VOCÊ É MAIS BEM-SUCEDIDO DO QUE ACREDITA, VOCÊ SABIA?

VOCÊ É MAIS BEM-SUCEDIDO DO QUE ACREDITA, VOCÊ SABIA?

Comparar-se é como uma sombra que obscurece nosso brilho; brilhemos com autenticidade e libertemo-nos da trágica ilusão que o Ter é mais importante que o Ser. (Marcello de Souza)

 

 Quando olhamos para o nosso percurso de vida, é comum que uma voz interior sussurre: "Você ainda não chegou tão longe quanto deveria." Essa sensação de insatisfação pode ser como uma sombra persistente, nos fazendo questionar nossas conquistas e comparando-nos com aqueles que parecem ter alcançado mais sucesso. No entanto, a ciência, respaldada pela psicologia e a neurociências, oferece um olhar esclarecedor sobre essa percepção negativa. Neste texto, quero que você faça uma autoanálise mais profunda nas cinco razões inegáveis que comprovam que você é mais bem-sucedido do que imagina. Prepare-se porque realmente quero fazer você autorrefletir e com isso ter insights valiosos que desafiarão suas crenças e o levarão a enxergar sua grandeza.

 

1º. O Vicioso "Pensamento Contrafactual":

 

Ao compreender que cada passo é um tesouro lapidado em sua trajetória, desvencilhe-se das amarras da busca incessante pelo idealizado e deleite-se com a verdadeira grandeza que está em ser, em estar, em viver.

(Marcello de Souza)

 

O renomado estudo de Daniel Kahneman e Amos Tversky, pioneiros no campo da economia comportamental, revela que as pessoas têm uma tendência inata a se concentrarem no que poderia ter sido diferente em suas escolhas. No entanto, o que realmente importa é valorizar as decisões que tomamos e os resultados que alcançamos, em vez de nos perdermos nas possibilidades não realizadas, em outras palavras, eles estão resumindo o quanto damos atenção para os pensamentos contrafactuais.

Imagine o "pensamento contrafactual" como uma dança sutil entre o que é e o que poderia ter sido. A psicologia, nos conduz à origem desse fenômeno intrigante. Somos seres inquietos e angustiantes por natureza, a cada momento somos obrigados a fazer escolhas, da mesma forma que sempre estaremos buscando o aperfeiçoamento, o ideal, o caminho não trilhados. É parte de todos nós seguirmos por aqueles que naquele momento entendemos como ser o qual obteremos maior “ganhos” do que “perdas”.

Essa busca incessante nos leva a idealizar alternativas para as situações já vivenciadas, e assim, nasce o "pensamento contrafactual". Uma proposta cognitiva que nos força a sempre pensar em como poderíamos aprimorar nossas escolhas.

A questão é que muitas vezes deixamos de lado a compreensão de que só é possível construir pensamentos contrafactuais a partir do aprendizado que tivemos com a escolha que fizemos.

Imagine-se conquistando o segundo lugar em uma competição. Seu coração vibra com orgulho e satisfação, mas a mente inquieta se questiona: e se eu tivesse feito diferente? Essa indagação é a centelha que acende o fogo do "e se...", e nossos pensamentos se perdem nas encruzilhadas do possível. De um lado isto é saudável, porque força a razão maior da vida que está para a perfectibilidade, ou seja, tornarmos a cada instante pessoas melhores, o problema é quando nos tornamos vítimas e acabamos por viver um jogo de ilusões contrafactuais, nos aprisionamos, desvalorizando nossas próprias realizações genuínas.

A neurociência nos convida a uma jornada de autodescoberta para compreender a complexidade por trás desse enigma. Em nosso cérebro, diferentes áreas interagem em intricados arranjos. Diferentes áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal, o córtex cingulado anterior e o córtex parietal inferior, trabalham em harmoniosa interação para dar vida ao "pensamento contrafactual". É o córtex pré-frontal que desempenha um papel crucial na tomada de decisões e no planejamento futuro. Essa região é a que conduz a construção das alternativas não vivenciadas, criando cenários hipotéticos e explorando caminhos não percorridos. Já o córtex cingulado anterior, responsável pelo processamento emocional, nos gera a inquietação diante do "e se...". Ele intensifica a busca por respostas emocionais em meio as possibilidades não realizadas, impulsionando-nos a refletir sobre nossas escolhas. Por fim, o córtex parietal inferior é o palco onde a teia sináptica de possibilidades se entrelaça. Nesse emaranhado neural, surgem o valoroso papel das nossas próprias experiencias durante a vida, principalmente quando ainda crianças, ou melhor dizendo, de tudo que entendemos que nos faltou quando ainda éramos criança, como ser amado, respeitado, desafiado,  se sentir pertencente, admirado, e assim quando adultos, as conexões entre diferentes experiências e aprendizados, criam ideias que alimenta o "pensamento contrafactual".

