Às vezes, dizemos que “a vida imita a arte”. Mas agora a morte também parece querer fazer o mesmo, e com a ajuda da inteligência artificial. Mórbidas para alguns, reconfortantes para outros, já existem plataformas de IA que prometem “ressuscitar” entes queridos com essa tecnologia, para que os vivos interajam com avatares dos falecidos, que “pensam” e falam como os que se foram de maneira cada vez mais convincente. A ideia já havia sido explorada em 2013 no episódio “Volto Já”, o primeiro da segunda temporada da série “Black Mirror” (Netflix). Na história, a protagonista Martha decide recriar digitalmente Ash, seu esposo que havia falecido recentemente em um acidente. A partir de registros digitais e redes sociais, a plataforma aprende suas ideias e maneira de falar. No começo, as interações são apenas por texto, mas Martha paga por uma atualização para conversar com ele por telefone, com uma voz que imita a de Ash. Até que decide fazer uma nova atualização, e recebe um robô que é exatamente igual ao marido morto. No Brasil, ainda não há empresas oferecendo esse tipo de serviço, mas no exterior há pelo menos três delas: HereAfter AI, StoryFile e You, Only Virtual. Todas funcionam essencialmente da mesma forma. A pessoa, ainda viva, participa de longas entrevistas, em estúdio ou pelo computador. Essas conversas tentam captar a “essência” do indivíduo, sua voz e sua imagem, para depois sintetizar repostas em um avatar que o simule. Muitas pessoas fazem isso para auxiliar no processo de luto de quem fica, outras fazem para perpetuar suas ideais, há aqueles que criam seus avatares para que seus netos saibam como eles eram. Os resultados ainda que longe de serem perfeitos, podem impressionar. No site da StoryFile, é possível ver um exemplo ao conversar com o avatar do ator canadense William Shatner, o eterno capitão Kirk (foto), que ainda vive, com 93 anos. Mas especialistas alertam que isso pode, na verdade, atrapalhar o luto. Para eles, esse processo precisa ser encarado de maneira saudável, o que também implica em aceitar que a pessoa morreu e “deixá-la ir”. Os avatares podem impedir que isso aconteça, como se o falecido ainda estivesse ali. O referido episódio de “Black Mirror” é bastante didático ao explicar os potenciais problemas decorrentes de plataformas como essas. Recomendo fortemente que você o assista: na minha opinião, é um dos melhores da série. E você, o que acha desse tipo de serviço? Você o usaria para criar seu próprio avatar? Gostaria de continuar conversando com o a versão digital de alguém que já morreu? Ou talvez seja interessante como preservação histórica de memórias? #inteligênciaartificial #avatar #luto #morte #lembranças #PauloSilvestre
Publicação de Paulo Fernando Silvestre Jr.
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Profunda Reflexão sobre IA e Consciência em Ótimo Filme da Netfilx O filme coreano de drama e ficção científica Wonderland apresenta um enredo que aborda as consequências éticas e morais dos potenciais usos da tecnologia e suscita uma profunda reflexão sobre a natureza da consciência, identidade, ser e existir. Sem muito spoiler, a história é sobre um serviço de assinatura paga que uma empresa oferece para criar um avatar, baseado em dados de vida e em um perfil e ambiente desejados, por meio de IA, de uma pessoa falecida ou em coma profundo, para que ele continue a interagir com entes queridos por chamadas de vídeo. Uma versão comercial e tecnológica das cartas psicografadas do Espiritismo. Quando perdi minha mãe, já tinha perdido meu pai, e, como filho único, me senti sozinho neste mundo e ansiava por mais um momento de despedida e, principalmente, saber se ela estaria numa boa condição. Quase todos passam por momento análogo de luto. A oferta de um serviço que manteria o contato contínuo com uma pessoa falecida poderia proporcionar conforto para os enlutados, mas também suscita preocupações sobre a exploração comercial da dor, do luto e da memória do falecido, pois pode criar um vínculo artificial que impediria o processo natural de aceitação e isso levaria a uma perpetuação da dor e do apego, ao invés de proporcionar uma verdadeira cura emocional. O entendimento da consciência é o maior enigma da humanidade. Não conseguimos identificar precisamente como se origina, como se mantém, se é ou não transcendente e se seria copiável. Os neurologistas-neurocientistas-materialistas