Você gosta ou ama a sua profissão?
Quando pensei em fazer jornalismo era porque eu gostava de escrever, mas não necessariamente eu tinha talento para criar, muito menos aparecer na TV segurando um microfone. Eu simplesmente gostava de escrever. Simples assim. Fiz jornalismo na época em que tínhamos que aprender a revelar filme fotográfico na aula de Fotojornalismo. Evoluímos. Somos digitais e isso mudou tudo. A internet ganhou proporções gigantes, as pessoas se empoderaram, chegaram os blogs, as redes sociais e lá se foram as publicações que eu tanto li e tanto desejei fazer parte. Elas simplesmente deixaram de existir. A evolução da própria comunicação transformou o jornalismo.
Quando lembramos de empresas que deixaram de inovar, não aceitaram as mudanças da sua época ou deixaram de olhar para as necessidades de seus públicos citamos Kodak x Instagram ou Blockbuster x Netflix. Mas vimos a Editoria Abril, a principal gigante da comunicação impressa, descontinuar talvez 90% de seus títulos em razão da própria evolução do seu mercado.
Confesso que todas essas recentes mudanças do mercado editorial me fizeram refletir sobre o que eu faria hoje se tivesse 18 anos e fosse preciso escolher uma profissão. Hoje, com certeza, eu não teria o olhar para o jornalismo que eu tive no final da década de 1990. No entanto, apesar de tudo isso, se eu não fosse jornalista eu talvez não tivesse sido apresentada ao incrível mundo da comunicação.
Outro dia comentei com uma colega de trabalho que se deixar eu passo horas fazendo um planejamento de comunicação. Já fiz pós na área e facilmente faria outra só pelo prazer de aprender um pouco mais sobre esse universo fascinante... E acredite: falo isso com o coração pulsando fortemente e com um largo sorriso no rosto.
Hoje participei de um treinamento de redes sociais e tive a oportunidade de ver de perto como uma grande empresa se organiza para ter uma comunicação alinhada, mesmo diante de um universo tão grande e complexo como o nosso, no caso o Sistema Unimed.
Diferentemente do que possa parecer, a comunicação não diz respeito somente ao conteúdo. Ela é parte fundamental de um processo, seja para uma empresa se comunicar com seus públicos, alinhar estratégia, determinar a melhor ferramenta para o seu objetivo, criar discurso, pedir sinceras desculpas ou ter um olhar cuidadoso para a jornada do cliente. Comunicação é atender bem, é alinhar a empresa às expectativas dos clientes, é amarrar suas estratégias à missão, visão e valores.
Quando me vejo enlouquecida escrevendo sobre a importância da comunicação para uma empresa, tenho a plena certeza de que estou na área certa e que não só gosto da minha profissão como amo isso loucamente, assim como hoje eu amo escrever – iniciei este texto num bloco de notas, dentro de um ônibus, às 21 horas, voltando de uma aula de yoga.
Eu amo comunicação corporativa. Parece um pouco irônico para uma pessoa, que quando garota e até o início da sua vida profissional, se reconhecia como uma pessoa tímida, retraída e que preferia não ser vista ou percebida. Mas o que a vida tem me ensinado é que evoluímos o tempo todo porque tudo está em constante transformação.
Semana passada, o Portal Unimed comemorou seus16 anos e vi pessoas serem reconhecidas por 5 e 10 anos de empresa. Ano passado vi o mesmo acontecer, ou seja, não são poucas as que já foram agraciadas aqui na empresa. Isso mostra que pessoas que fazem o que amam evoluem e crescem mais ainda em empresas que as acolhem e as reconhecem.
Portanto, trata-se da jornada e não do ponto inicial ou final de uma trajetória. Somos em parte reflexo do nosso passado; e no futuro, seremos parte do nosso presente. Então, faça o que você ama de verdade e seja feliz na sua jornada. Esse é o melhor que poderá proporcionar a si mesmo.