6 aprendizados que vendas me trouxe
Quando entrei em vendas, eu ouvi que não sairia desse mundo nunca mais. Depois de 5 anos que iniciei, entendo que realmente vendas é para sempre. A gente aprende tanta coisa valiosa que carrega para todos os cantinhos da nossa vida: carreira, relacionamento, família, desenvolvimento pessoal e por aí vai.
Dito isso, é desafiador separar 6 aprendizados que me marcaram desde quando me inseri no meio comercial. Sobretudo, levo algumas lições que mudaram meu comportamento e reinventaram a minha forma de enxergar as coisas.
1. Alinhamento de expectativas é tudo
O meu primeiro contato com a ''filosofia'' de alinhamento de expectativas foi durante os diagnósticos consultivos com os clientes. Acima de tudo, entender o que o outro espera e manifestar o que você deseja, é uma forma de antecipar frustrações e garantir que ambos estão na mesma página.
E isso vale para várias esferas: vida pessoal, relacionamentos, resolução de conflitos, encontros one-on-one com a liderança e assim por diante. Para isso, é muito importante sempre perguntar aquilo que pode trazer clareza sobre as vontades e expectativas de ambas as pontas da relação.
Ao passo que a gente sabe as perspectivas das partes, é possível adiantar os desconfortos que podem surgir e compreender até onde as expectativas poderão ser cumpridas.
A partir do momento em que eu comecei a aplicar a filosofia do alinhamento de expectativas no meu dia-a-dia, sinto que minhas frustrações diminuíram e que o entendimento dos passos que preciso seguir ficaram mais transparentes.
2. Perceber que 4 + 1 é maior que 5
Sim. Confuso, eu sei rs! Na verdade, isso quer dizer que vale mais trabalhar 4 dias e treinar 1, do que trabalhar 5 dias sem treinamento. O mercado me ensinou que o estudo precisa fazer parte da rotina do vendedor.
Quando entendi isso, nunca mais reclamei de precisar parar um dia inteiro para participar de um treinamento, assistir palestras ou acompanhar workshops - mesmo que isso fosse me tirar um dia de ''produtividade''.
''Ah, mas reduzir 1 dia do mês do vendedor atrapalha a entrega da meta''
Negativo. Vendedor que não estuda, cai no automático e, quando se dá conta, para de entregar com constância e alta performance. Os melhores vendedores que eu conheço são aqueles que priorizam o seu desenvolvimento, mesmo que isso custe um momento de imersão.
Uma dica para quem quer manter a cadência de estudos, é bloquear 15 minutinhos diários na agenda para explorar um conteúdo enquanto toma aquele cafézinho. Com o tempo, isso vai se tornar um hábito.
3. Coachability
O coachability é a ''habilidade'' de entender quais são os seus gargalos e ter dominância sobre o que você precisa evoluir. Não só isso, como também desenvolver a habilidade da auto-avaliação e ter proatividade para se reinventar.
E isso não vale só para carreira não, tá? Identificar, acolher e buscar mudança para comportamentos que você precisa ressignificar, também é coachability.
Em uma experiência como vendedora, eu gostava de gravar algumas reuniões e analisá-las com um checklist/planilha para ver exatamente onde eu estava vacilando e o que eu poderia ter feito de diferente.
Inclusive, quando eu mandava bem em algo, essa prática de acompanhar a gravação também me ajudava a reconhecer iniciativas que deram certo e replicar nas próximas.
Aliás, negociação era o meu principal desafio. Nesse sentido, eu sempre buscava ir atrás de benchs com pessoas referências nisso e consumir conteúdos que focassem apenas nessa etapa do funil.
A arte do coachability te permite ir além de ser um vendedor mediano e se tornar um vendedor fora da curva.
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4. Networking é essencial
Sem dúvidas, ter uma rede de apoio profissional é indispensável no universo corporativo.
Um bom networking abre portas, principalmente em tempos de muita informação e mudanças repentinas. Através dele, eu já tive a oportunidade de:
Portanto, seja ''cara de pau'' e vá se relacionar com o mercado! Desde a navegação no próprio LinkedIn até a participação em eventos pode te conectar com as pessoas certas.