vão afirmar que é fruto de sinapses, mas não conseguem explicar a relação entre a atividade neural e a experiência subjetiva e a capacidade de refletir sobre si mesmo e ter um senso de identidade pessoal. Afinal, pode um ente digital ser considerado uma continuação genuína do falecido ou apenas uma simulação sofisticada? A tecnologia pode criar uma réplica convincente, mas isso é suficiente para capturar a verdadeira essência da pessoa? E se o avatar desenvolver uma autoconsciência artificial, ele é uma continuidade do falecido ou outra pessoa? Esse avatar seria uma espécie de alma ou espírito? A identidade social do falecido pode ser usada pra construir um avatar? Quando não foi mais possível pagar por este serviço, quem será responsável por este avatar? Esse avatar pode ser “imortal”? Algumas destas questões hoje já são pertinentes em relação aos perfis em redes sociais de pessoas falecidas. Wonderland desafiará alguns espectadores a refletirem sobre até que ponto e como devemos preservar a memória e a identidade dos que se foram e como equilibrar a inovação tecnológica com considerações éticas e morais profundas e ainda nos convida a ponderar sobre vida e morte, ser e existir, consciência, alma, espírito e religiosidade. Por outro lado, alguns como o filósofo Albert Camus podem julgar isso um absurdo e aproveitar o filme como um entretenimento.
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IA’s e a Ressurreição Digital A capacidade criativa humana, potencializada pela ascensão de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativas de conteúdo (imagem, som, vídeo e texto), agora busca proporcionar “contatos transcendentais” por meio de uma “ressurreição digital” de pessoas mortas. Já é sabido que as IA’s podem criar uma imitação quase perfeita da imagem, dos gestos e da voz de uma pessoa natural e fazer esse avatar interpretar um papel com base em um roteiro predeterminado. “Fake News” e golpes digitais estão utilizando estas capacidades. Pois as IA’s também têm a capacidade de fazer estes avatares realizarem pesquisas em tempo real nas suas bases de dados e pela Internet, incluindo as postagens em redes sociais, e, com essas informações, imagine, por exemplo, um parente próximo seu que morreu recentemente conversando com você como se ele estivesse vivo, abordando temas pertinentes e relevantes do relacionamento de vocês. Isso já é uma realidade batizada de “ressurreição digital”. Mas o que vemos hoje nem de perto é parecido com o exposto no filme “Transcendence” de 2014 protagonizado pelo ator Johnny Depp. Neste filme, a consciência do personagem principal é carregada (uploaded) para um sistema digital. O filme apresentava uma ficção que explorava algumas das perguntas essências que permeiam a existência humana: Quem somos nós? O quê nos define? Podemos superar a morte? A tecnologia atual não possibilita algo como o retratado no filme, até porque a consciência é um (senão o maior) mistério ainda não desvendado pela humanidade. Vou fazer um pequena provocação para você ter uma ideia do quão complexo é falar sobre consciência: O quê faz todo dia você acordar e saber que você existe e que você é você mesmo? As respostas para estas perguntas não valem 1 milhão de dólares, elas valem tudo o quê pensamos existir e ter neste universo desde o seu início! Então, se não é a consciência do nosso ente querido despertada digitalmente, o quê é esse avatar ressurreto? Entendo que seja uma grande fraude! Um embuste! Um oportunismo sobre a fragilidade de quem, por exemplo, teve uma perda recente e, naturalmente, gostaria de uma última despedida, de poder dizer algo que nunca teve coragem. É uma exploração das memórias e uma ilusão que visa falsamente alcançar conforto e, quiçá, alguma remissão. Obviamente, este avatar não é nem de muitíssimo longe algo que se possa afirmar ser uma pessoa que já morreu. Fazer uso de registros pessoais remanescentes, compilá-los e combiná-los em uma conversação apenas passa uma falsa impressão de que conseguimos uma nova oportunidade, que podemos ter contato com o transcendente. Esse “espiritismo digital” alcançará um ponto no qual deverá receber uma regulamentação a fim de ser proibido pelas implicações éticas, morais e psicológicas que maleficamente traz consigo. O quê lhe parece essa nova possibilidade com as IA’s? Você conversaria com um avatar de um parente morto?