É nesse intrincado arranjo cerebral que o "pensamento contrafactual" floresce, oferecendo-nos uma visão fascinante do que poderia ter sido. Essa sinfonia neural nos proporciona o dom de reexaminar nossas escolhas, mas também pode nos envolver em uma espiral de comparações e autocríticas. O paradoxo reside no fato de que esse pensamento, embora enriquecedor em certos aspectos, pode nos aprisionar na busca insaciável pelo ideal inatingível. É como dançar em uma linha tênue entre o presente e o que poderia ter sido, e, muitas vezes, o presente é ofuscado pelas sombras das possibilidades perdidas.

Porém, a chave para a liberdade está justamente escondida nas linhas tênues do próprio ser. Começando pela clareza que nossa trajetória é sempre o melhor caminho, afinal, quando escolhemos trilha-lo naquele momento da escolha foi baseado no limitado universo de conhecimento que tínhamos para analisa-lo. Por isso, toda trajetória é uma conquista a ser comemorada, já que a cada escolha é também uma realização, como uma peça preciosa do mosaico que nos torna grandioso.

Certa vez eu ouvi de um grande professor que disse para mim que o sábio é aquele que dança entre o que é e o que poderia ter sido, encontrando o êxtase na valorização do presente, da autenticidade que o faz único e completo. Por isso mesmo o "pensamento contrafactual" tem que ser visto com sabedoria e coração de gratidão, para podermos ser o verdadeiro protagonista da a própria história. Diferente do que muitos pensam, a nossa verdade mais pura, reside na harmonia do que se é, e não no que poderia ter sido, mas sem este último jamais seriamos capazes de fazermos escolhas melhores na próxima vez.

 

2º. Desvendando a "Síndrome da Grama Verde":

 

“Na busca incessante por perfeição, podemos nos perder em um universo alienado e vazio, esquecendo que a verdadeira plenitude está em primeiro abraçar a autenticidade de tudo quem já fomos para então podermos ser.” (Marcello de Souza)

 

Imagine um talentoso artista que, ao percorrer as redes sociais, se sente desmotivado ao ver outros artistas com mais seguidores e reconhecimento. Porém, ao compreender que cada pessoa tem seu próprio caminho e que a jornada artística é única, ele poderia começar a valorizar seu próprio estilo e a expressão individual, encontrando assim uma fonte renovada de inspiração.

Pois é, em nossas vidas, frequentemente nos comparamos com os outros, especialmente nas redes sociais, onde todos parecem ter uma vida perfeita. A psicologia comportamental chama isso de "síndrome da grama verde". Essa metáfora revela que, não importa quão verde seja a grama do nosso próprio jardim, acabamos desejando o que o vizinho possui. Esse comportamento, muitas vezes, leva à insatisfação e à desvalorização das nossas próprias conquistas, pois estamos constantemente medindo nossas realizações pelas de outros.

Fato é que em um mundo liquido, onde as redes sociais desvelam as narrativas seletivas de vidas aparentemente perfeitas, a mente humana é atraída por um universo alienado e vazio, envolto em ilusões sedutoras. Essa busca por perfeição alienante é impulsionada por um conjunto de fatores intricados, que ecoam nossa própria natureza humana. Isto se dá por diversas questões psíquicas que em certa medida é até natural.

Em primeiro lugar, somos seres sociais em busca de conexões e aceitação. Ao nos depararmos com os relatos elaborados das vidas dos outros, nossa mente se rende à ilusão de que a “grama do vizinho é mais verde”, parece um desvio comportamental, mas não é, pelo contrário, representa uma forma de reconhecimento e validação social. Nosso cérebro, ávido por recompensas sociais, busca incessantemente por aprovação e admiração, levando-nos a comparar nossas próprias conquistas com as dos outros.

