Sobre aprendizados e lamentações.

Em conversas recentes tive oportunidade de ouvir pessoas falarem sobre 2 questões: Qual a sua maior dificuldade neste ano? Que conquistas você pode compartilhar?

A pandemia nos fez perceber uma série de facilidades já existentes e disponíveis no mercado, porém pouco conhecidas ou exploradas. O trabalho remoto já era realidade em algumas empresas, as videoconferências já estavam disponíveis em vários canais de comunicação e também em aplicativos, entre outros fatores que se tornaram conhecidos e possibilitaram a continuidade das atividades.

Dessa forma, em vez de jogar a toalha, coube reconhecer o mérito de que a tecnologia avançou mais rápido do que as pessoas que comandam as empresas, sentindo-se obrigados a abrir mão de seus controles e restrições para deixar as pessoas trabalharem à distância. Tal movimento deu vida ao elemento chave nas relações interpessoais: a confiança.

Uma das maiores dificuldades comentadas foi a falta de infraestrutura nas casas para acomodar um escritório que parecia ser provisório, mas vem se tornando cada vez mais definitivo. No mais, famílias inteiras se viram compartilhando a mesma internet: pais, mães e filhos, muitas vezes ao mesmo tempo, o que permitiu cada um ver o que o outro estava fazendo, como pensa, como fala e saber mais sobre como é o seu dia-a-dia.

O intenso convívio familiar trouxe na bagagem eventuais percalços que estavam ocultos, que se por um lado serviram como oportunidade para melhorar os relacionamentos, por outro fez emergir conflitos exigindo sabedoria e cautela para lidar com as emoções.

Esses relevantes motivos nos mostram que, enquanto pessoas, aprendemos e mudamos a maneira de pensar e agir, enquanto uns lamentam o ano perdido, outros tantos reconhecem as oportunidades que as tornaram pessoas melhores.