Você é um bom gestor de si mesmo?
Semana passada, ao sair de casa, encontrei um rapaz que foi meu funcionário por 5 anos. Ele havia sido desligado da empresa em que trabalhávamos já havia bastante tempo e continuava “buscando oportunidades”, usando suas próprias palavras.
Quando perguntei sobre seus objetivos profissionais, ele começou a reclamar da crise mundial, da taxa do desemprego, da pandemia, do governo, do preconceito com sua idade e de mais um monte de outras coisas que não consigo lembrar.
Mudamos de assunto, conversamos mais um pouco, me coloquei à disposição para o que ele precisasse, trocamos telefone e então nos despedimos.
À noite em casa, pensando em nossa conversa, me veio uma série de lembranças. Um delas, no entanto, me fez refletir muito depois: nesses anos todos como seu gestor, ele nunca tinha me feito uma pergunta sobre seu trabalho! Fazia as atividades que tinha que fazer, cumpria o horário contratual, fazia os cursos da empresa e...e...e era só isso.
Tinha as atividades básicas de seu cargo como linha de chegada, e dessa forma, se tornou 100% dependente da empresa, embora a recíproca não tivesse sido verdadeira e nunca será.
Ele era um ótimo colaborador? Não.
Ele fazia questão de ser um ótimo colaborador? Também não.
Ele era um profissional classificado como mediano, que seguia o protocolo, que cumpria as diretrizes da empresa, mas que acabou não observando aquela diretriz oculta “reinvente-se porque o mundo está mudando rápido”. Em outras palavras, ele precisava ter o básico como linha de partida!
Deixo aqui, então, 3 dicas para começar a gerir-se melhor:
1. Não construa um muro de lamentações entre você e seu objetivo.
Pare de usar fatores externos como justificativa do seu fracasso. Quando você passa a culpar o meio e os outros à sua volta, você se coloca em um estado de impotência e perde energia pra tocar em frente. Portanto, isole-se do meio e dos outros, e foque só em você e nas suas ações. Isso te levará a um outro estado mental que irá revigorar sua energia. Não construa um muro de lamentações entre você e seu objetivo.
2. Esqueça das crenças limitantes.
Não acredite no que os pessimistas repetem por aí, como “emprego após os 40 anos é quase impossível” ou “essa empresa só promove aqueles com menos de 35 anos”. Tudo uma grande bobagem se você encarar os fatos. Existem vários exemplos que desconstroem totalmente essas e outras crenças. Esqueça das crenças limitantes.
3. Tenha planos B e C.
Todos estamos sujeitos às mudanças e às vezes somos afetados mais do que imaginávamos. Não seja dependente de uma empresa. Adquira conhecimento, reinvente-se e procure pensar naquilo que te surpreenderia ser pago para fazer. Tenha planos B e C.
Muito sucesso!!!
Head of EHS | Facilitação de Aprendizagem, treinamentos e palestras | Transformação cultural para o cuidado genuíno na jornada da Sustentabilidade Corporativa | Human Factors (HOP/SPoR) | Autora e ilustradora.
4 aAdorei a metáfora do cerebro com âncora! Ter planos B e C é importante sim, e os vejo como alternativa para desenvolver novas habilidades... Há situações de trabalho que nao oportunizam tempo para pratica de tais alternativas, que exigem dedicação exclusiva... Dificulta, nao impede. Valorizo os que permitem, com horários flexíveis, por exemplo, a dedicação a outras abordagens. Creio que sempre há como agregar a todos.
Engenheira Química | Especialista em Segurança de Processos | Experiência em Melhoria Contínua e Gestão de Riscos
4 aMuito bom o seu texto, Max. Por experiência própria, ter planos B e C proporciona um pouco mais de tranquilidade em meio a crises.
Gestão de Vendas | Gestão Comercial | Gestão de Contratos | Gestão de Ativos | LSS Green Belt | Geração de Energia
4 aÓtimo artigo, parabéns! Infelizmente o que não falta por aí são exemplos similares...