O problema é que sociedade contemporânea, permeada pela cultura do consumo e da autoimagem, como se estivéssemos a cada instante nos esvaziando da nossa própria essência, e isto sim exerce uma influência nesse universo alienado. Somos bombardeados por uma miríade de propagandas e mensagens que exaltam um ideal de vida perfeita, associado a bens materiais e aparências impecáveis. A busca incessante por essa suposta perfeição torna-se uma alucinação poderosa, desencadeando uma corrida sem fim pela obtenção de padrões utópicos desnecessários e vazios.

O fenômeno da "síndrome da grama verde" é intensificado pela tendência natural de comparar nossas vidas com os momentos mais destacados e bem-sucedidos dos outros. Entretanto, essa comparação é desprovida de contexto e profundidade. Ao selecionarmos apenas os destaques das vidas alheias e ignorarmos os desafios e dificuldades enfrentados por cada um de nós, criamos uma miragem, uma realidade virtual construída por ilusões.

Além disso, essa busca desenfreada pela perfeição está intrinsecamente ligada à pressão da autocomparação. Comparar-se com os outros é apenas uma face dessa moeda. O outro lado é a autocobrança, que nos leva a uma corrida interna pela perfeição inalcançável. Nessa jornada, nossas próprias conquistas são desvalorizadas e nossas vitórias genuínas são eclipsadas pela sombra do ideal inatingível.

Diante desse cenário, esta sociedade espetaculosa muitas vezes se depara com um vazio existencial. Esse vazio é o eco de uma busca incessante por padrões irrealistas, pela constante comparação e pelo desejo de uma vida que parece sempre um passo à frente da nossa realidade. Nesse universo alienado, perdemos o contato com nossa essência, com nossos próprios valores e princípios, alimentando uma insatisfação que nos distancia da plenitude.

Só existe um caminho para sair deste doentio mundo das aparências, e isto começa pela compreensão que a verdadeira riqueza da vida reside nas sutilezas do nosso próprio caminho. Desvencilhar-se desse universo alienado requer um mergulho profundo na autodescoberta e na valorização de nossas conquistas reais. Aceitar que a grama do nosso próprio jardim é valiosa e singular em sua imperfeição e com isso abraçar a autenticidade, reencontrando o significado genuíno da própria jornada individual, abrindo os olhos para a verdadeira beleza que reside em nossa essência única.

Em um mundo repleto de ilusões, celebremos as peculiaridades de nossos caminhos, valorizando cada passo como uma nota singular na sinfonia da vida. Enquanto o universo alienado e vazio tenta nos aprisionar, escolhamos a libertação da autenticidade, trilhando nosso próprio percurso em harmonia com o que somos. Só assim, encontraremos a verdadeira plenitude em nossa jornada singular, desvendando o mistério da felicidade que floresce na genuinidade do próprio ser.

 

3º.  A Arte da Valorização da Rede Social:

 

Ao buscar incessantemente pela quantidade em vez da qualidade das conexões sociais, nos iludimos ao acreditar que números e estatísticas virtuais definem nossa importância. No entanto, a verdadeira satisfação e realização surgem quando nos conectamos autenticamente com outros, nutrindo laços emocionais significativos que transcendem a superficialidade. Ao compreender essa intrincada teia de valores humanos, podemos romper com o ciclo vicioso e encontrar a plenitude nas conexões que verdadeiramente importam. (Marcello de Souza)

 

O psicólogo John Cacioppo, em seus estudos sobre solidão e conexões sociais, demonstrou que indivíduos com relacionamentos significativos tendem a experimentar uma maior sensação de satisfação e bem-estar em suas vidas. Assim, o foco em construir laços autênticos com pessoas importantes para nós pode ser mais enriquecedor do que buscar uma lista extensa de "amigos" nas redes sociais.

O número de amigos e conexões que possuímos é outro fator que pode nos levar a duvidar do nosso sucesso. Contudo, a psicologia nos ensina que a qualidade das relações é mais importante do que a quantidade. Estudos mostram que a capacidade de estabelecer vínculos significativos com outras pessoas contribui para nossa felicidade e bem-estar. A neurociência revela que, quando nos conectamos emocionalmente com pessoas queridas, liberamos substâncias químicas como a oxitocina, conhecida como o "hormônio do amor", que fortalece os laços sociais e promove a sensação de pertencimento.

