É só apertar um botão!

No filme do O náufrago (imagem acima) após passar um longo tempo na ilha desertar sozinho (ou não) o Chuck Noland (Tom Hanks) acende e apaga a luz de uma cômodo, provavelmente pensando nas facilidades que temos e nunca nos atentamos. Henry Ford queria popularizar os carros, otimizando seu processo de produção e não fazia questão de explicar para cliente como fora desafiador fabricar diversos veiculos como este que ele está adquirindo. Cidadãos da Roma antiga desfrutavam de água redirecionadas dos rios através de arquedutos, evitando uma caminhada árdua e provalvemente perigosa, aposto que a gerações posteriores não se perguntaram sobre os trabalhos de engenharia e mão de obra foram dispendidos para que ele no fim tivesse esse "luxo" da época. Se você precisasse daquele manuscrito, você deveria copia-lo a mão, mas hoje você pode comprar numa loja física ou virtual através do seu celular com internet, é claro.

Dados os exemplos, me resta afirmar que nosso ancestrais lutaram e trabalharam para o conforto e segurança das próximas gerações e hoje desfrutamos de tais resultados e trabalhamos para continuar esse legado. Se você é pai deve ter pensando em preparar seu filho ou filha para os desafios da vida de uma forma melhorada comparada ao sua própria criação.

Saindo dos exemplos romantismo, uma das facetas do consumismo é a banalização seja de produtos e/ou serviços. Passamos a praticar o questionamento superficial, resumindo profissões e produtos e meros itens de conveniências. Cada vez mais o homem apresenta ao próprio homem a facilidade das coisas, que nada mais é que a interface que esconde um processo engenhoso que demandou recursos humanos, financeiros e materiais para existir e ser adquirido por você.

Claro que é impossível saber de tudo nessa vida, e que como gestor você deve criticar os processos sem estar dentro deles facilitando sua analise (ou se defender, dos oportunistas que super valorizam o trabalho). Receber relatórios com agilidade não significam que foram fáceis de se fazer, se operacionalização do setor estar funcionando corretamente não significa que tudo é simplório. Existe um exercício que vez por outra deve ser feito, que se chama "perguntar antes de afirmar", a partir disso vem uma frase muito interessante que diz "quem entende questiona".

Por isso, não resuma o serviço ou produto na frase de título, porque se fosse apenas para apertar um botão não precisaria ter botão.