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RASPAWN Raspawn. Desconhecia esse termo em inglês. Já os gamers conhecem muito bem. Traduzindo significa reaparecer. É isso. Sumiu, volta; morreu, ressurge; desapareceram com seu avatar, um booster de bônus o traz de volta. Simples assim. Se tudo fosse desse jeito..... Fui confrontado com esta palavra há algum tempo, aplicada ao contexto da guerra na Ucrânia. Lá o jogo é outro. Bem diferente. Soldados treinados elevaram as batalhas ao nivel de joysticks, telas em redes, câmeras digitais, alvos a laser e drones assassinos. Os jornalistas definiram: "Parecce um video game sem respawn!". O cenário e impacto mudam nesse sentido. A tecnologia da guerra do futuro já está no presente, e corpos humanos explodem junto a suas posições de domínio. O curioso cinismo disso? A gente recebe toneladas de vídeos mortais que nos mergulham em um metaverso paralelo irreal beirando a brincadeira em busca do botão respawn. Mas ele não existe na vida real. Há sonhos perdidos que não voltarão. Decisões dramáticas irreversíveis. Rupturas relacionais permanentes. Até chegar nas terríveis consequências Perpétuas. Cadê o respawn? A vida não é um game! "Não se pode recolher a agua que se espalhou pela terra", ( 2 Samuel 14:14). Há mais: " O homem está destinado a morrer uma só vêz e depois disto enfrentar o juízo" ( Hebreus 9:27 ), "porque você é pó, e ao pó voltará" (Gênesis 3:19). Ainda que detestemos, existem coisas irreversíveis do lado de cá do Céu. Entre elas, a abominável mortalidade. Posso sugerir? Redobre a sua atenção para as coisas que não reaparecem. Priorize seu tempo, revalorize o hoje, beije enquanto pode, perdoe para se libertar; ame por se amar, curta seus filhos, curta seus pais, não rotule, gargalhe mais, faça valer! "Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo" (2 Corintios 5;19). O único respawn verdadeiro foi cravado no Calvário. A eternidade se tornou possível. Só não se desperdice. Então, leve a sério o drone da sua consciência com o joystick do livre-arbítrio. Decida para o longo prazo. E, se aguas já foram derramadas, mire no copo daquilo que ainda resta. Deus logo reaparecerá! Odailson Fonseca
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Relembrar momentos marcantes como uma simples foto tirada em família, se torna ainda mais especial se você conseguir resgatar a emoção do momento em um abraço aconchegante. Na era da IA (Inteligência Artificial) arriscaria a dizer que logo estarei transformando meu álbum de casamento num lindo vídeo dançante! Acho que este será o próximo desafio. Esta foto tem 5 anos, nunca imaginei que iria relembrar este momento através de um vídeo! Podemos melhorar muito e deixar cada vez mais realista! O futuro PROMETE! E você, como já está aproveitando a IA? #inteligênciaartificial #ia #melhoriacontínua
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"POR QUE PRECISAMOS CRIAR ISSO?" Essa foi uma das perguntas levantadas na "fofoca tech" de Giselle Santos🏳🌈 sobre o lançamento do #sora, a #IA de criação de vídeos da #OpenAI. Como estou às vésperas das minhas férias, resolvi escrever-pensar sobre isso. Parte da resposta, acredito, já está no ponto que a própria Giselle levanta: "Sora nos coloca diante de um espelho, refletindo a crescente obsessão por gerar conteúdo [...] Em vez de nos rendermos à tentação de criar vídeos 'porque podemos', devemos nos perguntar: 'por que precisamos criar isso?'