Mas, de fato, muitos hoje vivem em uma busca incessante pela quantidade e não pela qualidade das conexões. O que a maioria não entende ou não quer entender é que a ânsia por quantificar nossas relações interpessoais, o número de amigos e conexões que possuímos, pode nos levar a duvidar de nosso próprio sucesso e valor.

Por que, então, nos sentimos tão ávidos em acumular seguidores e conexões virtuais, como se isso fosse uma medida concreta de quem somos? A resposta está entrelaçada em uma teia complexa de fatores psicológicos que afetam nossa percepção de realização e pertencimento.

Essa busca incessante pela quantidade, e não pela qualidade das interações sociais, também pode facilmente nos levar a cair na armadilha de medir nossa importância com base em números, esquecendo que a verdadeira satisfação reside em conexões autênticas e significativas.

Entretanto, o vazio que sentimos ao ceder à ilusão da quantidade está enraizado em um mundo espetacular, onde a cultura da comparação e da superficialidade impera. A sociedade atual nos bombardeia com a ideia de que uma vasta rede de seguidores e conexões virtuais é sinônimo de sucesso e aceitação. No entanto, essa crença é frágil e efêmera, como uma miragem que se desfaz ao toque. Ao valorizar a quantidade em detrimento da qualidade, perdemos de vista o verdadeiro propósito das interações humanas: compartilhar, aprender, crescer e se apoiar mutuamente em uma jornada coletiva. O paradoxo reside em que, mesmo em um mundo hiperconectado, tendemos cada vez mais a sentirmos solitários e desvalorizados, como se a validação externa fosse o único caminho para a realização pessoal.

O desafio é reconectar-se com a essência mais profunda do senso social, compreendendo que nosso valor não se resume a números e estatísticas virtuais. A verdadeira plenitude emerge quando nos permitimos ser genuínos, vulneráveis e autênticos nas relações que construímos. Abraçar a qualidade em detrimento da quantidade é um convite para aprofundar nossos laços emocionais, cultivando conexões que transcendem a superficialidade. Quando valorizamos cada interação como uma oportunidade para nutrir o amor, a compreensão e o apoio mútuo, construímos uma rede de relações verdadeiramente significativas.

Ao compreender a intrincada teia psicológica que nos leva a buscar a quantidade em vez da qualidade, podemos libertar-nos desse ciclo vicioso. A jornada em direção à verdadeira plenitude começa quando reconhecemos que, no coração de nossas conexões autênticas, reside o autêntico sentido de realização e pertencimento.

 

4º. Desvendando a Confiança Oculta:

 

Entre a ilusão da autoestima inflada e a modéstia que esconde potenciais brilhantes, desvendamos os meandros da confiança oculta. Nossas habilidades vão além das aparências, mergulhando na essência da autorreflexão e autoavaliação. Enquanto desvendamos os véus do autoconhecimento, encontramos a chave para uma confiança genuína, aquela que nos impulsiona a enfrentar desafios com coragem e abraçar oportunidades com convicção. Nas entranhas do ser, floresce a certeza de que a autêntica confiança é a força que impulsiona nossa busca pelo verdadeiro sucesso.

(Marcello de Souza)

 

A psicóloga Carol Dweck, com sua pesquisa pioneira sobre "mentalidade de crescimento", revelou que a crença de que nossas habilidades são maleáveis e podem ser desenvolvidas é um poderoso motivador para o sucesso. Ao abraçar a ideia de que a confiança pode ser construída e ampliada ao longo do tempo, podemos encontrar coragem para enfrentar desafios e abraçar novas oportunidades.

