Varejo Brasileiro e a Visão de Curto Prazo

O Varejo vive momentos de grandes turbulências com o ambiente econômico recessivo. Essas turbulências, entre outros fatores, são consequências das políticas econômicas equivocadas que foram denunciadas, por anos a fio, através de jornais e especialistas. Porém, Dilma e Guido Mantega insistiam naquilo que eles chamaram de política anti-cíclica.

Durante esses anos de Lulopetismo, eu me deparei com as declarações de varejistas que apoiavam esses anos de "crescimento vertiginoso". Luiza Helena Trajano e Abílio Diniz são exemplos que destaco, pela reputação e liderança no setor varejista. Recordo de um Congresso que ocorreu na Couromoda, em que a CEO do Magazine Luíza destacava os avanços de um projeto em que ela atuou, junto à Presidente Dilma, para concessão de crédito ao consumidor para adquirir eletrodomésticos.

Naquele instante, parecia que era apenas aumentar a disponibilidade de crédito para que o Brasil seguisse a bater os recordes de vendas. Os bancos estatais baixaram os juros e forçaram o aumento do crédito. Recentemente, mesmo em meio a esta crise que vivemos, um CEO de um grupo de franquias disse, em evento ocorrido no Meeting Empresarial do Vale do Paraíba, que ganhou muito dinheiro durante os anos do PT no poder.

Humildemente, deixo aqui um contraponto a esses líderes varejistas. Discordo da visão de avanço, visto que estamos numa recessão. Mesmo em meio ao momento de fortes vendas, a percepção de viés liberal que eu defendo mostrava que o modelo econômico era insustentável, a longo prazo. Os erros das políticas monetárias, fiscais e as distorções dos preços administrados pelo Governo, acabaram por cobrar seu tributo. Agora, enquanto as economias de muitos países retomam fôlego, após uma serie de ajustes e gestão econômica austera, o Brasil assiste sua economia encolher.

Faltou um projeto de longo prazo ao Governo, como também faltou aos empresários de varejo a mesma visão de longo prazo. Mesmo com os anos de estabilidade econômica que o Plano Real proporcionou, a visão empresarial mostrou-se ainda presa a um mindset do tipo pontual e de curto prazo. Mesmo hoje, Luiza Helena Trajano ainda insiste em dizer que vivemos uma crise de pessimismo. Vivemos uma crise sim, mas de lideranças capazes de guiar o Brasil para atingir o patamar de país desenvolvido, que estamos longe de conquistar.

Por fim, o desafio de retomar o crescimento econômico passa por uma mudança estrutural da gestão pública, sem o qual o ambiente econômico continuará a se ressentir do baixo nível de confiança do consumidor, o que gera o menor fluxo de consumidores no PDV. O desafio do varejo passa por termos líderes varejistas que liderem uma pauta de reinvidicações de políticas econômicas e setoriais de longo prazo e que influenciem o Governo a auxiliar o setor privado que mais emprega no país: o Varejo!

Ouvi suas declarações no primeiro mandato do ex-presidente, mas não acreditava, hoje sei de suas razões e percepções continue trazendo estas luzes para o comercio e varejo pois nossa economia depende e muito deles; Airton Mendes ( Marceneiro de paixão)

Emerson Kochenborger

Gestor comercial das marcas de calcados - West Coast / Cravo & Canela

9 a

Muito bom parabéns

Gilberto Strunck, grande amigo e ser humano, agradeço seu carinho. Daqui em diante, passarei a me arriscar com minha impressões sobre o Varejo, que é a minha vida!!! Peço que sempre vc e os amigos possam me ajudar com feedbacks!!! Espero estar com vc, por aí, em breve!!!

Gilberto Strunck

Sócio-Diretor na Dia Comunicação

9 a

Parabéns!!!

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