5. Ser referência é um caminho natural
Particularmente, eu me sinto muito privilegiada de ter passado por quase todas as etapas do funil. Já pude ser pré-vendas, vendedora, estive em growth marketing e agora estou em sales operations.
Com certeza, ter feito parte de cada área me proporcionou o entendimento do todo e, principalmente, a empatia pelas partes. Dito isso, quando virei vendedora, foi muito importante ter passado pela cadeira de SDR para que eu construísse um relacionamento saudável com a equipe.
Eu sabia que se eu pudesse ajudá-los confirmando uma reunião, revertendo um no-show ou até mesmo sendo parceira de role plays, já significava muito.
Uma das práticas que eu tinha, era finalizar a reunião de vendas e sentar do lado do SDR que agendou para passar um feedback acolhedor, olhando no olho e me sentindo parte para ajudar no ganho de performance. Era muito importante fazer isso principalmente com quem estava em um momento júnior de carreira, onde tudo é aprendizado.
Aos poucos e de forma muito natural, fui ganhando a confiança dos pré-vendas e fortalecendo uma relação duradoura. Com o passar do tempo, se tornou comum que eles começassem a recorrer a mim para tirar alguma dúvida sobre o processo, bater papo sobre os prospects e levar ideias.
Ademais, é sabido que muitos SDRs sonham em um dia virar account. É por isso que sempre foi uma prioridade participar do desenvolvimento dessa galera. Era incrível ver que, ao longo do tempo, isso fazia a diferença na performance de cada um e que eu era muito reconhecida por fazer parte disso.
Foi assim que comecei a ganhar admiração pela equipe. Nunca precisei forçar a barra ou tratar pré-vendas mal para ganhar respeito. Pelo contrário. Você, vendedor, precisa entender que sem eles o seu trabalho não vai para frente.
E isso vale para a vida também. Seja agente de transformação positiva para os outros e, naturalmente, você será inspiração.
6. Você não é a meta: você é tudo que faz para chegar até ela.
Um mestre que tive o privilégio de ter como gerente de vendas me disse isso e levo até hoje essa frase para todos os desafios da minha vida.
Eu sempre me cobrei muito e, com isso, as vezes que eu não entreguei a meta, me faziam sentir um fracasso. Simplesmente eu desvalorizava tudo o que tinha feito durante o mês e meu emocional só pensava em uma coisa: você não atingiu a meta.
Com o tempo, fui entendendo que a gente não é apenas um número e nosso esforço não deveria ser medido só por isso. Acima de tudo, precisamos entender que vendas é constância.
Se você está se dedicando diariamente em buscar resultado e entregar o seu máximo todos os dias, você precisa se valorizar por isso, mesmo que a meta não venha no final do mês.
No fim das contas, a escola da vida é muito próxima do ritmo comercial. Certamente, eu aconselharia todo mundo a sentir um pouquinho o sabor que é estar em vendas. Aqui, pude me (re)descobrir e me reinventar e tenho muito orgulho disso :)
Inside Sales com resultados reais • Mentora de profissionais de vendas • Consultoria estratégica
9 mIsabela, sei que escrever artigos aqui no Linkedin não é uma tarefa simples! Parabéns pela sua dedicação. E saiba que, por aqui, estou acompanhando e torcendo pelo seu sucesso!!! :) 👏
Sales Executive at Nuvemshop☁️
1 aMuito bom Isa!!!! <3
Excelente Isa! O item 3, na minha visão, é o mais importante!
Ecommerce Expert | ABM Specialist | Sênior Business Development at Nuvemshop
1 aAmei, Isa!! ❤️
Account Executive | Sales Leadership | Sales | Pipeline Management| Consultative Sales | Sales and Partnerships Strategic Planning | Amateur Triathlete
1 aMuito bom Isa. Ter acompanhando teu início e ver agora tua trajetória incrível é muito legal!!! Tambem aprendi tudo isso com vendas e acrescentaria ainda um sétimo aprendizado, do grande Leandro Moura - vendedor não tem passado! ☺️