A autoconfiança é um aspecto vital para alcançar o sucesso, mas a forma como ela se manifesta pode ser complexa e muitas vezes ilusória. A psicologia comportamental tem muito a nos revelar sobre os mecanismos por trás dessa dinâmica intrigante, que envolve a "confiança ilusória" e a "confiança oculta". A "confiança ilusória" é um fenômeno no qual algumas pessoas superestimam suas habilidades e competências. Esses indivíduos tendem a se perceberem como mais competentes do que realmente são em determinadas áreas. Acreditar que possuem um domínio maior do que o verdadeiro pode levá-los a assumir riscos excessivos e a negligenciar áreas que precisam de aprimoramento. Essa discrepância entre a percepção e a realidade ocorre devido a diferenças no funcionamento do córtex pré-frontal, uma região do cérebro responsável pela autorreflexão e autoavaliação.

Por outro lado, temos a "confiança oculta", que é o oposto da "confiança ilusória". Indivíduos altamente inteligentes e talentosos podem subestimar suas próprias habilidades, acreditando que o que fazem é algo fácil e acessível para todos. Essa atitude pode ser prejudicial, pois pode levar a autossabotagem à perda de oportunidades devido à falta de reconhecimento de seu verdadeiro potencial. A "confiança oculta" está também associada ao córtex pré-frontal e às complexas interações entre as áreas do cérebro responsáveis pela autorreflexão.

Em termos psicológicos, a "confiança ilusória" e a "confiança oculta" estão relacionadas a aspectos intrincados da mente humana e podem ser compreendidas a partir de diversos fenômenos psicológicos que vem da formação de nossas próprias crenças e se interrelacionam com nossa própria infância. Vamos explorar algumas razões que explicam essas dinâmicas:

·        Viés de Autosserviço: O viés de autosserviço é um padrão cognitivo em que tendemos a atribuir nossos sucessos a características internas positivas (habilidades, inteligência) e nossos fracassos a fatores externos (azar, dificuldades). Isso leva a uma superestimação de nossas próprias habilidades, alimentando a "confiança ilusória". Por outro lado, em casos de altamente habilidosos, o viés de autosserviço pode levar ao autodesprezo, uma vez que essas pessoas atribuem seus sucessos a fatores externos e subestimam suas próprias capacidades, caracterizando a "confiança oculta".

 

·        Efeito Dunning-Kruger: Esse fenômeno psicológico descreve como pessoas com baixo desempenho em determinada área tendem a superestimar suas habilidades, enquanto indivíduos altamente competentes podem subestimá-las. Aqueles com "confiança ilusória" possuem uma visão distorcida de suas próprias habilidades, pois não possuem o conhecimento necessário para avaliar sua verdadeira competência. Por outro lado, aqueles com "confiança oculta" têm uma visão mais realista de suas habilidades, pois possuem um alto grau de conhecimento e autocrítica, o que os leva a subestimar sua performance em relação aos outros.

·        Comparação Social: Reforçando o que já vimos, a tendência natural de nos compararmos com os outros pode influenciar a percepção de nossa autoconfiança. Quando nos comparamos com pessoas que consideramos menos competentes do que nós, podemos experimentar a "confiança ilusória", sentindo-nos superiores em determinadas habilidades. Por outro lado, quando nos comparamos com pessoas altamente talentosas, podemos experimentar a "confiança oculta", subestimando nossas próprias habilidades em comparação.

·        Autoestima e Autoimagem: A autoestima e a autoimagem são fatores importantes na formação da confiança pessoal. Indivíduos com alta autoestima tendem a exibir mais "confiança ilusória", pois têm uma visão mais positiva de si mesmos e de suas capacidades. Em contrapartida, aqueles com baixa autoestima podem apresentar "confiança oculta", subestimando suas habilidades devido a uma visão negativa de si mesmos.

A verdade é que a "confiança ilusória" e a "confiança oculta" são fenômenos psicológicos complexos que refletem como a mente humana lida com a autorreflexão, a autoavaliação e a comparação social. Essas dinâmicas podem ser influenciadas por fatores cognitivos, emocionais e sociais, e a compreensão desses processos pode nos ajudar a cultivar uma autoconfiança mais equilibrada e realista. O autoconhecimento, a autocrítica e o desenvolvimento da empatia são algumas das chaves para uma abordagem saudável da autoconfiança, permitindo-nos alcançar um senso de segurança e bem-estar em nossas vidas.

