VIVEMOS VÁRIAS CRISES DENTRO DE UMA CRISE!
"Cada um só porque fala, julga também saber usar da linguagem" Goethe
A pandemia mundial do novo coronavírus trouxe para os brasileiros uma série de crises dentro da própria crise do Coronavírus, o que já não era pouco diante da sua letalidade. Temos no Brasil um presidente que não tem capacidade, discernimento e inteligência para entender o país, o mundo, e nem entendimento da importância do cargo que ocupa.
Sendo assim, temos dentro da crise da pandemia as crises da economia, saúde (sucateada ao longo dos últimos 30 anos), administrativa, existencial, moral e mundial.
A crise da saúde é a mais grave obviamente, na medida que até o momento já ceifou a vida de mais de dezesseis mil pessoas no Brasil, com mais de duzentos e trinta e três mil infectados. Isso sem contarmos dois fatores importantes que são a baixa testagem em todo país e a subnotificação de casos e óbitos. O que pode segundo especialistas, elevar os números (Infectados e óbitos) para até cinco vezes mais dos números informados.
A gravidade é maior na medida que o presidente se nega a acreditar na letalidade do vírus, brinca, faz piadas e com isso não permite que o governo federal auxilie os Estados e Munícipios no combate eficaz a pandemia. Os recursos oriundos do orçamento do Ministério da Saúde para compra de medicamentos, equipamentos como respiradores e demais insumos ficam retidos e causam ainda mais problemas a saúde pública.
No período da pandemia, Bolsonaro trocou de ministro da pasta da saúde duas vezes, prejudicando a manutenção de um trabalho que vinha sendo desenvolvido a duras penas pelos responsáveis a frente do ministério.
Em decorrência da fraqueza de projetos e propostas do governo para a economia em quinze meses de governo, a pandemia veio a somar ainda mais problemas agravando sobremaneira a crise econômica do país. Culpar a pandemia neste caso é injusto, afinal de contas, exceto a malfadada reforma da previdência nada mais foi realizado por Paulo Guedes ou Bolsonaro neste período de sua gestão. Antes da pandemia o desemprego era altíssimo sem que nada tivesse sido feito para reduzi-lo.
A crise administrativa é fruto da mesma incompetência de Bolsonaro para equacionar o que quer que seja, sem que estejam presentes a ideologia política e o fisiologismo que lhe é peculiar. Ao se aliar ao chamado Centrão, grupamento político nefasto que esteve presente em governos anteriores sempre buscando cargos, verbas e corrupção, demonstra que o governo não quer modernidade e mudanças na estrutura carcomida do governo federal.
A crise moral decorre das obscenidades desferidas pelo presidente Bolsonaro. Não passamos um dia sequer sem ouvir ou ler absurdos proferidos por uma pessoa incapaz de nos demonstrar serenidade, inteligência e capacidade para ocupar tão importante cargo. Sua vocação é o ódio e isso é propagado aos quatro cantos do nosso sofrido país.
Com tudo isso, a imagem do nosso país no exterior de degrada e faz com que passemos vergonha diante de nossos irmãos no exterior. As notícias nos grandes jornais e revistas dos países do primeiro mundo aliadas as mensagens de brasileiros, que estão vivendo na Europa, América do Norte, Ásia e Oceania corroboram com essa péssima imagem que o Brasil adquiriu.
Culpa de um governo que desfaz da ciência, não aceita outra ideologia que não a de extrema direita, que cultua valores inaceitáveis aos olhos da humanidade como nazismo, ditaduras militares e até de torturadores.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.