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Por Cahê Mota — Las Vegas, Estados Unidos


Paraguai 1 x 4 Brasil | Melhores momentos | 2ª rodada | Copa América 2024

Paraguai 1 x 4 Brasil | Melhores momentos | 2ª rodada | Copa América 2024

Dorival Júnior não mediu palavras para elogiar Vini Júnior pela atuação de destaque na goleada do Brasil por 4 a 1 sobre o Paraguai, em Las Vegas, nos Estados Unidos, pela segunda rodada da Copa América.

O camisa 7 fez dois gols, deu belos dribles e irritou os marcadores paraguaios. Em entrevista coletiva após a partida, o técnico da Seleção rasgou elogios:

– Vini fez partida plasticamente perfeita, com grandes lances, grandes jogadas, dinâmico, efetivo, direto e participativo, tudo o que queremos destes jogadores de capacidade única – disse Dorival.

– Na partida anterior, o Vini estava muito bem marcado, existia uma dobra, às vezes até três jogadores, tanto pela esquerda como pela direita. Ele procurou as jogadas, teve o mesmo ímpeto de hoje, a maneira como a equipe adversária se comportou hoje foi diferente da anterior. Isso foi um ponto fundamental. Talvez não tivemos a posse de bola do jogo anterior, mas a efetividade foi muito maior, a maneira como atuamos criou dificuldades para o adversário, principalmente quando deixamos um para um, provado pelo posicionamento trabalhado –explicou Dorival.

Dorival em Brasil x Paraguai — Foto: Buda Mendes / Getty Images via AFP

Diante do Paraguai, o técnico fez duas mudanças na escalação da Seleção: Wendell retomou a titularidade de Guilherme Arana, e Savinho entrou no lugar de Raphinha.

Porém, foi um ajuste durante o primeiro tempo, sem mudar peças, que "destravou" o Brasil nesta sexta-feira.

– Estávamos tendo problema sério no início, o Enciso flutuava, e o Paquetá dava passos atrás, facilitando iniciação dos volantes adversários. Passando João para o lado esquerdo, demos liberdade ao Bruno, o João segurava um pouco, o Enciso começamos a neutralizar o que eles tinham de melhor. Depois passamos Rodrygo ao lado direito para que ele aproximasse com Savinho, que estava isolado. Algumas mexidas de acordo com o que a equipe apresenta, facilita mexer sem precisar trocar peças. Trouxemos o Wendel por dentro, ele praticamente jogava como terceiro homem de meio, mas com liberdade para explorar corredores quando Vini estava aberto, ou quando Vini ia por dentro usava flancos. Mudanças importantes e fundamentais para o grande resultado – analisou o técnico.

Durante a entrevista, Dorival se emocionou ao falar sobre a morte de Dudu, tio dele e ídolo do Palmeiras.

A Seleção volta a campo na terça-feira, às 22h (de Brasília), contra a Colômbia, em duelo que vale a liderança do Grupo D da Copa América. O Brasil precisa ganhar para assumir o primeiro lugar.

Confira outros trechos da entrevista de Dorival:

Savinho titular

– O Savinho foi uma opção, todos estão muito bem preparados, teremos uma ou outra mexida sempre, deixar todos em condições, jogando, apresentado possibilidades, são jogadores de alto nível, precisam estar sempre estimulados. O que esses garotos têm trabalhado, a dedicação para honrar a camisa é digna de todos elogios, um grupo compenetrado em buscar algo a mais e dar resposta ao torcedor, confio muito neste elenco.

Evolução

– Acho que tivemos esse trabalho bem executado na partida anterior, não tivemos os gols desta partida. Fizemos partida segura na anterior, coisas boas, correções de posicionamento, fatos que vinham gerando dificuldade. Hoje foi uma partida com outra característica, adversário jogando de outra forma, buscando jogo contra o Brasil, mostra que estamos trabalhados para enfrentar linha baixa de marcação ou equipe que jogue de igual para igual. Resultado importante, construção fundamental e o individual de alguns jogadores foi importante.

Clima mais sério, sem música

– Não tivemos, mas vejo com naturalidade, já ganhei e já perdi com música ou não, quando falamos: "cinco minutos para o aquecimento", todos ficam focados. Alguns ouvem músicas, outros cânticos, alguma mensagem, isso é respeitado, são profissionais, sabem os momentos, o que podem o que devem, conduzimos com liberdade, cada um com responsabilidade do que é feito.

Paciência da torcida

– A paciência já existiu em todas as partidas que estivemos, amistosos e nas partidas iniciais. Não saindo gol contra a Costa Rica criou-se expectativa natural, a pseudo decepção de não termo tido o resultado. Mas a apresentação que tivemos foi de bom nível, pelos comportamentos. Na formação desta equipe, trabalhamos neste sentido, são apenas 20 dias de trabalho, quatro jogos com quatro equipes diferentes em formação. Estamos até muito adiantados no que os poucos dias nos proporcionaram, poucos, mas excelentes, jamais teremos 20 dias de trabalho para estarmos juntos em outra competições, exceção a uma Copa do Mundo. Tem sido fundamental, o nível de entendimento, concentração, tudo positivo. Entram as individualidades, estamos encontrando caminhos quando existem aproximações de Vini, Rodrygo, Paquetá, Savinho, os meninos que entram, Andreas, Evanilson, Pepê, Gabriel... Estamos encontrando um caminho que tem sido mostrado em trenos. Tenham paciência,a equipe está no caminho. Diminuiremos agora o volume de treinos, mas teremos os jogos para que esses encaixes aconteçam para termos um time muito forte.

Próxima partida

– Colômbia tem tido resultados importantes, chamado atenção, jogadores em grandes equipes, evolução muito grande. Não só ela, Venezuela, várias equipes. A ordem do futebol mundial está mudando, aqui, na Europa, no mundo árabe. As equipes são difíceis de serem batidas, jogos disputados, surpresas...O que vejo é que será um jogo de altíssimo nível, jogadores que se conhecem, que se enfrentam com sequência equipes vivendo momentos diferentes, mas faremos grande jogo, de alto nível, melhor do que foram os dois iniciais e já jogando com mais propriedade que nesta última.

Favoritismo

– Acho que no nosso continente temos três equipes que chamam atenção, Argentina, ultima campeã, campeã mundial, merece respeito e atenção, a Colômbia que vem crescendo assustadoramente, Uruguai que vem com ótimo trabalho, base forte que vem sendo renovada, essa última geração é consistente. Temos de ter cuidado. Paralelo a isso equipes despontando, temos de ter muitos cuidados, qualquer partida hoje o nível de atenção e concentração deve ser alto. Se entrar desfocado, corre risco grande. O Brasil aos poucos vai entrando neste hall, sempre foi respeitada, talvez fosse a primeira Copa América que não entraria como favorito, é uma realidade, temos de enfrentar pelos últimos resultados, mas serão recuperado por esse trabalho.

Mudança no time contra a Colômbia

– Vamos ver a recuperação de todos, estamos em final de temporada, jogos sucessivos, graças a Deus que temos tido quatro dias de recuperação de uma partida para outra, mas a grande maioria dos jogadores caem um pouco, a não ser os que estão em meio de temporada, como os do Brasil. Temos de estudar, ver a partir de amanhã a reação de cada um e as tomadas. Provavelmente uma ou duas alterações, sim. Mas não sei nem setor nem as funções.

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