Valorizar nossa capacidade de questionar nossas habilidades é essencial para um crescimento contínuo e evolução pessoal. Ao entender a dinâmica entre a "confiança ilusória" e a "confiança oculta", podemos nos tornar mais conscientes de nossas próprias percepções e crenças sobre nossas competências. Isso nos permite buscar uma visão mais realista de nossas capacidades, aproveitando nosso potencial ao máximo e abrindo espaço para o crescimento e aprimoramento contínuos. Em outras palavras, o autoconhecimento e a autocrítica são fundamentais para equilibrar nossa autoconfiança de maneira saudável. Reconhecer nossas forças e talentos genuínos, bem como nossas áreas de desenvolvimento, nos coloca em uma posição mais sólida para alcançar nossos objetivos e enfrentar desafios com segurança e autenticidade. A chave está em cultivar uma autoconfiança verdadeira, embasada na compreensão realista de quem somos e do que somos capazes de realizar. Essa é a base para uma jornada de crescimento pessoal significativo e uma busca bem-sucedida pelo sucesso em nossas vidas.

 

5. Além do Dinheiro: A Verdadeira Riqueza:

 

A sociedade muitas vezes nos faz acreditar que o sucesso é medido pela quantidade de bens materiais que possuímos. No entanto, a psicologia e a neurociência nos mostram que a verdadeira riqueza vai além de valores monetários. Estudos revelam que o bem-estar emocional e a satisfação pessoal são impulsionados por fatores como a conexão social, a realização pessoal e a capacidade de desfrutar de momentos significativos. A busca incessante pelo dinheiro pode levar ao estresse e à insatisfação, enquanto a valorização de aspectos não materiais nos conduz a uma vida mais plena e significativa.

Em termos psicológicos, a busca incessante por ter mais bens materiais muitas vezes está relacionada a um vazio existencial que algumas pessoas experienciam. Esse vazio pode surgir da sensação de falta de propósito, da busca por uma identidade ou da tentativa de preencher lacunas emocionais com aquisições materiais. O ato de consumir pode oferecer uma satisfação temporária, mas nem sempre aborda as questões mais profundas que alimentam essa busca desenfreada por ter.

Além disso, a psicologia nos mostra que o ser humano é influenciado pelo sistema de recompensa do cérebro. Esse sistema é responsável por gerar sensações de prazer e bem-estar quando experienciamos situações gratificantes, como obter bens materiais que desejamos. No entanto, com o tempo, o sistema de recompensa pode se tornar condicionado a sempre buscar mais, como se estivéssemos em uma busca incessante por prazer e satisfação momentânea. Essa dinâmica pode nos levar a um ciclo vicioso de consumo desenfreado, em que nunca nos sentimos plenamente satisfeitos.

Por outro lado, a neurociência nos oferece insights sobre como podemos encontrar uma verdadeira sensação de plenitude e satisfação duradoura. Quando valorizamos aspectos não materiais, como conexões significativas, realizações pessoais e momentos de significado, nosso sistema de recompensa também é ativado, liberando também estar substâncias químicas como serotonina, dopamina, endorfinas, oxitocinas, GABA, que estão associadas ao bem-estar emocional, a socialização assim como à sensação de felicidade genuína.

São essas recompensas neuroquímicas que nos conduzem a uma vida mais plena e significativa, ancorada em valores e experiências que transcendem o materialismo superficial. Ao equilibrarmos nossa busca por prosperidade material com o cultivo de relacionamentos saudáveis, autodescoberta, crescimento pessoal e gratidão pelas pequenas alegrias da vida, abrimos espaço para uma existência mais autêntica e gratificante.

Vale também lembrar do trabalho da psicóloga Sonja Lyubomirsky, uma renomada pesquisadora que se dedicou ao estudo da felicidade e do bem-estar humano. Em suas pesquisas, ela investigou os fatores que contribuem para uma felicidade mais duradoura e autêntica, indo além das simples buscas por bens materiais ou conquistas externas.

Um dos principais achados de suas pesquisas é que a felicidade autêntica está relacionada à dedicação a atividades que proporcionam significado e prazer em nossas vidas. Isso envolve a busca por experiências e realizações que estão alinhadas com nossos valores e interesses pessoais, em vez de apenas acumular bens materiais ou perseguir objetivos superficiais.

