VAREJO E RISCO - ECONOMIA FALADA POR UM NÃO ECONOMISTA...

VAREJO E RISCO - ECONOMIA FALADA POR UM NÃO ECONOMISTA...

As empresas do varejo enfrentam uma série de desafios que podem levar à sua falência. A competição é intensa, e as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores. Além disso, a incerteza econômica e os custos operacionais crescentes também podem ser desafios para as empresas de varejo.

Uma das principais razões pelas quais as empresas do varejo têm uma taxa de falência tão alta é que elas não conseguem se adaptar às mudanças do mercado. A tecnologia está mudando rapidamente e as empresas precisam acompanhar essas mudanças para manterem-se competitivas. Por exemplo, a popularidade do comércio eletrônico tem aumentado rapidamente nos últimos anos, e as empresas que não investiram em sua presença online podem ter dificuldade em competir.

Outra razão pela qual as empresas do varejo têm uma taxa de falência tão alta é que elas não conseguem controlar seus custos. Os custos operacionais, como aluguel, salários e impostos, podem ser muito altos e difíceis de controlar. Além disso, as empresas de varejo também podem enfrentar dificuldades para manter seus estoques e gerenciar suas finanças.

A incerteza econômica também pode afetar as empresas do varejo. Durante períodos de recessão, as pessoas tendem a gastar menos dinheiro, o que pode afetar negativamente as vendas das empresas de varejo. Além disso, as empresas de varejo podem enfrentar dificuldades para obter financiamento durante períodos econômicos difíceis.

Em resumo, as empresas do varejo enfrentam uma série de desafios que podem levar à sua falência. A competição é intensa, e as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores. Além disso, a incerteza econômica e os custos operacionais crescentes também podem ser desafios para as empresas de varejo. Para sobreviver, as empresas do varejo precisam ser ágeis e inovadoras, e precisam controlar seus custos e gerenciar suas finanças de maneira eficaz.

Quando era jovem trabalhei numa empresa que comercializava ferramentas. Ainda me lembro do nome da empresa, era Ferimpex. Os clientes mais representativos da empresa eram os grandes magazines, a exemplo do Mappin e Mesbla, que compravam bastante, mas pagavam em 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias; ou seja, a última parcela era paga em seis meses após a compra.

Como eu trabalhava na contabilidade da empresa, tinha acesso aos valores de venda e aos valores de compra dos produtos e, ficava bem nítido que a partir da quarta parcela, ou seja, em 120 dias, a parcela paga não mais fazia a reposição do preço de compra e, em consequência, a empresa operava com prejuízo.

Resultado: a Ferimpex “quebrou” no meio do caminho, mas não demorou muito também para que os grandes magazines que eram clientes, igualmente quebrassem e, por um motivo óbvio: os grandes magazines similarmente vendiam em 10 ou 12 vezes, sem juros e, muito provavelmente ao receber as parcelas, grande parte não cobria o custo de reposição da mercadoria.

Ainda que sejam embutidos juros exorbitantes e lucro elevado, a operação não se mantém num sistema onde exista inflação galopante. Numa economia estável, a operação ainda se mantém por um tempo maior, mas lá na frente serão colhidos os frutos de uma ruim semeadura.

Lamentavelmente todas as histórias ocorridas com empresas do varejo ainda não serviram como ensinamento para as corporações atuais, que insistem no mesmo modelo fadado ao fracasso. E, ainda que as empresas de varejo se portem como predadoras de seus fornecedores, também não conseguem ir muito longe e acabam se auto predando no meio do caminho.

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