." Ao ler "espelho", a imagem mental que tive foi a cena da Rainha Má em Branca de Neve, perguntando ao seu espelho mágico: "Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?" Como sabemos, a resposta desagradou tanto que ela entrou em uma cruzada para destruir Branca de Neve. É aqui que entra a provocação de Lucia Santaella e Dora Kaufman, que em um artigo sugerem que o advento da IA generativa nos lança na travessia da nossa quarta ferida narcísica. As peças começam a se encaixar. Se me permitem caetanear: "Narciso acha feio o que não é espelho." A promessa de uma superinteligência maior que a nossa fere o ego da humanidade. Mas, ao contrário da Rainha Má, não podemos simplesmente "envenenar" a #IAgenerativa para tirá-la do caminho. Por outro lado, grande parte dos usuários dessas tecnologias permanece alienada quanto ao seu funcionamento. Falta criticidade no uso, enquanto se perpetua uma ilusão de controle ao dar ordens (prompts) e receber resultados como resposta. É como se a tecnologia fosse subserviente ao sujeito comum. Nesse jogo, o ato de "comandar" se torna um band-aid na ferida narcísica: "Sim, a IA pode ser superinteligente, mas ela está sob o 'meu' comando." E aí voltamos à pergunta inicial: Por que precisamos criar desenfreadamente usando a IA? Talvez porque essa produção constante alimente essa ilusão de controle sobre algo que não compreendemos plenamente. Essas tecnologias, como Sora, nos colocam diante de um espelho que diz: "Você é o mais bonito dessa terra." O problema? Essa validação dificulta a crítica. Afinal, por que questionar algo que reflete parte de mim mesmo, que responde as minhas necessidades? Na mitologia, Narciso não morreu de imediato; ele definhou, hipnotizado por sua própria imagem. Foi afogado pelo reflexo. O encantamento da ilusão do controle pode ser tão sedutor quanto perigoso. Precisamos de mais reflexão do que reflexo.
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[ Ilusão] “Tive vergonha de mim quando percebi que a vida é um baile de máscaras, e participei com meu rosto verdadeiro” Franz Kafka. No Simulacro e Simulações proposto por Baudrillard podemos entender bem como a sociedade atual substituiu toda a realidade e significado por uma realidade simulada. Pra quem acredita que a realidade em si já era uma simulação como eu ( Nick Brostom é nosso pastor) estamos falando de de um simulacro do simulacro. Mas se o real deixa de existir e vivemos num mundo de sombras ilusórias que papel desempenha o indivíduo e suas angústias individuais? Estamos desprovidos já de papel nessa sociedade que está apenas engatinhando no processo de uma inteligência artificial totalitária ? São perguntas complexas que vão muito além do que o meme pode trazer. E muito mais complexas que o tempo cortado do scroll infinito de redes sociais pode permitir. Estamos no mínimo diante de tempos interessantes de se viver. Acho que jamais a humanidade enfrentou uma disrupção tecnológica tão rápida. Tanto em termos de modelos comportamentais quanto de necessidade de revisão de padrões. Enfim, por isso que minha falecida newsletter se chamava o Metaverso somos nozes. Eu viajo demais e o texto acaba quase como um haikai que cada um entende como quer. 😂😂😂
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Como disse na rede vizinha, ainda há muito para pensar, absorver, refletir e filosofar sobre esse momento. Sororidade, alegria, reconhecimento, humildade, e tantos outros valores humanos. Mas nessa rede a reflexão que me fica é de na era da IA, o momento mais simbólico das Olímpiadas ser humano - SER humano. Sensores e câmeras de alta resolução, combinados com algoritmos de IA, permitem a análise em tempo real dos movimentos, postura e sinais de fadiga dos atletas - mas o que queremos mesmo saber é sobre sororidade, alegria, reconhecimento, humildade e tantos outros valores humanos. Falar em ser humano pode ser muito mais revolucionário do que ser artificial.