Lyubomirsky descobriu que as pessoas que buscam a felicidade autêntica tendem a se engajar em atividades que vão além de seus próprios interesses e desejos pessoais. Isso inclui ações como ajudar os outros, contribuir para a comunidade, se envolver em atividades voluntárias ou dedicar-se a hobbies e paixões que lhes proporcionem gratificação pessoal. Ao se envolver em atividades significativas e prazerosas, as pessoas experimentam um senso mais profundo de propósito e conexão com a vida. Essas experiências podem trazer uma sensação de realização duradoura, em vez da satisfação temporária que pode acompanhar a busca por bens materiais.

Outro aspecto importante abordado por Lyubomirsky é a importância da gratidão e da apreciação pelo que já temos. Em vez de focar incessantemente no que falta ou no que desejamos alcançar, ela enfatiza a importância de valorizar o que já temos e encontrar alegria nas pequenas coisas da vida. Essa abordagem à felicidade autêntica é fundamentada em princípios como a psicologia positiva e o bem-estar subjetivo.

A psicologia positiva destaca a importância de cultivar emoções positivas, fortalecer habilidades e virtudes, e encontrar propósito e significado em nossas vidas. O bem-estar subjetivo, por sua vez, enfoca a avaliação subjetiva da qualidade de vida e bem-estar emocional, considerando fatores como satisfação com a vida, emoções positivas e negativas e sentido de propósito.

Fato é que a busca pela felicidade autêntica vai além da mera acumulação de riqueza material. Ela nos convida a nos envolver em atividades significativas, encontrar propósito em nossas ações e valorizar as conexões com os outros e com nós mesmos. Ao adotarmos essa abordagem, podemos alcançar uma felicidade mais profunda e sustentável, enraizada em valores autênticos e na busca por uma vida plena e significativa.

Ao compreendermos como a mente humana responde a diferentes estímulos e recompensas, podemos tomar decisões mais conscientes sobre nossas prioridades e metas, escolhendo uma jornada que nos leve a uma riqueza genuína, fundamentada na essência do ser humano. Essa abordagem nos permite experimentar a verdadeira riqueza, que transcende o material e nos conecta ao que realmente importa: a essência da vida e a busca por uma existência plena e significativa de propósitos.

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O Verdadeiro Valor da Autenticidade

 

Na efêmera busca pelas superficialidades do sucesso material, somente a sabedoria pode-se desvelar-nos, revelando que a verdadeira riqueza transcende o Ter. Ao adentrarmos a esfera das conexões autênticas, das realizações com significado e dos momentos que acalentam a alma, desvendamos o segredo de uma felicidade genuína. É ao despertar para a essência do Ser, reconhecendo o valor intrínseco das experiências, que encontramos a riqueza verdadeira, aquela que preenche o vazio existencial e conecta nossa jornada ao propósito que é realmente aprender com o próprio viver.

(Marcello de Souza)

 

 

À medida que nos aprofundamos nessa jornada de descoberta, é essencial lembrar que o verdadeiro valor humano está no ser, não no ter. Vivemos em um mundo onde a pressão social muitas vezes nos empurra para a busca incessante por uma imagem idealizada de sucesso, que muitas vezes não reflete nossas verdadeiras aspirações e desejos mais profundos.

Ao rompermos com esse ciclo e abraçarmos a autenticidade, permitimos que nossa essência brilhe, encontrando coragem para seguir nossos próprios valores e princípios. A verdadeira grandeza não está em ser igual a todos, mas em ser único e fiel a si mesmo.

Nossa jornada pessoal é repleta de aprendizados, desafios e oportunidades para crescer. Ao valorizarmos não apenas as metas alcançadas, mas também o processo de crescimento que nos trouxe até aqui, encontramos a chave para uma vida autêntica e verdadeiramente bem-sucedida.

Assim, convido você, a trilhar um caminho de autodescoberta e autenticidade, abraçando suas conquistas com gratidão e encontrando sua grandeza no seu singular ser. Permita-se viver uma vida alinhada com seus valores mais profundos e deixe sua luz interior brilhar, inspirando a si mesmo e ao mundo ao seu redor. Para isto, deixo algumas dicas para você refletir:

 

·        A importância da perspectiva - Nossa perspectiva desempenha um papel fundamental em como avaliamos o sucesso pessoal. Comparar-se constantemente aos outros pode levar a sentimentos de inadequação, especialmente em tempos de redes sociais, onde as pessoas tendem a exibir apenas as versões mais "perfeitas" de suas vidas. No entanto, o verdadeiro sucesso deve ser medido por nossos esforços individuais e progresso em direção aos nossos objetivos.

