A tal vulnerabilidade
Já tem dias, eu diria meses, que quero falar sobre uma palavra: vulnerabilidade. Mas, semana passada, vi um vídeo do Pedro Calabrez dizendo que só devemos falar daquilo que temos capacidade para tal. Como eu não tenho capacidade técnica para falar sobre isso, vou me inspirar na pessoa que considero mais capaz para falar sobre vulnerabilidade. Claro, a Brené Brown.
Acho sensacional a frase da Brené – e quem leu “A coragem de ser imperfeito”, vai lembrar – quando ela diz que “a vontade de assumir os riscos e de se comprometer com a nossa vulnerabilidade determina o alcance de nossa coragem e a clareza de nosso propósito. Por outro lado, o nível em que nos protegemos de ficar vulneráveis é uma medida de nosso medo e de nosso isolamento em relação à vida”.
Conforme eu avanço na leitura, mais eu percebo como é difícil essa história de ser vulnerável. Estou falando sobre ser verdadeiramente vulnerável. Toda vez que leio o trecho acima penso nos meus medos. Ao mesmo tempo, vejo que raramente me deixo paralisar. Muitas decisões me fizeram crescer e me tiraram fora da caixa, como fazer um curso rápido em Madrid e mudar para Florianópolis em busca de qualidade de vida quando, automaticamente, abri mão de conforto emocional, material, financeiro e de oportunidades que eu só teria em São Paulo. A outra, foi sair da esfera profissionalmente confortável da Comunicação, na qual eu me encontrava, para mergulhar no universo do Marketing, me tornando uma profissional muito mais versátil e atual.
E tá tudo tão certo (digo isso com um largo e espontâneo sorriso no rosto 😊). Essa é a minha jornada (linda jornada eu diria) e se não fosse por ela quem eu seria hoje? E eu amo ser quem sou.
Com quase 20 anos de formação, olho para tudo isso e lembro da inexperiência profissional do início, dos tropeços, dos sim, dos não, do desafio de ser mulher, mãe e divorciada, e de como é exaustivo ter que se armar diante do machismo corporativo que existe. Sim, ele existe.
Mas eu percebo também para onde a coragem de ser imperfeita me levou e vejo que tudo bem ser vulnerável, por mais que isso seja extremamente difícil. Foi assim que eu cheguei até aqui e me orgulho disso. E acho que se Brené Brown ler esse texto vai concordar que não são só as mudanças, tentativas e riscos que nos tornam vulneráveis, mas esse próprio ato em si já é um sinal de ousadia, de se expor sem medo de críticas e julgamentos. Ou talvez ela diga que isso é só o começo da atitude de ser vulnerável, pois a vulnerabilidade é muito mais do que isso.
Mas uma coisa ela diz: “devemos respirar fundo e entrar na arena”, então o que desejo a vocês é mais vulnerabilidade e ousadia na arena da vida 😉. Boa semana!
Publicitária, Produtora Cultural e Coordenadora de Comunicação & Eventos na Unimed Oeste do Pará
3 a👏🏻 Maravilhoso!
UX/UI designer, Product Designer, Mestre em Design de Hipermídia, Publicitário
3 aAssisti um video da Brené Brown no youtube sobre o assunto e gostei muito! Parabéns pelo texto.
Líder de TI | Agile Project Manager | Inovação
3 a👏🏻👏🏻👏🏻
Scrum master
3 aMuito bom, parabéns Jade!