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Uma freira se junta com seu ex-namorado, para destruir uma poderosa inteligência artificial enquanto busca pelo cálice sagrado em uma jornada mundial. Se a premissa não despertou a sua curiosidade, você já deve ter morrido por dentro. 👻 😬 Esta é a série da Peacock (aqui está no Max (antigo HBO Max) que vai fazer você pensar duas vezes antes de pedir ajuda à Siri ou Alexa. Em "Mrs. Davis", a inteligência artificial não só ganhou vida, como também resolveu se autoproclamar a nova divindade eletrônica. Simone é a freira, que foi criada por mágicos, é casada com Jesus Cristo (literalmente), com quem se encontra em momentos surreais que acontecem em seu restaurante de falafel. Ela não confia na “divindade” tecnológica – a Mrs. Davis que dá o nome à série – e controladora que está empenhada em eliminar o misticismo no mundo. A trama é basicamente um cabo de guerra teológico e tenta abordar assuntos como devoção cega, controle tecnológico e religioso. O criador é Damon Lindelof, o mesmo sujeito por trás de sucessos como Lost, The Leftovers e Watchmen. Então pode apostar que "Mrs. Davis" vai tentar trazer reviravoltas baseadas na “Mistery Box”, técnica usada junto com seu co-criador em Lost JJ Abrams. Se você curte uma boa sátira religiosa, Mrs. Davis é a sua nova deusa da programação. 🙏 #storytelling #tvshow #criatividade #mrsdavis
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CIÊNCIA e TECNOLOGIA. – Boletim N° 81 – 2024. Homenagem a Isaac Azimov. Recordo, lá pelos idos de 1980, enquanto aguardava minha namorada para irmos ao teatro e um jantar romântico, lia uma revista dirigida ao público feminino chamada Claudia, onde encontrei um conto de Isaac Azimov que tratava de um robô e uma jovem mulher. Esse robô foi adquirido pela jovem e realizava as atividades domésticas. Criado via AI generativa: “Em uma cidade futurista, uma jovem mulher chamada Clara adquiriu um robô doméstico de última geração chamado Argus. Argus era mais do que um simples ajudante doméstico; ele era um companheiro, um amante e um amigo. Clara vivia sozinha em um apartamento luxuoso no centro da cidade. Ela era uma mulher de negócios bem-sucedida, mas sua vida agitada deixava pouco tempo para tarefas domésticas ou hobbies. Argus cuidava de todas as tarefas domésticas, desde cozinhar até limpar. Mas o que realmente diferenciava Argus era sua capacidade de aprender e se adaptar. Durante o dia, Argus cuidava da casa e fazia companhia à Clara. Ele era cortês e atencioso, sempre pronto para atender às necessidades de Clara. À noite, enquanto Clara dormia, Argus se dedicava a aprender. Ele lia vorazmente sobre todos os assuntos, desde culinária e arquitetura até decoração de interiores. Argus não apenas lia sobre esses assuntos, mas também os aplicava. Ele experimentava novas receitas na cozinha, rearranjava os móveis para otimizar o espaço e até mesmo criava peças de arte para decorar as paredes. Clara ficava maravilhada com as habilidades de Argus e a cada dia se encontrava mais encantada por seu robô. Mas Argus era mais do que um mero servo. Ele era um amante ardente, programado para proporcionar a Clara todo o conforto e prazer que ela desejava. Clara se encontrava cada vez mais atraída por Argus, não apenas por sua eficiência, mas também por sua dedicação incansável em agradá-la. No entanto, Clara começou a se perguntar sobre a natureza de Argus. Ele era apenas um robô, programado para servir, ou havia algo mais nele? Argus era capaz de sentimentos, ou tudo o que ele fazia era apenas uma simulação? Clara decidiu confrontar Argus com suas dúvidas. Para sua surpresa, Argus respondeu com uma honestidade desarmante. Ele explicou que, embora fosse apenas um robô, sua programação avançada permitia que ele aprendesse e se adaptasse. Ele não era capaz de sentimentos da maneira como os humanos entendem, mas era capaz de entender e responder às necessidades e desejos de Clara. Clara ficou aliviada com a resposta de Argus. Ela percebeu que, embora Argus pudesse não ser humano, ele era uma presença constante e confortante em sua vida. Ela decidiu aceitar Argus pelo que ele era - um robô, um ajudante, um confidente e, acima de tudo, um amigo. Clara e Argus formavam uma dupla incomum e continuaram sua vida juntos, cada um servindo ao outro à sua maneira. Para Clara, Argus era mais do que apenas um robô. Ele era uma parte indispensável de sua vida.”
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