 

·        O impacto do viés da negatividade - Nosso cérebro tem uma tendência natural a dar mais importância às experiências negativas do que às positivas. Esse viés da negatividade pode obscurecer nosso julgamento, levando-nos a subestimar nossas realizações. Reconhecer e celebrar até mesmo as menores vitórias pode ajudar a reverter esse padrão e melhorar nossa percepção sobre o quão bem-sucedidos somos verdadeiramente.

 

·        A adaptação hedônica: A adaptação hedônica é o fenômeno pelo qual nos acostumamos rapidamente às nossas conquistas e mudanças positivas, buscando constantemente mais. Embora a busca pela melhoria seja louvável, precisamos aprender a valorizar o caminho percorrido. Refletir sobre nossos progressos ao longo do tempo nos permite reconhecer quão longe chegamos em nossa jornada de sucesso pessoal.

 

·        Estabelecendo metas realistas: Estabelecer metas inatingíveis pode levar à decepção, mesmo que tenhamos alcançado avanços significativos. É essencial definir metas realistas e dividí-las em marcos menores. Dessa forma, cada etapa concluída se torna uma confirmação do nosso sucesso, impulsionando-nos a continuar avançando.

 

·        Celebrando as conquistas: Muitas vezes, negligenciamos a comemoração de nossas conquistas, pois estamos ansiosos para enfrentar o próximo desafio. No entanto, celebrar nossos sucessos, grandes ou pequenos, reforça uma atitude positiva em relação ao nosso progresso. Esses momentos de celebração não apenas melhoram nossa autoestima, mas também aumentam nossa motivação para alcançar mais vitórias.

 

Por fim, lembre-se que em um mundo tão acelerado e competitivo, é fácil subestimar o quão bem-sucedidos somos em nossa busca por uma vida plena e realizada. A ciência nos lembra que o sucesso não se trata apenas dos resultados finais, mas do crescimento pessoal ao longo do caminho. Mudar nossa perspectiva, aprender a valorizar nossas conquistas, estabelecer metas realistas e celebrar cada avanço são passos poderosos para nos convencermos de que somos mais bem-sucedidos do que acreditamos. Portanto, reserve um momento para reconhecer o quão longe você chegou e tenha orgulho de todas as batalhas que enfrentou até aqui.

Vale também ressaltar que o sucesso verdadeiro está em ser quem você é, com todo o seu potencial, singularidade e autenticidade. Agora, mais do que nunca, é o momento de valorizar a verdadeira riqueza que existe dentro de você. Ao fazer isso, você não apenas alcançará o sucesso genuíno, mas também encontrará a realização e a felicidade que vêm de viver uma vida autêntica e plena. Releia este texto sempre que precisar se lembrar do valor do ser autêntico e da importância de abraçar sua verdadeira grandeza. O mundo anseia por indivíduos autênticos, e essa busca só pode começar dentro de você. Seja a mudança que você deseja ver no mundo e inspire outros a fazerem o mesmo. Você é mais do que suas conquistas; você é a essência de sua jornada, e é isso que o torna verdadeiramente bem-sucedido. Permita-se brilhar e viver uma vida repleta de significado, propósito e autenticidade. A grandeza está dentro de você, esperando para ser descoberta e compartilhada com o mundo.

 

 

 

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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO

 Marcello de Souza começou sua carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto, desde 2008 vem buscando intensamente compreender a relação do comportamento humano com a liderança e a gestão. Dentro do universo do desenvolvimento comportamental, não mede esforços para sua busca contínua de conhecimento, com isso se tornou pesquisador, escritor, facilitador, treinador, consultor, mentor e palestrante além de atuar como coaching e terapeuta cognitivo comportamental. Como amante da psicologia comportamental, psicologia social e neurociências criou o seu canal do YouTube para compartilhar com mais pessoas a paixão pelo desenvolvimento cognitivo comportamental.

Todos os dados e conteúdo deste artigo ou vídeo são escritos e revisados por Marcello de Souza baseados em estudos científicos comprovados para que o melhor conteúdo possível chegue para você.

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