapassa aquilo que ela é contratada para fazer ou que, por acaso precise ser feito num prazo curto de tempo com possibilidade de ultrapassar a carga horária acordada, ele simplesmente deixa para o dia seguinte, ou quando for possível, já que determinadas atitudes podem, e certamente vão impactar negativamente na saúde mental do colaborador.

Hoje eu já não sei mais o que é correto. Sinto em minha saúde mental os impactos de uma vida priorizando o trabalho e a prática diária do “vestir a camisa da empresa”. Percebo a grande diferença entre as gerações, já que os que estão chegando agora, da geração Z, são muitas vezes coordenados/gerenciados por millenials, que por sua vez, são gerenciados por pessoas da geração X e baby boomers, focadas em disciplina, valorização do trabalho, estabilidade financeira e busca de melhores condições de vida, muitas vezes dentro da mesma empresa.

Quero saber dos meus contatos por aqui... Como vocês estão lidando com tudo isso? Como é que priorizam a saúde mental quando foi educado a viver para pagar as contas, em ambientes profissionais competitivos e muitas vezes insalubres? O que faremos? Dá para esperar que o mundo corporativo mude enquanto estamos vivendo essa mudança AGORA? E aí?

Elisabete Mercadante

Gerente de Educação Corporativa

2 a

Sou do time que prefere híbrido rs. Eu acredito que novas relações de trabalho são possíveis hoje. Mas os choques de geração ainda são um desafio. Esse lance de vestir camisa, ainda no meu início de carreira, tive um líder que criticava isso. E super me fez pensar. A camisa que visto, é a minha. Minha identidade. E busco uma empresa que tenha sinergia com meus valores, com meu propósito. Mesmo que tenha pontos de divergência, mas onde trabalho tem que ter uma maioria de convergência de valores.

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